PIB nominal do Mercosul: Brasil responde por 72%

PIB nominal do Mercosul

PIB nominal do Mercosul tem Brasil como exportador e importador maior que Argentina, Paraguai e Uruguai juntos; real é a moeda menos desvalorizada

O Brasil é responsável por 72% do PIB (Produto Interno Bruto) do Mercosul. O índice nominal para o país registrou US$ 1,92 trilhão em 2022. Já a soma de todas as nações do bloco econômico, incluindo a economia brasileira, para o período é US$ 2,67 trilhões. 

PIB nominal do Mercosul

Já o segundo PIB nominal do Mercosul é da Argentina com US$ 632,2 bilhões. Uruguai (US$ 71,9 bilhões) e Paraguai (US$ 41,3 bilhões) aparecem em seguida. Os números foram levantados pela Austin Rating com base em dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), do Mercosul e da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). 

O crescimento do PIB para o Mercosul é de 3,5% em 2022.

Já de 2014 a 2022, a média foi de 0,42%.

Contudo, ao comparar os países nominalmente, as maiores altas foram na Argentina (5,2%) e no Uruguai (4,9%). Neste caso, o Brasil fica em 3º lugar, com 2,9%, à frente do Paraguai (0,1%). Entretanto, os argentinos registraram a maior queda no PIB em 2020, o 1º ano da pandemia.

População do Mercosul

O Brasil concentra a maior população do bloco: 203 milhões de pessoas.

A Argentina tem 46,8 milhões de habitantes; Paraguai e Uruguai registram 7,6 milhões e 3,6 milhões, respectivamente.

Inflação

Quando se compara a inflação de cada país, a Argentina lidera a lista.

O índice do vizinho está em 114,2% no acumulado de 12 meses até maio de 2023. A situação está relacionada ao descontrole fiscal e também por discordâncias em questões políticas. Vale lembrara que no ano passado, parte dos argentinos foi às ruas protestar por causa da crise econômica.

Os outros países do Mercosul estão em patamares muito menores para o período:

  • Brasil – 3,9%;
  • Paraguai – 5,1%;
  • Uruguai – 7,1%;
  • Argentina – 114,2%.

Balança comercial

Por outro lado, o Brasil exportou e importou mais que todos os outros países do Mercosul juntos em 2022. Foram US$ 312,6 bilhões em exportações e US$ 253,8 bilhões em importações. O saldo da balança comercial é positivo: US$ 58,7 bilhões.

A Argentina possui saldo positivo de US$ 14,9 bilhões, e o Uruguai, de US$ 494 milhões. No caso do Paraguai, o saldo é negativo em US$ 5,6 bilhões.

Brasil na liderança  

Nesta terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o comando do Mercosul. O mandato dura até o fim de 2023. O petista está na Argentina para a 62ª Cúpula de Presidentes do Mercosul.

A pauta do petista se concentra em fortalecer a integração regional e destravar o acordo do bloco com a União Europeia.

Por fim, o encontro dos líderes foi realizado em Puerto Iguazú, na província de Misiones, cidade que faz fronteira com o Brasil em Foz do Iguaçu, no Paraná, e com o Paraguai, em Ciudad del Leste.

*Foto: Reprodução/Flickr (Andressa Pessanha – flickr.com/photos/junkieseanthomas/7224989490)

Pix supera 100 milhões de transações: motivo foi pagamento da 2ª parcela do 13º

Pix supera 100 milhões de transações

Pix supera 100 milhões de transações de acordo com dados do Banco Central, na última terça-feira (20)

Na terça-feira (20), pela primeira vez o PIX ultrapassou a marca de 100 milhões de transações em um único dia. O motivo para este feito está associado à data do pagamento da segunda parcela do 13º salário. De acordo com o Banco Central, foram realizadas 104,1 milhões de operações, no valor total de R$ 60,3 bilhões.

No entanto, a alta demanda não comprometeu o funcionamento do Pix, uma vez que o BC afirma que os sistemas funcionaram com estabilidade ao longo de todo o dia.

Pix supera 100 milhões de transações

Além disso, hoje, o Pix já se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil e segue em constante crescimento desde seu lançamento, em novembro de 2020. O recorde anterior ocorreu em 30 de novembro deste ano, quando foram realizadas 99,4 milhões de transações no dia de pagamento da primeira parcela do 13º salário.

Em nota, o BC se pronunciou:

“Os sistemas do Banco Central funcionaram com estabilidade ao longo de todo o dia, atendendo plenamente à alta demanda.”

O Banco Central disse ainda que tal alcance da nova marca diária do Pix “coincidiu” com o último dia para o pagamento da segunda parcela do 13° salário. Vale lembrar que as empresas tinham até a última terça para realizar o depósito para trabalhadores com carteira assinada.

Dois anos de operações

O Pix completou dois anos de operações com mais de 140 milhões de usuários cadastrados. Segundo dados mais recentes, de novembro, são 536,9 milhões de chaves registradas, como emails, CPFs e números de celular, sendo que cada usuário pode ter mais de uma chave.

Atualmente, o meio de pagamento acumula 143,3 milhões de usuários, sendo 131,6 milhões pessoas físicas e 11,7 milhões pessoas jurídicas.

E até outubro deste ano, o serviço de pagamentos instantâneos criado pela autoridade monetária da economia brasileira tinha sido responsável por mais de 28 bilhões de transações e pela movimentação de quase R$ 14 trilhões. Já em setembro, o sistema superou o valor de R$ 1 trilhão movimentados por mês.

*Foto: Reprodução

Leilões de julho: Ministério da Justiça coleta quase R$ 13 milhões

Leilões de julho

Leilões de julho totalizaram 32, feitos pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad)

Durante o mês de julho, mais de R$ 12,8 milhões foram arrecadados, com os 32 leilões realizados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Leilões de julho

Além disso, na lista, 709 ativos dos leilões de julho, que vão de imóveis e carros a bens menores, como celulares e joias, foram destinados à venda pela metade do valor de avaliação em 13 estados e no Distrito Federal. Isso tudo acaba por movimentar a economia do país.

De acordo com nota do Ministério da Justiça:

“O valor arrecadado com a descapitalização de criminosos volta para a sociedade por meio de investimentos em políticas de segurança pública e de combate às drogas e capacitação de profissionais e projetos em âmbito nacional. E também com a destinação de equipamentos para os órgãos integrantes do Sistema Único Segurança Pública, como as polícias militares e civis e corpos de bombeiro militar.”

Imóveis e veículos

Entre os cinco imóveis leiloados em julho está uma fazenda de mais de 970 hectares em Barra do Garças, Mato Grosso.

As terras foram avaliadas em mais de R$ 5 milhões e o lance inicial foi estipulado em R$ 2,575 milhões. O imóvel foi arrematado por mais de R$ 6 milhões.

Já em relação ao leilão de 184 veículos, entre carros, motocicletas e sucatas, arrecadou R$ 3 milhões. O destaque foi uma aeronave modelo 210M (Centurion II), fabricada no ano de 1978. O monomotor, avaliado em R$ 570 mil, foi arrematado por R$ 1,221 milhão. Nesse caso, o lance inicial foi R$ 285 mil, de acordo com o Senad.

Outro item vendido foi um utilitário modelo Jeep G Cherokee avaliado em R$ 47,9 mil, que saiu por R$ 50 mil. O lance mínimo era de R$ 23,9 mil.

Itens de menor valor

Por outro lado, itens de menor valor como celulares, joias, capacetes e pallets de madeira e até mesmo uma prensa hidráulica, um trator Valmet também foram arrematados e responderam pela arrecadação de mais de R$ 56 mil.

Arrecadação no ano além dos leilões de julho

Até julho deste ano, o Ministério da Justiça arrecadou mais de R$ 63 milhões, em 197 leilões.

Entre janeiro e julho, mais de 3,5 mil ativos foram arrematados.

Por fim, o Ministério da Justiça afirmou:

“Os interessados em adquirir os ativos que ainda estão disponíveis para lances devem acessar a página do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que irá direcioná-los aos sites dos leiloeiros parceiros da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.”

*Foto: Reprodução

Imposto de importação de 13 produtos: Governo reduz entre medicamentos e lúpulo para cerveja

Imposto de importação de 13 produtos

Imposto de importação de 13 produtos tem o intuito de evitar o desabastecimento no mercado interno. Taxas caíram para entre 0% e 6,5%

Na última sexta-feira (15), a Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a redução do Imposto de Importação de 13 produtos para taxas entre zero e 6,5%. A lista inclui remédios, equipamentos médicos, tinta para impressão de livros, lentes de contato, lúpulo para cervejarias e resina de polipropileno.

Redução de imposto de importação de 13 produtos

Sendo assim, a partir da decisão da pasta de economia, medicamentos contendo olaparibe, usados no tratamento de cânceres de mama, ovário e próstata, terão a tarifa de importação zerada. O mesmo valerá para remédios que têm em sua composição brometo de tiotrópio monoidratado e cloridrato de olodaterol – broncodilatador indicado para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

O governo também cortou, de 16% para zero, as alíquotas de importação de dois dispositivos médicos: um endovascular, que dissolve e elimina trombos; e outro para cirurgia médica endovascular assistida por robótica, que envolve cateteres, stents coronários e vasculares periféricos, entre outras situações médicas.

Desabastecimento – como evitar

Contudo, para evitar o desabastecimento, a Camex aprovou a redução para zero do Imposto de Importação de fio de alta tenacidade de poliéster; extrato de lúpulo; um tipo de filtro solar; e dois sistemas — um prótese valvular cardíaca e outro de fixação de eletrodo no crânio, para casos de Doença de Parkinson.

Além disso, o mesmo motivo será para: tintas pretas e coloridas para impressão de livros e lentes de contato de silicone hidrogel, que tiveram as tarifas de importação reduzidas para 2%.

Resina de polipropileno

Por fim, a resina de polipropileno está com uma tarifa de 6,5%. O produto é utilizado na fabricação de itens para diversos segmentos da indústria, como aplicações em embalagens flexíveis, sacos para grãos e fertilizantes, cadeiras plásticas, brinquedos, eletrodomésticos e autopeças, entre outros usos.

*Foto: Unsplash/Myriam Zilles

Bandeira verde Aneel segue em junho, sem cobrança adicional

Bandeira verde Aneel

Bandeira verde Aneel não repassará cobrança final aos consumidores

Na sexta-feira (27), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que manterá a bandeira verde acionada em junho para todos os consumidores do Brasil. Com a decisão, as contas de luz seguem sem cobrança adicional no próximo mês, o que ajuda na economia para toda a população do país.

Bandeira verde Aneel

Sendo assim, a bandeira verde Aneel indica “condições favoráveis de geração de energia”. Além disso, em nota, a agência diz que a tendência, segundo agentes do setor elétrico, é que o patamar seja mantido nos próximos meses também.

Vale destacar que a bandeira verde entrou em vigência no dia 16 de abril. Entretanto, antes, no período de setembro de 2021 a 15 de abril, os consumidores tiveram de pagar um adicional de R$ 14,20 por 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, referente à bandeira escassez hídrica. O patamar foi criado no ano passado por conta da grave escassez nos principais reservatórios.

Sistema de bandeiras tarifárias

Contudo, o sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 com a finalidade de indicar os custos da geração de energia no país aos consumidores, além de atenuar os reajustes das tarifas e o impacto nos orçamentos das distribuidoras de energia.

Todavia, anteriormente, o custo da energia em momentos de mais dificuldade para geração era repassado às tarifas apenas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. Por outro lado, agora, os recursos são cobrados e repassados às distribuidoras mensalmente por meio da “conta Bandeiras”.

Produção baixa de energia

Em suma, a bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o gasto para produzir energia está baixo. Entretanto, as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 equivalem a um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas. E isso tudo está ligado especialmente ao volume dos reservatórios e das chuvas.

*Foto: Unsplash

Registro preliminar de IPO do Nubank: pedido confidencial

IPO do Nubank

IPO do Nubank foi registrado tanto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quanto na SEC (Securities and Exchange Commission), reguladora do mercado de capitais nos Estados Unidos

Nesta quarta-feira (27), o Nubank entrou com pedido confidencial para registro preliminar de IPO (oferta pública inicial de ações). E isso, tanto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quanto na SEC (Securities and Exchange Commission), reguladora do mercado de capitais nos Estados Unidos.

IPO do Nubank

Hoje, o Nubank é a maior fintech da América Latina. O banco digital conquistou este título por querer abrir seu capital no EUA no começo do ano que vem.

No Brasil, o IPO do Nubank diz respeito à CVM e à B3, com listagem de emissor estrangeiro categoria “A”; registro e admissão à negociação de programa de BDRs patrocinado, de nível 3; e registro de oferta pública inicial de distribuição de BDRs representando ações ordinárias classe A.

Pedido confidencial de IPO do Nubank

Além disso, por se tratar de um pedido confidencial, os números da empresa, em termos do setor de economia em ascensão, ainda estão sob sigilo. Porém, a expectativa é de que a fintech seja avaliada em mais de US$ 55 bilhões.

Vale reforçar que duas semanas atrás, o Nubank informou ter atingido seu primeiro semestre no azul da história. A empresa reportou também que seu lucro líquido foi de R$ 76 milhões, entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período de 2020, a fintech teve prejuízo de R$ 95 milhões.

Acionistas

Contudo, outro fator positivo antes do IPO é o respaldo de seus acionistas. Isso porque em junho, o Nubank recebeu US$ 750 milhões em aportes, chegando a um valuation de US$ 30 bilhões.

Última captação

Em sua última captação, a empresa recebeu US$ 500 milhões da Berkshire Hathaway, holding do bilionário Warren Buffett, um dos maiores investidores do mundo.

Já o investimento de US$ 250 milhões foi liderado pela gestora americana Sands Capital e contou com a participação das gestoras brasileiras Absoluto, de José Zitelmann e Gustavo Hungria, e Verde, do também grande investidor Luis Stuhlberger.

*Foto: Unsplash/Neon Brand

Efeitos da inflação: BC está atento e comprometido com meta

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Efeitos da inflação foram impactados por itens voláteis, como alimentos e preços de energia, com tendência a serem mais esporádicos, afirma diretora do Banco Central

Na segunda-feira (11), Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos​ do Banco Central, ressaltou que a autarquia está comprometida com a entrega da inflação na meta em 2022. Além disso, ela também está atenta aos efeitos da inflação no país.

Efeitos da inflação

A diretora, que participou de uma reunião anual do Institute of International Finance (IIF), avaliou que o preço de serviços no Brasil está em processo de realinhamento. Porém, mesmo assim a taxa atualizada ainda está em patamar considerado baixo.

Alta de preços

Por outro lado, a respeito da significativa alta de preços na economia, Fernanda afirma que a inflação foi impactada por itens voláteis como alimentos e preços de energia. Ambos tendem a ser mais esporádicos, apesar de estarem demorando mais para cederem.

Contudo, a diretora reconheceu que a surpresa nesses itens voláteis tem sido “bastante grande”. Ela disse em inglês.

“Por isso temos subido (a Selic) a um ritmo muito rápido, estamos ajustando nossa taxa de juros. E estamos almejando conter pressões inflacionárias de segunda ordem.”

E ainda complementou:

“É isso que temos em mente. Queremos trazer a inflação de volta à meta no ano que vem. Então estamos muito empenhados em alcançar esse objetivo. E vamos fazer tudo que pudermos fazer para fazer a inflação convergir para a meta a fim de conter essas pressões inflacionárias.”

Meta de inflação

Em contrapartida, a meta de inflação em 2022 é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Em seu cenário base, o BC vê o IPCA do próximo ano ligeiramente acima deste patamar, em 3,7%.

Em seu cenário base, o BC vê o IPCA do próximo ano ligeiramente acima deste patamar, em 3,7%. Já o mercado projeta inflação de 4,17% em 2022, segundo dados do boletim Focus mais recente. E que também houve projeção alta em setembro.

Neste caso, a taxa básica de juros está em 6,25% e o BC tem indicado que deve elevá-la novamente em 1 ponto percentual em sua próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorre no fim deste mês.

Inércia inflacionária

Contudo, a diretora do BC pontuou também que os modelos internos na autarquia não sugerem que a inércia inflacionária subiu muito. Ela frisou ainda que o país vive agora seu pico inflacionário. Isso considerando a taxa acumulada em 12 meses, e que este ritmo tende a perder força daqui em diante.

Já em relação ao quadro fiscal brasileiro, a diretora destacou que há muita incerteza sobre a gestão das contas públicas, o que tem sido impacto nas expectativas de inflação.

Ela concluiu essa incerteza para 2022 entra no balanço de riscos do BC na direção de inflação mais alta.

“Em um cenário com recuperação muito forte do consumo, vemos a necessidade para gasto extra como menor, mas isso, é claro, não cabe ao BC dizer, cabe ao governo e aos parlamentares decidir.”

*Foto: Reprodução/Sérgio Lima/Poder 360

Projeção para inflação 2021: mais uma semana consecutiva de aumento

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Projeção para inflação 2021 teve alta pela 25ª semana, segundo boletim Focus

Na segunda-feira, o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), revelou que o mercado prosseguiu com o aumento das expectativas para a inflação neste pela 25ª semana consecutiva. Além disso, ao mesmo tempo, continuou a ver crescimento menor da atividade da economia para 2022.

Projeção para inflação 2021

De acordo com a pesquisa, a projeção para inflação 2021 registrou até o momento uma alta do IPCA. O índice foi de 8,45%, ante 8,35% na semana passada. Já para o ano que vem a conta também pode subir: 4,12%, contra 4,10% da estimativa anterior.

Por outro lado, o centro da meta oficial para a inflação em neste ano é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%. Mas sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Banco Central

Contudo, na semana passada o BC elevou a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, chegando ao patamar de 6,25% ao ano. E ainda indicou que irá avançar em “território contracionista” ao dar sequência ao seu agressivo ciclo de aperto monetário. O objetivo é domar uma inflação que tem se mostrado mais persistente e disseminada.

Ata da reunião

Até ontem (28), o mercado aguardava a divulgação da ata desta reunião, em busca de mais detalhes sobre a decisão. Já na quinta-feira (30), o Banco Central divulga também seu Relatório de Inflação.

PIB

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2021 foi mantida em 5,04%. Porém, para o ano que vem caiu 0,06 ponto percentual, a 1,57%.

Boletim Focus

Por fim, o boletim Focus desta semana contou com uma centena de economistas que mostrou que ainda não teve alterações na perspectiva para a taxa básica de juros. Portanto, o cenário para a Selic permanece em 8,25% este ano e em 8,50% no próximo.

*Foto: Divulgação/EBC

Reforma do IR afeta cidades com perdas que chegam a R$ 1,5 bilhão

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Reforma do IR afeta cidades em caso de aprovação, revela a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf)

Na terça-feira (17), a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf) divulgou que a reforma do IR afeta cidades. E isso tanto para as principais capitais brasileiras, quanto para as maiores cidades do país, caso esta versão mais recente do projeto em tramitação na Câmara dos Deputados. As perdas na economia podem chegar a R$ 1,5 bilhão.

Como a reforma do IR afeta cidades

Além disso, a estimativa da entidade é que a reforma do IR afeta cidades. E que os principais municípios passem a receber R$ 800 milhões a menos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). E R$ 700 milhões a menos no IR sobre os rendimentos do trabalho retidos. Portanto, estes fatores ameaçariam sua capacidade de prestar serviços básicos à população. A votação do texto da reforma foi adiada mais uma vez na tarde de ontem (17). Em nota, a Abrasf afirmou:

“A base do projeto foi entregue aos parlamentares pela equipe do Ministério da Economia e, mesmo após sofrer ajustes, a última versão do substitutivo apresentada pelo relator, deputado Celso Sabino, permanece inadequada e não compensa as perdas dos Municípios e Estados.”

Proposta original

Vale lembrar que a proposta original de reforma do IR do governo, enviada à Câmara previa uma redução gradual da alíquota do IR da Pessoa Jurídica e a implantação de uma taxação de 20% sobre os dividendos distribuídos, entre outras mudanças.

A estimativa é que o conjunto das medidas geraria um ganho líquido de R$ 1,9 bilhão para o governo em três anos.

Relator do projeto

Celso Sabino (PSDB-PA), relator do projeto na Câmara, alterou pontos da proposta e, em negociação com o governo, aprofundou a desoneração do IRPJ. Porém, também previu uma alteração na Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). E vale ressaltar que ela não é compartilhada com Estados e municípios. Por fim, a ideia, ao mexer na CSLL, foi atenuar as perdas de arrecadação dos governos regionais.

*Foto: Divulgação

Citi prevê dólar acima dos atuais R$ 5,20 para encerramento do ano

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Citi prevê dólar acima e eleva estimativa para inflação a 6,4%

Nesta semana, o Citi manteve estimativa de que o dólar encerrará 2021 em R$ 5,32. Sendo assim, haverá normalização da política monetária norte-americana e alta da moeda no mundo. Além disso, passou a ver a inflação ao consumidor no Brasil de 6,4% neste ano, puxada pelos preços da energia.

Citi prevê dólar acima dos atuais R$ 5,20

Antes, o banco esperava IPCA de 6,1%. Por outro lado, o setor de economia do Citi, liderados por Leonardo Porto, explicou que a mudança de projeção decorreu da expectativa de que a Aneel mantenha a bandeira vermelha patamar 2 até o fim do ano. Isso porque a situação dos reservatórios hídricos continua a se deteriorar.

Projeção para 2022

Para 2022, o banco norte-americano manteve prognóstico de 3,5%, mas fez ressalvas. Em relatório, a instituição bancária afirmou:

“Para 2022, embora esperemos que a inflação proveniente tanto de energia quanto de bens comercializáveis diminua (deflação no caso do primeiro), a inflação proveniente de bens não comercializáveis está aumentando mais rapidamente do que o esperado anteriormente, uma vez que a economia está reabrindo de forma mais consistente e o hiato do produto está fechando. Os riscos estão inclinados para cima.”

Previsão para Selic

Em relação à estabilidade na projeção do IPCA para o ano que vem, o Citi manteve a previsão para Selic. Neste caso ela é de 6,75% para fim tanto de 2021 quanto de 2022. Mesmo assim, o banco ponderou que os riscos são de uma taxa mais elevada.

Com a estabilidade na projeção do IPCA para 2022, o Citi manteve a previsão para Selic: de 6,75% para o fim tanto de 2021 quanto de 2022. Ainda assim, o banco ponderou que os riscos são de uma taxa mais elevada. Sobre isso, os economistas afirmaram:

“Vale ressaltar que uma inflação mais alta em 2022 exigiria uma taxa de juros mais alta para levar a política monetária à neutralidade (taxa de juros real em torno de 3,00%).”

Expansão segue

Em contrapartida, para a economia, os profissionais seguem vendo expansão de 5,1% neste ano e de 1,8% para o ano que vem. Além disso, a previsão de 2022 é prejudicada por políticas monetária e fiscal mais apertadas.

PIB

Já o segundo trimestre deve ter sido de variação quase nula do PIB, ao passo que o terceiro trimestre deve mostrar aumento de 0,2% sobre o segundo. Com isso, o PIB deve avançar 0,3% nos últimos três meses de 2021.

Contudo, o dólar deve encerrar o ano acima dos atuais R$ 5,20. Além da política monetária dos Estados Unidos e da força da moeda no mundo, mais ruídos fiscais no Brasil devem afetar negativamente a taxa de câmbio.

Entretanto, os preços mais altos das commodities devem garantir um robusto superávit comercial de US$ 63 bilhões em 2021. Por outro lado, deve apoiar o primeiro saldo positivo nas transações correntes desde 2006 (de US$ 11 bilhões, ou 0,7% do PIB).

*Foto: Divulgação