Economia brasileira acena para a Ásia e se afasta da Europa

Economia brasileira se alinha hoje mais com a indústria chinesa, que segue avançando frente a outros países

No passado, o Brasil fazia mais negóicos com os Estados Unidos e Europa. Porém, hoje, a economia nacional se alinha mais com a indústria chinesa, que segue avançando frente a outros países. E para o Brasil é uma vantagem. Mas, para a Europa, um problema.

Economia brasileira

Em relação à economia brasileira, basta observar as ruas. Isso reflete que há apenas dois anos, carros chineses não tinham tanto mercado por aqui. Mas, atualmente, os veículos estão por todos os lados e em todas as variantes. Ou seja, desde modelos populares aos luxuosos. E nas versões elétrica, híbrida ou com motor de combustão.

Montadoras

Já as montadoras da China entraram em ritmo acelerado no mercado brasileiro de carros elétricos, deixando para trás as fabricantes de automóveis da Europa e da América do Norte, que por muitos anos ocuparam uma posição dominante no Brasil.

Outros ramos de atividade

Todavia, outros ramos de atividade também estão ocupando posições-chave, como em hidrogênio verde, na geração de energia limpa, na digitalização, nas telecomunicações e na pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Nova política de investimentos no Brasil

A China segue uma nova política de investimentos no Brasil, garante o think tank Diálogo Interamericano (The Inter-American Dialogue). Além disos, os investimentos chineses não estão mais centrados na garantia de energia, alimentos e matérias-primas, como havia sido nos últimos 20 anos. A palavra de oprdem agora é inovação, e com isso, eles concorrem, sobretudo com empresas ocidentais.

Economia alemã

Sendo assim, a economia alemã está em risco. Isso porque o Brasil é um dos locais mais importantes para a indústria alemã no exterior. Neste caso, São Paulo é considerada a maior cidade industrial alemã no exterior, com centenas de empresas alemãs.

Por sua vez, hoje, no estado paulista, a fabricante chinesa de automóveis Great Wall Motors comprou, há três anos, a nova fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis.

No Nordeste houve mudanças parecidas. Em Salvador, por exemplo, a Ford, a Siemens Energy e a General Electric (GE) fecharam suas fábricas nos últimos anos. Em parte, empresas chinesas assumiram o controle delas. Segundo a diretora para a América da fabricante chinesa de automóveis BYD, Stella Li, o Vale do Silício do Brasil está sendo criado na capital baiana, por meio da construção de sua fábrica onde antes ficava a Ford.

Também na Bahia, a fabricante chinesa Goldwind construirá turbinas eólicas na antiga fábrica da GE. E a também chinesa CGN Brazil Energy quer produzir hidrogênio verde num enorme parque eólico.

Investimentos

Para o Brasil, a nova onda de investimentos da China é uma oportunidade. Mais concorrência no mercado interno é sempre bom: a oferta cresce, os preços tendem a cair e empregos são criados.

Interdependência entre Brasil e China

E a interdependência entre Brasil e China no comércio já é uma realidade. Prova disso é que o Brasil exportou mercadorias no valor de cerca de 105 bilhões de dólares para a China em 2023 – especialmente petróleo, soja e minério de ferro. Esse é o mesmo valor que a Alemanha vendeu em máquinas e equipamentos para a China. Porém, enquanto a Alemanha tem um déficit comercial com a China, o Brasil está gerando grandes superávits.

Portanto, a Alemanha e outros países europeus estão perdendo rapidamente importância econômica para o Brasil.

Por fim, não há dúvida de que o Brasil continuará a se direcionar tanto econômica quanto politicamente para a Ásia Oriental nos próximos anos, afastando-se cada vez mais da Europa.

*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/jipe-offroader-dirigindo-na-estrada_6159490.htm#fromView=search&page=1&position=6&uuid=945ff1ea-166f-4d67-a06e-e5b61cd85f2c