Citi prevê dólar acima dos atuais R$ 5,20 para encerramento do ano

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Citi prevê dólar acima e eleva estimativa para inflação a 6,4%

Nesta semana, o Citi manteve estimativa de que o dólar encerrará 2021 em R$ 5,32. Sendo assim, haverá normalização da política monetária norte-americana e alta da moeda no mundo. Além disso, passou a ver a inflação ao consumidor no Brasil de 6,4% neste ano, puxada pelos preços da energia.

Citi prevê dólar acima dos atuais R$ 5,20

Antes, o banco esperava IPCA de 6,1%. Por outro lado, o setor de economia do Citi, liderados por Leonardo Porto, explicou que a mudança de projeção decorreu da expectativa de que a Aneel mantenha a bandeira vermelha patamar 2 até o fim do ano. Isso porque a situação dos reservatórios hídricos continua a se deteriorar.

Projeção para 2022

Para 2022, o banco norte-americano manteve prognóstico de 3,5%, mas fez ressalvas. Em relatório, a instituição bancária afirmou:

“Para 2022, embora esperemos que a inflação proveniente tanto de energia quanto de bens comercializáveis diminua (deflação no caso do primeiro), a inflação proveniente de bens não comercializáveis está aumentando mais rapidamente do que o esperado anteriormente, uma vez que a economia está reabrindo de forma mais consistente e o hiato do produto está fechando. Os riscos estão inclinados para cima.”

Previsão para Selic

Em relação à estabilidade na projeção do IPCA para o ano que vem, o Citi manteve a previsão para Selic. Neste caso ela é de 6,75% para fim tanto de 2021 quanto de 2022. Mesmo assim, o banco ponderou que os riscos são de uma taxa mais elevada.

Com a estabilidade na projeção do IPCA para 2022, o Citi manteve a previsão para Selic: de 6,75% para o fim tanto de 2021 quanto de 2022. Ainda assim, o banco ponderou que os riscos são de uma taxa mais elevada. Sobre isso, os economistas afirmaram:

“Vale ressaltar que uma inflação mais alta em 2022 exigiria uma taxa de juros mais alta para levar a política monetária à neutralidade (taxa de juros real em torno de 3,00%).”

Expansão segue

Em contrapartida, para a economia, os profissionais seguem vendo expansão de 5,1% neste ano e de 1,8% para o ano que vem. Além disso, a previsão de 2022 é prejudicada por políticas monetária e fiscal mais apertadas.

PIB

Já o segundo trimestre deve ter sido de variação quase nula do PIB, ao passo que o terceiro trimestre deve mostrar aumento de 0,2% sobre o segundo. Com isso, o PIB deve avançar 0,3% nos últimos três meses de 2021.

Contudo, o dólar deve encerrar o ano acima dos atuais R$ 5,20. Além da política monetária dos Estados Unidos e da força da moeda no mundo, mais ruídos fiscais no Brasil devem afetar negativamente a taxa de câmbio.

Entretanto, os preços mais altos das commodities devem garantir um robusto superávit comercial de US$ 63 bilhões em 2021. Por outro lado, deve apoiar o primeiro saldo positivo nas transações correntes desde 2006 (de US$ 11 bilhões, ou 0,7% do PIB).

*Foto: Divulgação

ONU diz que investimento estrangeiro no país caiu 62% em 2020

onu diz que investimento estrangeiro no país caiu 62% em 2020

Investimento estrangeiro no Brasil caiu cinco posições no ranking dos principais destinos desse tipo de investimento

Na segunda-feira (21), foi publicado que o Brasil caiu cinco posições no ranking dos principais destinos de investimento estrangeiro. Agora ele está na 11ª posição. Além disso, a queda foi mais intensa que a registrada pela América Latina e Caribe, e mais acentuada que a média global, de 35%.

Situação do investimento estrangeiro no Brasil

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil despencou 62% em 2020. Os dados são do Monitor de Tendências de Investimentos Globais, divulgados pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

Em 2020, os recursos estrangeiros investidos no país totalizaram US$ 25 bilhões. Este foi o menor patamar em duas décadas, “drenado” pelo desaparecimento de investimentos na extração de petróleo e gás natural, além do fornecimento de energia e serviços financeiros, aponta o relatório. No ano anterior, o volume de investimentos havia ficado em US$ 65 bilhões.

Em decorrência dessa queda, o Brasil também caiu no ranking dos países que mais recebem investimento estrangeiro direto. O país foi da 6ª posição em 2019 para o 11º lugar.

Movimento global

Apesar de o movimento registrar maior força no país, ele foi global: em todo o mundo, o fluxo de investimento estrangeiro direto caiu 35% em 2020, para US$ 1 trilhão, ante US$ 1,5 trilhão no ano anterior – retornando ao patamar de 2005. Segundo a Unctad:

“A crise da Covid causou uma queda dramática no IED.”

Pandemia

Além disso, o relatório mostrou também que os fechamentos adotados em todo o mundo em combate à pandemia reduziu a velocidade dos projetos de investimento já existentes. E isso também se refletiu na perspectiva de uma recessão, o que levou as multinacionais a reverem novos projetos.

Entretanto, o impacto da pandemia sobre os investimentos estrangeiros foi concentrado principalmente no primeiro semestre de 2020.

Economias em desenvolvimento X desenvolvidas

A Unctad também afirmou:

“A queda foi bastante dirigida em direção às economias desenvolvidas, onde o IED caiu 58%.”

Em termos de economia em desenvolvimento, a queda foi mais moderada, de 8%, “principalmente por conta de fluxos resilientes na Ásia”.

Como resultado, as economias em desenvolvimento passaram a ser destino de dois terços do investimento estrangeiro global, que em 2019, representavam pouco menos da metade.

Por outro lado, entre o grupo das economias em desenvolvimento, o resultado foi bem desigual. Sendo assim, o Brasil apresentou um desempenho bastante negativo em relação aos demais países. E isso mesmo em comparação ao conjunto da América Latina e Caribe, que viu o fluxo recuar 45% em 2020. No mesmo período, os fluxos tiveram queda de 33% no Chile, 46% na Colômbia, e de 38% na Argentina.

Já na África, a queda foi de 16%, enquanto a Ásia viu aumento de 4%.

Choque na Europa e América do Norte

Na Europa, o choque foi maior, com o fluxo de investimento direto despencando em 80%. Já na América do Norte, a queda foi de 42%, com os Estados Unidos permanecendo no topo dos países que mais recebem esse tipo de investimento.

Expectativas

Para 2021, a estimativa é que os investimentos cresçam entre 10% e 15% globalmente. Com isso, o IED fica em torno de 25% abaixo do nível de 2019. As estimativas atuais indicam para uma nova alta em 2022, que podem levar os investimentos de volta ao patamar de 2019, a US$ 1,5 trilhão.

Entretanto, a recuperação deverá ser desigual, com as economias desenvolvidas puxando a retomada. Enquanto isso os fluxos para a Ásia devem seguir resilientes. Neste caso, o relatório aponta que uma recuperação substancial para a África e para a América Latina é improvável no curto prazo.

Dados do BC

Em janeiro, o Banco Central do Brasil (BC) informou que os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 34,1 bilhões no ano passado, com queda de 50,6% em relação a 2019.

Foi o menor ingresso de investimentos diretos na economia brasileira desde 2009 (US$ 31,480 bilhões). Ou seja, em 11 anos, e ocorreu em meio à queda do Produto Interno Bruto (PIB) e à tensão nos mercados, provocada pela pandemia de Covid-19.

*Foto: Divulgação

SmartStore quer ampliar negócio com unidades em hotéis, indústrias e condomínios empresariais

smartstore quer ampliar negócio com unidades em hotéis, indústrias e condomínios empresariais

SmartStore começou com minimercados autônomos em conjuntos residenciais

A startup SmartStore, focada em minimercados autônomos em conjuntos residenciais, acaba de instalar uma unidade de teste em um hotel de Santos e outra em um condomínio empresarial de Sumaré, ambas em São Paulo. Vale ressaltar que a empresa se tornou uma sensação na pandemia em meio à crise da economia no país.

Startup SmartStore

A ideia da SmartStore é desenvolver um plano piloto por 60 dias para observar a rentabilidade do modelo de negócio antes de lançá-lo aos licenciados.  

Atualmente, a startup possui 122 lojas em funcionamento. Além disso, a empresa projeta chegar ao fim do ano com 200 abertas.

Para viabilizar a ideia é preciso diversificar as opções além das áreas de moradia. Portanto, entra neste plano as indústrias. Hoje, dez pontos de venda já estão em plantas, metade deles na Ambev.

Segundo Evandro Machado, fundador da SmartStore:

 “A previsão é que 15% do total de minimercados fiquem dentro de empresas.”

Parcerias

Contudo, a empresa pretende ainda fazer parcerias com fábricas com, ao menos, 150 funcionários. Com isso, o licenciado se responsabiliza por puxar o contato, e a startup finaliza a negociação.

Em seguida, a empresa que cedo o espaço para a instalação do minimercado recebe até 5% do faturamento mensal da loja, que gira em torno de R$ 12,5 mil.

Receita em 2021

No mercado desde março de 2020, a expectativa é que a startup alcance receita de R$ 23 milhões em 2021. Só no ano passado, a operação rendeu R$ 3 milhões, revela Machado:

“A maioria dos licenciados são pessoas que perderam o emprego na pandemia e viram no nosso negócio uma oportunidade de recompor a renda.”

Taxa de adesão

Para participar como parceira, a taxa de adesão é de R$ 12 mil. Já a mensalidade da licença custa 5% do que o minimercado embolsar por mês com a venda de produtos. Os que possuem mais saída até o momento são bebidas alcoólicas e sorvetes.

Aplicativo

Em setembro passado, a SmartStore lançou um aplicativo por onde os consumidores podem checar o estoque das lojas. Além disso, eles podem dar sugestões de mercadorias que gostariam de encontrar nas prateleiras.

Foi com esta iniciativa, a venda de paletas mexicanas começou. Hoje, o item é o campeão da categoria de sorvetes.

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Banco Central pode subir juro além do previsto

banco central pode subir juro além do previsto

Juro além do previsto pode ser decorrente do avanço da pandemia, além da complicada discussão sobre o Orçamento deste ano

Esta semana veio à tona pelo ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, que a segunda onda da pandemia de covid-19 no país aliada a complicada discussão sobre o Orçamento deste ano dificultam a política monetária. Com isso, pode haver juro além do previsto.

Juro além do previsto

Portanto, o BC optou agora por uma estratégia de contemplar as duas coisas e arrisca-se a ser forçado a subir o juro além do previsto. A afirmação é do atual sócio-diretor da Tendências Consultoria.

Copom

Além disso, em março, o Copom elevou a Selic 0,75 ponto percentual, para 2,75%. E ainda indicou que fará outro aumento do mesmo tamanho em maio.

Por outro lado, o mercado vem precificando um aperto maior. Isso porque as projeções dos economistas apontam inflação acima do centro da meta para 2021 e 2022.

Para Loyola, que comandou o BC em dois períodos, sendo o último deles de 1995 a 1997, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso:

“O BC está de alguma forma esperando o que a conjuntura vai trazer, vai verificar se esse ritmo de alta é suficiente para trazer as expectativas à meta.”

Gestão atual do BC

Porém, Loyola reconhece que o atual presidente do BC Campos Neto fez tudo certo em relação à pandemia. Ou seja, ele reduziu fortemente os juros, aumentou a liquidez na economia e criou mecanismos para estimular o crédito. Em contrapartida, ele foi surpreendido pela piora da pandemia, o que exigiu mais gastos e embaralhou as previsões de recuperação econômica, e pelo imbróglio fiscal.

Congresso e governo federal

Recentemente, houve um arranjo entre Congresso e governo federal para o Orçamento deste ano. Mas que deixou uma série de “fios desencapados” que vão continuar a gerar riscos fiscais.

“O BC tem uma posição difícil para conciliar todas as questões.”

Commodities

Vale ressaltar que, em condições normais, era esperado que o ciclo de alta das commodities beneficiasse a economia e fortalecesse o real. Porém, isso não está acontecendo de fato, em decorrência das incertezas fiscal e política, afirma Loyola.

Câmbio

Sobre o câmbio, o ex-presidente do BC diz que o banco está fazendo o que tem de fazer. Neste caso, estão agindo pontualmente para diminuir a volatilidade em momentos mais tensos, oferecendo um estoque de hedge razoável ao mercado e não deixando faltar liquidez em situações agudas.

Por fim, a eleição presidencial de 2022 começa a preocupar investidores. E para Loyola esse fato “não sinaliza nenhum futuro brilhante para o país, pois se conhece a incapacidade de gestão dos dois”.

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IGP-DI acumula alta em 12 meses e chega a 2,17% em março

igp-di acumula alta em 12 meses e chega a 2,17% em março

IGP-DI acumula alta em 12 meses, batendo 30,63% neste período

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 2,17% em março depois de subir 2,71% no mês anterior. E ainda aliou a descompressão dos preços no atacado, compensando o peso dos combustíveis no varejo.

IGP-DI acumula alta em 12 meses

O dado foi divulgado nesta quarta-feira (7) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Além disso, o resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da agência Reuters de avanço de 2,63%. Sendo assim, o índice passa a acumular alta de 30,63% em 12 meses.

IPA-DI no mês de março

Já no mês de março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que corresponde a 60% do indicador, desacelerou a alta para 2,59%, de 3,40% em fevereiro.

Bens Intermediários

Em relação aos custos dos Bens Intermediários passaram a subir 4,04% em março. Isso após dispararem 6,60% no mês anterior. Na ocasião, houve desaceleração da alta do subgrupo materiais e componentes para a manufatura de 5,51% para 2,44%.

Em contrapartida, a crise na economia atinge diretamente o consumidor, que sofre com a pressão da alta dos preços ficou mais intensa. Isso porque o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, teve alta de 1%, depois de subir 0,54% em fevereiro.

De acordo com o coordenador dos índices de preços, André Braz:

“Os energéticos foram os responsáveis pelo avanço da taxa do IPC de fevereiro para março. As principais contribuições para a aceleração da inflação ao consumidor partiram dos seguintes itens: gasolina (11,05%), etanol (17,33%), tarifa de energia (1,02%) e gás de bujão (4,04%), que juntos responderam por 77% do resultado final do IPC.”

Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou a alta no período a 1,30%, de 1,89% antes.

O que é IGP-DI?

O IGP-DI é utilizado como referência para correções de preços e valores contratuais. Além disso, é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e nas contas nacionais em geral.

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Itaú prevê Selic a 5.50% no fim do ano diante do acúmulo de incertezas

itaú prevê selic a 5,50% no fim do ano diante do acúmulo de incertezas

Banco revisitou suas projeções para câmbio, juros, inflação e PIB, com isso o cenário pode ter taxa Selic a 5.50%

Nesta sexta-feira (12), o Itaú Unibanco (ITUB4), divulgou o relatório “Aumento de incertezas turva o cenário”. Por meio dele, o maior banco do país, revisou suas projeções para câmbio, juros, inflação e PIB em 2021 e 2022 diante da pandemia.

Taxa Selic a 5.50%

A instituição cita o aumento das incertezas globais e domésticas, assim como a inflação mais pressionada. Além disso, a equipe de economia do Itaú espera agora que a taxa básica de juros Selic feche o ano em 5.50% ao ano. Ou seja, acima dos 5% anteriormente previstos.

Reunião do Copom

A fase de aperto monetário já seria iniciada na próxima reunião do Copom, do Banco Central, na semana que vem. Com o foco de uma alta de 0.50 ponto percentual que levaria a Selic para 2.50% ao ano.

IPCA

Conforme afirmação do Itaú, a inflação ao consumidor medida pelo IPCA ficará em 4.7% em 2021, mais próxima do teto da meta de inflação. Em contrapartida, o centro da meta é de 3.75%, com tolerância de 1.50 ponto percentual, ou seja, até 5.25% ao ano. Antes, o banco estimava que o IPCA terminaria o ano em 3.8%. As alterações foram feitas com base nas cotações mais elevadas do petróleo e no câmbio mais depreciado.

Taxa de câmbio

A taxa de câmbio deve encerrar 2021 com o dólar negociado a R$ 5,30, ante projeção anterior de R$ 5,00; para 2022, a estimativa é que a moeda americana tenha cotação de R$ 5,50 no fim do ano (versus R$ 5,00 anteriormente).

Sobre isso, o relatório do Itaú, assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita ressalta:

“Dada a dinâmica da pandemia e suas consequências econômicas e sociais, existe um risco não desprezível de flexibilização adicional do regime fiscal do teto de gastos à frente.”

O economista ainda completou:

“Tal cenário impactaria a já frágil sustentabilidade fiscal brasileira, aumentando o prêmio de risco doméstico, com efeitos negativos sobre juros, câmbio e atividade econômica em 2021 e, predominantemente, em 2022.”

Baixas expectativas de crescimento

Além disso, o relatório do Itaú revisou para baixo as expectativas de crescimento tanto neste ano como em 2022, para 3.8% (ante 4% em previsão anterior) e 1.8% (ante 2.5%), respectivamente.

De acordo com o banco, as projeções tinham três premissas:

  • O avanço da vacinação, com a retomada do setor de serviços;
  • Crescimento global robusto;
  • Manutenção de juros baixos.

O relatório conclui:

“O aumento do risco fiscal e a consequente deterioração das condições financeiras impedem a manutenção dos juros em patamares mais baixos e reduzem a perspectiva de crescimento adiante.”

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Deputados do RJ aprovam auxílio de até R$ 300

deputados do RJ aprovam auxílio de até R$ 300

Auxílio de até R$ 300 no RJ valerão até o final de 2021

Na terça-feira (23), os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovaram a criação de um auxílio emergencial de até R$ 300 no estado do Rio, com validade até o final de 2021.

Auxílio de até R$ 300

Por meio de um auxílio de até R$ 300, o programa pretende atingir famílias abaixo da linha da pobreza. Ou seja, com renda mensal de até R$ 178 por pessoa, e ainda cidadãos que perderam o emprego durante a pandemia, além dos trabalhadores autônomos.

A proposta foi apresentada pelo presidente da Alerj, o deputado André Ceciliano (PT), e tem o apoio do governador em exercício, Cláudio Castro, para ser implementada. O projeto foi aprovado por unanimidade pelos deputados.

Vale ressaltar que em outubro, um estudo da FGV chegou a afirmar que o auxílio emergencial reduziu a pobreza do país em 23%.

Projeto segue para sanção do governador

Agora, o projeto segue para sanção do governador, e prevê o pagamento de R$ 200 por beneficiário que se enquadrar nas regras. E ainda um adicional de R$ 50 por filho menor de idade, até o limite de dois filhos.

Porém, o benefício não poderá ser acumulado com o Bolsa Família nem com um novo auxílio emergencial federal. E se o auxílio estadual for instituído antes de uma nova ajuda da União, o beneficiário terá o pagamento suspenso enquanto recebe as parcelas federais.

Fundos estaduais

Além disso, o programa terá fonte de custeio, vindos dos fundos estaduais, que teriam 30% de seus recursos desvinculados. Apenas o Fundo Estadual de Combate à Pobreza, o principal deles, tem arrecadação prevista para 2021 de R$ 4,6 bilhões, dos quais R$ 1,3 bilhão poderia ser destinado ao benefício. Entretanto, para garantir a desvinculação, a Alerj ainda precisa aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que vai permitir o uso dos recursos dos fundos estaduais.

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Infraestrutura brasileira: cresce número de investimentos

infraestrutura brasileira - cresce número de investimentos

Apesar do desejo por maior infraestrutura brasileira, falta planejamento ao país

Com a economia e cenário político desfavoráveis, os investimentos na infraestrutura brasileira crescem. Sendo assim, o setor de indústria totaliza R$ 71,2 bilhões no período de 2021 a 2026. Ou seja, um aumento de 24,7%, em comparação ao período de 2020 a 2025.

Os números são do estudo “Perspectivas do Mercado de Infraestrutura 2021 – 2026”, da consultoria Neoway, e divulgado pela revista EXAME no último domingo (14). O levantamento contempla obras em andamento com previsão de conclusão até o último ano do período indicado.

Como anda a infraestrutura brasileira

Entretanto, a alta desses números da infraestrutura brasileira foi puxada pelo setor de transportes e vias urbanas. Além do setor de energia, que correspondem por 40% e 30% do montante, respectivamente.

E também se trata das obras de parques eólicos, termoelétricas, metrôs e rodovias, que concentram a maioria dos investimentos. Sobre isso, o relatório aponta em um trecho:

“No setor de energia, os investimentos continuam convergindo para energia eólica, que cresce continuamente como matriz energética do país.”

Grandes projetos seguiram na pandemia

Além disso, mesmo em meio à pandemia de Covid-19, os governos não chegaram a recuar nem postergar grandes projetos. Portanto, tudo isso ajudou a atender o crescimento dos números, apesar de ser um cenário adverso. A gerente de produtos da Neoway, Jamila Rainha, que monitora as construtoras e obras do segmento imobiliário, infraestrutura e industrial com abrangência nacional, explica:

“Há para este período uma previsão de obras de grande porte como as do Metrô de São Paulo – a extensão da linha 2 Verde até a Penha -, que está autorizada pelo governo do estado e tem previsão de entrega entre 2025 e 2026”, explica a executiva. “Outros exemplos de fatores que contribuem são projetos como da linha Laranja do Metrô e grandes projetos industriais na área de papel e celulose, que continuam impulsionando investimentos nesse setor.”

Mesmo que demorem ainda um tempo para serem executadas e concluídas, o que o estudo leva em consideração é a projeção de conclusão.

Mas falta planejamento e execução

Todavia, o relatório indica também um aumento de 14% nas intenções de investimentos anunciados para o período de 2021 a 2026, totalizando R$ 882,3 bilhões.

Mesmo com estes números significativos, somente 8% dessas obras de infraestrutura brasileira, em fase de projeto e intenção, possui uma previsão de início. Tal percentual vem do aumento ao longo dos anos. Isto é, o montante de investimento em jogo é real. Mas sua execução depende de vontade, prioridade política e planejamento estratégico.

Setor de transportes e vias urbanas

Assim como nas obras em andamento, o setor de transportes e vias urbanas concentra as intenções de investimento (48,3%), seguido pelo setor energético (20,9%) e da indústria (26,9%). Este último puxado pelos aportes planejados na área de papel e celulose.

Por fim, tanto em relação às obras em andamento, quanto aos projetos e intenções, a região Sudeste concentra a maioria dos investimentos. E ela é puxada pelo estado de São Paulo, seguida pelo Nordeste, que concentra metade dos investimentos em projetos de geração de energia, e do Sul do país.

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Blau Farmacêutica pede IPO para crescer na América Latina

blau farmacêutica pede ipo para crescer na américa latina

IPO da Blau Farmacêutica será coordenada pelo Itaú BBA, Bradesco BBI, BTG Pactual, XP, JPMorgan e Citi

Na última sexta-feira (5), a fornecedora de medicamentos para tratamentos complexos Blau Farmacêutica pediu aval para sua oferta inicial de ações (IPO). O objetivo é captar recursos para a ampliação da empresa na América Latina. Além disso, a farmacêutica expande a fila de empresas de saúdes rumo à B3, na esteira dos efeitos na economia, por causa da pandemia de Covid-19.

Blau Farmacêutica

A Blau Farmacêutica possui sede em Cotia (SP) e é especializada em produtos para tratamento de câncer, doenças sanguíneas e dos rins. Atualmente, ela conta com cinco fábricas no Brasil, além de cinco subsidiárias na América Latina, o que inclui Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai.

Prospecto preliminar

Em seu prospecto preliminar da oferta, a empresa informa que pretende utilizar os recursos da vendas de ações para investir em centros de coleta de plasma nos Estados Unidos. Contudo, ainda acelerar investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ampliar sua participação na América Latina e quitar dívidas.

Coordenação

Além disso, a operação será coordenada pelo Itaú BBA, Bradesco BBI, BTG Pactual, XP, JPMorgan e Citi. Todavia, a oferta também servirá para que o único acionista da empresa, Marcelo Hahn, venda uma participação no negócio.

Outras empresas de saúde

Vale ressaltar que o anúncio da Blau Farmacêutica ocorreu dois dias depois da distribuidora de produtos médicos Viveo pedir registro para IPO.

A Rede D’Or de hospitais e a D1000 Varejo Farma entraram para a Bolsa de Valores em 2020. Já a rede de drogarias Nissei espera aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para seguir com seu IPO.

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Terceiro trimestre registra 14.1 milhões de desempregados no Brasil

terceiro trimestre registra 14,1 milhões de desempregados no brasil

14.1 milhões de desempregados correspondem à taxa de 0,8 percentuais abaixo da esperada por especialistas

No final do terceiro trimestre deste ano, o Brasil registrou 14.1 milhões de desempregados. Portanto, isso resulta em uma nova máxima recorde para o período. O aumento também é marcado pela forte procura de trabalho após a flexibilização das medidas de contenção à Covid-19.

14.1 milhões de desempregados na pandemia

Os 14.1 milhões de desempregados durante a pandemia do novo coronavírus provocou sérios danos à economia do país. Sendo assim, o mercado de trabalho será o último a se recuperar de crises, com a taxa de desemprego marcando 14,6% nos três meses até setembro, de 13,3% no segundo trimestre.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). O índice registrou o recorde da série iniciada em 2012, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

14.1 milhões de desempregados – taxa ligeiramente abaixo da expectativa

Em contrapartida, a taxa ficou ligeiramente abaixo daquela esperada em um levantamento da agência Reuters junto a especialistas. Por este estudo, a taxa seria de 14,9%.

Ao final do terceiro trimestre, o país tinha um total de 14,092 milhões de desempregados. Ou seja, um aumento de 10,2% em comparação ao período entre abril e junho, e de 12,6% sobre o mesmo período de 2019.

Sobre isso, Adriana Beringuy, analista da pesquisa, explicou:

“Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação.”

Pessoas empregadas

Entretanto, o número de pessoas empregadas recuou 1,1% entre julho e setembro sobre o trimestre anterior, e 12,1% na comparação anual. Isto dá uma soma total de 82,464 milhões, menor patamar da série histórica.

Portanto, o nível de ocupação foi de 47,1% no período, que também foi o menor da série, com 47,9% no trimestre anterior. Ainda conforme o IBGE, o nível de ocupação está abaixo de 50% desde o trimestre finalizado em maio. Em suma, isso aponta que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no Brasil.

Setor privado

Em relação aos empregados no setor privado, sem carteira de trabalho assinada, somavam 9,013 milhões nos três meses até setembro, de 8,639 milhões nos três meses imediatamente anteriores.

Já os que possuíam carteira assinada no período eram 29,366 milhões, de 30,154 milhões antes, de acordo com dados do IBGE.

*Foto: Divulgação/ Helena Pontes/Agência IBGE Notícias