Novas regras de portabilidade de crédito e débito em conta ficam para 2021

novas regras de portabilidade de crédito e débito em conta ficam para 2021

Decisão do CMN visa maior eficiência ao mercado financeiro quanto à portabilidade de crédito e débito

O Conselho Monetário Nacional (CMN) adiou para março de 2021 o prazo para a entrada em vigor da extensão das possibilidades de portabilidade de crédito e de débito em conta de depósitos e de pagamento aprovadas em novembro de 2019, de acordo com decisão anunciada nesta sexta (23).

Portabilidade de crédito e débito

Segundo o Banco Central (BC), o ajuste tem por objetivo a necessidade de as instituições reguladas “concentrarem esforços”, principalmente na área de tecnologia, além das iniciativas do PIX e do open banking.

Inicialmente previstas para entrarem em vigor mês que vem, as novas regras contam com a permissão para que operações de crédito imobiliário contratadas originalmente fora do Sistema Financeiro de Habitação sejam enquadradas no SFH no momento da portabilidade. Porém, desde que respeitem as normas da modalidade.

Portabilidade do crédito no cheque especial

Além disso, também foi adiada para março a portabilidade do crédito no cheque especial. O objetivo é possibilitar a transferência de dívidas de uma linha de crédito cara para outras modalidades mais em conta, movimentando assim a economia nacional.

Empréstimos com bancos multilaterais

Em relação a recursos obtidos por meio de empréstimos com bancos multilaterais ou agências internacionais de desenvolvimento destinados a operações de repasse, a CMN afirma que também poderão ingressar no país através de contas exclusivamente designadas.

Sendo assim, as instituições financeiras que estruturarem essas operações junto aos organismos multilaterais poderão negociar uma captação de maior vulto. Além de deixar os recursos depositados na conta designada no exterior, e ingressar com os recursos no país gradualmente, à medida que os respectivos projetos forem sendo aprovados.

Nota do Banco Central

Por fim, o Banco Central divulgou em nota que a medida tem o intuito de promover maior eficiência ao mercado financeiro. Portanto, as captações externas para os agentes econômicos financiarem seus projetos no país seriam facilitas.

*Foto: Divulgação/Bloomberg News

Pandemia afeta ensino superior com saída de mais de 850 mil alunos

pandemia afeta ensino superior com saída de mais de 850 mil alunos

Pandemia afeta ensino superior em 13,2%, referente a matrículas do setor privado em todo o país

A crise econômica provocada pelo novo coronavírus fez com que 858 mil alunos abandonasse cursos de ensino superior na rede particular neste ano. A diminuição equivale a 13,2% geral das matrículas nas universidades privadas do Brasil.

Pandemia afeta ensino superior

Pandemia afeta ensino superior segundo pesquisa feita pelo Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior) e divulgada na terça-feira (19). De acordo com o levantamento, 608 mil alunos desistiram, trancaram a matrícula ainda no 1º semestre do ano ou não se rematricularam para o 2º semestre. Isso compreende 83 mil a mais que no mesmo período de 2019.

Universidades privadas

Além disso, as universidades privadas também perderam 250 mil ingressantes no 2º semestre, em comparação com o ano passado. Ocasião em que 1,2 milhão se matricularam para iniciar o ensino superior. A diminuição é puxada especialmente pela queda nos cursos presenciais, que receberam em torno de 40% menos novos estudantes.

Aulas presenciais suspensas

As aulas presenciais estão suspensas na maioria das instituições de ensino superior em todo o país há quase sete meses. Em São Paulo, apesar da autorização estadual e de algumas prefeituras, a maior parte das faculdades optou por seguir com as aulas remotas. Segundo o relatório:

“O ingresso de novos alunos no segundo semestre, que representa aproximadamente 30% dos ingressantes no ano, também foi frustrante e ficou muito abaixo dos últimos anos, agravando ainda mais a situação.”

Inadimplência

Em relação às taxas de inadimplência nas mensalidades, ela aumentou em 29,9% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019. O percentual atingiu 11% dos alunos. Já em cursos EAD (ensino a distância), o atraso no pagamento é maior, com 12,5% dos contratos inadimplentes, revela o mesmo documento:

“Composto por mais de 90% de alunos das classes de renda C, D e E, o público do ensino superior privado foi o que mais sofreu com desemprego, perda de renda e suspensão ou redução de contrato de trabalho. Consequentemente, as instituições de ensino superior viram a inadimplência e os trancamentos ou as desistências crescerem acentuadamente no primeiro semestre do ano.”

Preocupação entre as instituições de menor porte

Todavia, para o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, a redução de alunos foi muito grande. A preocupação maior vem de instituições de menor porte e em cidades menores ou no interior do país. Isso porque já estavam em situação financeira fragilizada por não terem se recuperado da crise econômica de 2015:

“Não houve nenhuma política pública para resgatar esses estudantes, ajudá-los a continuar estudando. Deveria haver algum tipo de financiamento para evitar que esses jovens se vejam impedidos de se formar.”

Posicionamento de alunos

Em contrapartida, o lado dos alunos também é de preocupação. É o caso da estudante Larissa dos Santos, de 19 anos, que por medo de assumir uma dívida, optou por adiar o ingresso no curso de educação física. Ela conta ainda à Folha de S. Paulo que tinha conseguido um desconto de 30% nas mensalidades:

“No ano passado, decidi que esperaria seis meses para entrar na faculdade para juntar dinheiro antes. Eu estou empregada, mas está tudo tão incerto que achei melhor esperar um pouco mais.”

Retomada das aulas presenciais

Além disso, ela disse que a indefinição quanto á retomada das aulas presenciais também foi um fator que considerou para não se matricular agora:

“É um curso muito prático. Se for para ter aula remota, não acho que vale a pena pagar e ter uma formação que não sei se será boa.”

*Foto: Divulgação

Confira nova linha gamer da AOC

confira nova linha gamer da aoc

Linha gamer da AOC aposta em opções de personalização como um grande diferencial

A tradicional fabricante de TVs e monitores, a AOC, resolveu inovar mais uma vez em termos de tecnologia e traz ao Brasil uma linha de mouses e teclados gamer. Os produtos de já estão à venda no mercado nacional. Sendo assim, eles terão concorrentes diretos o HyperX, Razer, Redragon, entre outros.

Linha gamer da AOC

Além disso, os periféricos AOC e Agon, marca gamer da companhia, também possuem suporte ao app próprio G-Tools. Ou seja, ele possibilita configurar iluminação, botões, macros, entre outras opções. Porém, sempre conforme cada perfil de jogador.

Preços

Sobre os preços, o mouse intermediário GM500 custa em torno de R$ 199. Já o teclado GK500 custa R$ 499. No entanto, ainda têm opções top de linha, lançadas sob o selo Agon. E também um mousepad com luzes RGB, que podem ser configuráveis. Todos já disponíveis no país.

Destaques da linha gamer da AOC

Entre os destaques da nova linha gamer da AOC, está o mouse GM500, por ser a opção mais em conta. Ele possui oito botões personalizáveis, além de contar com o sensor Pixart 3325, que promete oferecer mais precisão e velocidade, especialmente, em jogos que exigem rapidez do jogador. Ele custa R$ 199.

Todavia, ainda há o mouse gamer Agon AGM700, opção Premium. Entre seus oito botões ajustáveis, o modelo traz um exclusivo para sniper, o que faz toda a diferença em jogos FPS.

Já para quem deseja personalizar o peso do mouse, o modelo traz também um sistema de configuração com cinco módulos. Cada um deles adiciona 5 gramas ao peso original atingindo 25 gramas no total. O modelo está à venda por R$ 349.

Teclado

Ao custo de R$ 499, o teclado GK500 é a opção mais em conta para quem não pode investir tanto em um periférico. Ele conta com RGB customizável, switches intermediários Outemu Blue e tecnologia antiderrapante para evitar problemas na hora de jogar. Por fim, ele conta com um suporte magnético para o pulso que promete mais conforto para longas horas de jogatina.

O modelo de teclado mecânico Agon AGK700 é o top da linha gamer da AOC. O produto traz switches Cherry MX Blue, o que promete maior precisão e conforto no momento do jogo. Já o design tem um acabamento de alumínio anodizado e suporta milhões de acionamentos ao longo de sua vida útil. Contudo, ele ainda possui uma entrada USB que pode ser utilizada para ligar o mouse ou até mesmo carregar um smartphone, por exemplo. Ele está à venda a partir de R$ 1.199.

Vale lembrar que no atual momento de pandemia em que vários eventos gamers foram adiados, como o Brasil Game Show 2020, possuir produtos de qualidade para jogar em casa faz toda a diferença.

Outras opções de mouse

Por fim, a AOC anunciou ainda o mousepad gamer Agon MM700, oferecendo uma boa opção de base para sua utilização. O produto está à venda por R$ 249 e ainda traz uma superfície microtexturizada, o que deve proporcionar menos atrito durante a jogatina.

Toda linha gamer da AOC possui cabo trançado e conector banhado a ouro, o que deve garantir uma conexão estável e maior resistência aos produtos. Agora basta escolher o que melhor atende suas expectativas.

*Foto: Divulgação

Estudo da FGV aponta que auxílio emergencial reduziu a pobreza do país em 23%

estudo da fgv aponta que auxílio emergencial reduziu a pobreza do país em 23%

Nesta sexta-feira (9), um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), intitulado “Covid, Classes Econômicas e o Caminho do Meio: Crônica da Crise até Agosto de 2020” foi divulgado. E o resultado aponta que o projeto auxílio emergencial reduziu a pobreza do Brasil. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o bônus contribuiu para que 15 milhões de brasileiros saíssem da linha de pobreza até agosto de 2020. Isso refletiu um percentual de 23,7%. A comparação foi feita com os dados fechados de 2019. A definição usada pela fundação caracteriza a pobreza de acordo com a renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo (522,50 reais).

Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, afirma que mesmo que o país ainda registre 50 milhões de pobres depois desta queda, ainda sim este é o nível mais baixo de toda a série histórica.

“De maneira geral, a gente observou um boom social inédito, mesmo comparando com períodos pós-estabilização, que foram períodos de boom social. Em toda a série estatística a pobreza nunca esteve num nível tão baixo, são 50 milhões de brasileiros. A queda foi realmente inédita, de acordo com as séries estatísticas”.

Auxílio emergencial reduziu a pobreza – dados do estudo

Segundo o estudo, o auxílio emergencial reduziu a pobreza na região Nordeste em 30,4%, e em 27,5% no Norte do país. Já no Sul, a redução foi de 13,9%; no Sudeste de 14,2% e no Centro-Oeste a queda na pobreza atingiu 21,7%.

Todavia, a FGV Social ressalta que nestas regiões há maiores parcelas do público-alvo do auxílio emergencial, reforça Neri:

“O Brasil, nos nove meses do auxílio emergencial, até o final do ano, pretende gastar 322 bilhões de reais, cerca de nove meses são nove anos de Bolsa Família, uma injeção de recursos bastante substantivo.”

Mercado de trabalho

Em contrapartida, o pesquisador revela que as camadas com renda acima de dois salários mínimos per capita perderam 4,8 milhões de pessoas na pandemia. Além disso, os dados referentes ao mercado de trabalho demonstram forte retração da economia.

“Houve uma queda de renda de 20%. O índice de Gini teve um aumento muito forte, que é o índice de desigualdade. A renda do trabalho da metade mais pobre caiu 28%. Então guarda um certo paradoxo na pesquisa. As rendas de todas as fontes tiveram um aumento espetacular, principalmente na base da distribuição, enquanto a renda do trabalho, que deveria ser a principal renda das pessoas, teve uma queda igualmente espetacular, especialmente também na base da distribuição. O que explica esse paradoxo é a atuação do auxílio emergencial, que atingiu no seu pico com 67 milhões de brasileiros”.

Auxílio emergencial reduziu a pobreza- camadas intermediárias

Todavia, a queda no topo e a subida na base das classes de renda, as camadas intermediárias registraram um aumento de 21,4 milhões de pessoas. Isso significa quase metade da população da Argentina. Neri também alerta que a redução na pobreza é temporária e tende a ser completamente revertida depois do fim do auxílio emergencial:

 “O boom social ocorrido em plena pandemia é surpreendente, mas enseja uma preocupação porque sua principal causa, que é o auxílio emergencial, generoso, que foi concedido, ele cai à metade agora em outubro, e depois é totalmente extinto em 31 dezembro. Então, nossa estimativa é que esses 15 milhões que saíram da pobreza vão voltar à velha pobreza de maneira relativamente rápida. Isso equivale a cerca de meia Venezuela em termos populacionais.”

Novos programas sociais

Contudo, o estudo da FGV Social indicou que ainda não foram definidos novos programas sociais para contornar a crise atual. E também disse que existem “cicatrizes trabalhistas de natureza mais permanente abertas pela crise”.

Por fim, a questão sanitária preocupa cada vez mais, visto que o segmento mais pobre, público-alvo do auxílio emergencial, conta com taxas mais baixas de isolamento social. Em suma, isso compreende o impedimento das pessoas mais pobres em conseguirem exercer “ações mais ajustadas às necessidades impostas pela pandemia”.

*Foto: Divulgação

Próxima atualização do WhastApp permitirá gerenciar arquivos recebidos

próxima atualização do whastapp permitirá gerenciar arquivos recebidos

Nova função do app de mensagens facilita gerenciar arquivos recebidos e, consequentemente, liberar mais espaço no celular

Em sua próxima atualização, o WhatsApp vai testar uma nova configuração no aplicativo de mensagens. Sendo assim, ele vai permitir gerenciar arquivos recebidos. Portanto, os usuários terão um maior controle de armazenamento do app, além de liberar mais espaço no celular.

Gerenciar arquivos recebidos

A melhoria do app, que vem por meio da atualização 2.20.201.9, foi descoberta pelo site WABetalnfo. Em razão dos novos recursos, os usuários terão maior facilidade em controlar o armazenamento de seu WhatsApp.

Expansão de funções

Vale lembrar que em julho, a rede social de mensagens instantâneas anunciou novas funções, como o modo escuro para as versões web e desktop.

Além disso, as próximas funções que chegarão já são consideradas uma ampliação dos recursos presentes atualmente no app. A partir desta nova atualização, o usuário pode gerenciar arquivos recebidos, que constam na memória do WhatsApp. E como já foi mencionado, isso só torna ainda mais fácil seu manuseio quando queremos buscar um arquivo ou imagem específica em várias conversas.

Por fim, a próxima experiência de tecnologia que a rede social vai permitir, também será possível classificar os arquivos por tamanho e pela data enviada. Todavia, o usuário ainda pode excluir instantaneamente todos os arquivos enviados em conversa particular.

Programa de testes do WhatsApp

Vale ressaltar que a atualização já pode ser acessada pelos usuários que estão cadastrados no programa de testes do WhatsApp. Porém, ainda não há previsão para chegar aos demais usuários da rede social.

*Foto: Divulgação

Doria diz que profissionais da saúde devem começar a ser vacinados em dezembro

doria diz que profissionais de saúde devem começar a ser vacinados em dezembro

Primeiros grupos de profissionais da saúde farão parte das pessoas a serem imunizadas no estado de São Paulo

Nesta quarta-feira (23), o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que os primeiros grupos de profissionais da saúde do estado paulista devem ser vacinados contra a Covid-19 a partir da segunda quinzena de dezembro.

Aporte de R$ 80 milhões

Além disso, Doria também disse que o Ministério da Saúde aprovou um aporte de R$ 80 milhões para a nova fábrica da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan.

Doses

O estado vai receber as primeiras 5 milhões de doses da vacina no mês que vem. As doses são de aplicação única e ficarão armazenadas até que a Secretaria de Saúde, Ministério da Saúde e a Anvisa aprovem o imunizante.

O governador ressaltou ainda que até 31 de dezembro o estado paulista vai receber mais de 40 milhões de doses. O número pode chegar a 60 milhões em 28 de fevereiro. Ele completou:

“Já fizemos negociações com o Ministério da Saúde para a compra de mais 40 milhões de doses da vacina.”

Profissionais da saúde

Em geral, depois dos profissionais da saúde serem imunizados, os próximos a serem vacinados serão os pacientes que integram grupos de risco da doença: idosos e pessoas com doenças crônicas. Em seguida, segundo o governo, os imunizados serão os agentes de segurança, profissionais da educação e a população indígena.

Laboratório Sinovac

Em relação ao acordo firmado entre o Instituto Butantan e o l aboratório Sinovac, companhia chinesa responsável pela CoronaVac, há uma previsão de transferência de tecnologia. Isso para que o instituto brasileiro possa produzir novas doses. A espera é de que seja possível fabricar doses para todo o Brasil.

Registro da vacina

Além disso, o registro da vacina na Anvisa deve ocorrer depois do dia 15 de outubro, ou seja, quando tiver novos resultados dos testes de fase três.

Todavia, até esta quarta, o imunizante não havia apresentado efeitos adversos significativos. Sendo assim, o governo estadual sinaliza que 94,7% das 50 mil pessoas que receberam doses da vacina na China não manifestaram nenhum efeito adverso.

Por fim, no Brasil, nenhum dos 5.600 profissionais da saúde, que integraram o ensaio clínico, apresentou efeitos adversos.

*Foto: Divulgação

Redes de pesca são transformadas em produtos ecológicos no RS

redes de pesca são transformadas em produtos ecológicos em sc

Redes de pesca passaram a ser matéria prima para outros produtos a partir de 1998

Em diversas regiões do Brasil, a sustentabilidade tem sido evidenciada sobre vários aspectos. E, especificamente, há mais de 40 anos ela ocorre pelas mãos da desenvolvedora e fomentadora Nara Guichon, 65 anos.  Nascida em Santa Maria, ela também é pela artista plástica, ambientalista e designer têxtil. E seu atelier de moda ética e sustentável no estado catarinense foi fundado em 1983.

Redes de pesca como matéria prima ecológica

A partir de 1998, Nara percebeu o grande número de redes de pesca industrial que eram descartadas incorretamente. Portanto, esta atitude gerava a poluição de todo um ecossistema em larga escala no Brasil. Ela explica que as redes de poliamida são tão resistentes que levam centenas de anos para se decompor. Sendo assim, quando elas são simplesmente jogadas nos oceanos, se transformam em uma ameaça real à fauna e à flora marítima.

Quase 10% do lixo marítimo são provenientes da indústria pesqueira

Segundo os dados da Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO), quase 10% do lixo marítimo são provenientes da indústria pesqueira. Sendo assim, Nara começou a desenvolver um projeto de reaproveitamento do material composto por poliamida, que até então não é reciclado no Brasil.

Esfregões ecológicos

A partir desta iniciativa surgiram os esfregões ecológicos. Este produto é ideal para limpeza pesada e ainda substitui os produtos de plástico e que, consequentemente, possuem menor durabilidade. Mesmo quando o esfregão ecológico já foi utilizado por mais de seis anos, ele ainda se mantém na mesma gramatura. Isso quer dizer que durante todo este tempo ele não liberou microplásticos. Sobre isso, a artesão reforça:

“Numa sociedade cada vez menos conectada aos valores naturais, o artesanato feito com materiais que, de outro modo seriam descartados, se mostra como uma forma de retorno às origens. O contato com os elementos minerais e vegetais, assim como o novo olhar sobre objetos descartados ou indesejados, pode revolucionar a nossa economia e a forma como interagimos como sociedade.”

Festival de Alimentação Orgânica

Em 2014, durante o Festival de Alimentação Orgânica, Marcella Zambardino, co-CEO da Positiv.a, empresa C que cria soluções para cuidar da casa, corpo e natureza, conheceu Nara.

O encontro resultou em uma parceria promissora. Sendo assim, a Positiv.a se tornou uma representante exclusiva dos esfregões ecológicos. No total, ao longo dos últimos seis anos, a Positiv.a já vendeu 476,3 kg de produtos feitos a partir das redes de pesca reutilizadas. Já a Nara e sua equipe reusam em média 2 toneladas de rede de pesca ao ano.

Outros itens ecológicos

Além disso, as redes de pesca reutilizadas pela artesã gaúcha também serviram como base para a criação de saquinhos. Com isso, o objetivo é substituir as embalagens comuns de plástico. Portanto, estes itens ecológicos podem ser utilizados para fazer compras a granel, como nécessaire, porta acessórios ou até mesmo como separador de roupas em malas de viagem.

A empresa pretende ampliar essa linha de produtos. Já no atelier de Nara, as redes de pesca também se transformam em esponjas, colares, roupas e xales.

*Foto: Divulgação

LG cria máscara recarregável e que purifica o ar

lg cria mascara recarregável e que purifica o ar

Máscara recarregável e purificante é o mais novo investimento da gigante sul-coreana de tecnologia

A empresa de tecnologia LG anunciou nesta quinta-feira (27) a criação de uma máscara que é capaz de purificar o ar, e também é recarregável. A máscara de rosto utiliza a mesma tecnologia dos purificadores de ar caseiros da empresa. Esta é a aposta de investimento da gigante sul-coreana em tempos de pandemia do novo coronavírus. No entanto, a LG não menciona a eficiência do produto, em relação a prevenir que uma pessoa seja infectada pelo vírus.

Máscara recarregável da LG – comunicado da empresa

De acordo com um comunicado publicado no site oficial da LG, a empresa afirma que a máscara recarregável foi criada para substituir as máscaras “inconsistentes” feitas em casa pelas pessoas, com suas camadas de tecido. Além de ter o intuito de evitar o uso de máscaras descartáveis, que já estão esgotadas em alguns locais.

Luzes de UV-LED

A LG anunciou ainda que a máscara é equipada com luzes de UV-LED que “matam germes prejudiciais” e é capaz de enviar notificações para o app LG ThinQ (disponível para sistemas Android e iOS) quando os filtros precisam ser trocados.

Máscara tecnológica

A empresa afirma que a máscara recarregável tecnológica pode ajudar a pessoa a respirar melhor. Além disso, o produto possui ventiladores capazes de entender quando o usuário inspira ou expira.

Doação de 2.000 máscaras aos profissionais da saúde de Seul

Quando a LG fez o anúncio da criação da máscara no mês passado, ela afirmou na ocasião que doaria 2.000 máscaras para um hospital universitário em Seul, de acordo com o jornal Korea Herald.

A doação tem por objetivo auxiliar os profissionais da área de saúde a usar o mesmo dispositivo por um longo período de tempo, já que a máscara recarregável auxiliar o usuário a respirar melhor.

Em contrapartida, a LG não revelou quando a máscara será lançada e muito menos quanto custará o produto.

*Foto: Divulgação

Sindicato afirma que Volkswagen pode cortar 5 mil funcionários

sindicato afirma que volkswagen pode cortar 5 mil funcionários

Volkswagen não admite o fato, mas afirma que é excesso de mão de obra em razão da pandemia de Covid-19

A montadora Volkswagen abriu negociações com os sindicatos dos metalúrgicos do ABC e da Grande Curitiba para diminuir seu quadro de funcionários no Brasil. A entidade diz que a iniciativa da reunião, realizada ontem (18), partiu da companhia de veículos.

Volkswagen pode cortar 5.000 funcionários

Segundos os sindicalistas, a montadora propõe a diminuição de 35% da mão de obra no Brasil. Atualmente, ela é distribuída em três fábricas no estado de São Paulo e uma no Paraná. O corte corresponderia à demissão de quase 5.000 trabalhadores em distintos setores.

Além de não confirmar este número, a Volkswagen revela apenas que há um excedente de mão de obra, em função da crise na economia gerada pela pandemia de Covid-19.

A montadora também afirma que as negociações com os sindicatos foram abertas. Porém, ainda tenta amenizar a situação por meio de medidas de flexibilização do trabalho.

Flexibilidade de jornada

Segundo os sindicalistas, a montadora apresentou propostas que envolvem: flexibilidade de jornada, corte do reajuste salarial, redução do valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e alterações em benefícios (transporte, alimentação e plano de saúde).

Mercado automotivo brasileiro

No entanto, a Volkswagen esclarece que decisões sobre cortes de pessoal dependem da evolução do mercado automotivo brasileiro. atualmente, a empresa funciona com uma previsão de queda de 40% nas vendas de veículos e de 45% na produção. Estes dados foram levantados pela Anfavea (associação das montadoras).

Nota da motadora

Em nota, a montadora afirma que está “avaliando em conjunto medidas de flexibilização e revisão dos acordos coletivos vigentes para adequação ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus.”

Sinais de recuperação do setor

Em contrapartida, o setor automotivo tem dado indicativos de recuperação mais rápida do que outros setores da economia do país. Além disso, vem apresentando média diária de vendas que se chegam perto das 8.000 unidades neste mês de agosto. Porém, os resultados atuais não escondem os problemas acumulados nos últimos cinco anos.

Queda nas vendas entre 2014 e 2016

Em suma, isso quer dizer que com a forte queda nas vendas registrada entre 2014 e 2016, resultou em uma ociosidade na indústria automotiva, que superou os 50%. Em razão da pandemia, a lenta retomada que teve início em 2017, acabou sendo interrompida.

Aproximadamente 3.000 postos de trabalho foram cortados na indústria automotiva no decorrer da pandemia, afirma a Anfavea.

Além disso, este índice poderia ser maior se a Renault não tivesse revisto as 747 demissões feitas em julho. E que, por decisão judicial, foi reaberta as negociações com o sindicato da Grande Curitiba. A fábrica da montadora, situada na cidade de São José dos Pinhais, é próxima da planta paranaense da Volkswagen.

GM

Além da Volkswagen, a General Motors também abriu negociações com os sindicatos e apresentou proposta de PDV em São Caetano do Sul (Grande São Paulo) e São José dos Campos (interior de São Paulo).

De acordo com sindicalistas de São José dos Campos e Região, os benefícios oferecidos a quem aderir ao PDV na unidade abrangem: salários adicionais, extensão do plano de saúde e um carro popular Onix Joy.

*Foto: Divulgação/Eduardo Knapp – Folhapress

Inteligência artificial pode impedir evasão escolar em SP e GO

inteligência artificial pode impedir evasão escolar em sp e go

Com medo de uma evasão escolar em SP e GO, ambos os estados decidiram fazer um convênio com uma empresa que utiliza inteligência artificial para estimular comportamentos. Sendo assim, por meio de mensagens neste direcionamento, a ideia é atingir mais de 2,5 milhões de alunos e suas famílias. Entre exemplos de mensagens, tem esta: “Se liga! 80% dos seus colegas acreditam no ensino médio para se dar bem no futuro.”

Como impedir uma evasão escolar em SP e GO

Desde março as aulas presenciais estão suspensas em todo o Brasil. Com isso, uma das maiores preocupações das redes públicas de ensino é que os alunos não retornem às escolas passado o período de distanciamento social. Apesar das atividades letivas continuarem de modo remoto, o controle da frequência de acesso dos estudantes tem sido um grande desafio.

Uso de inteligência artificial

Por meio do uso de inteligência artificial de uma empresa contratada, ela dispara mensagens de incentivo e também de perguntas a fim de entender se os alunos estão acompanhando as atividades, se estão desmotivados e se pretendem voltar à escola. Todas as mensagens são encaminhadas para os telefones das famílias cadastrados nos sistemas das secretarias de educação.

Sobre isso, Guilherme Lichand, presidente da Movva, startup responsável pelo envio das mensagens, explica:

“As redes estão fazendo um esforço enorme para manter as atividades a distância, mas não conseguem que todos os alunos acompanhem e nem saber por qual motivo. Se é por falta de recursos para acessá-las, falta de interesse ou porque precisou começar a trabalhar. É um trabalho massivo que os professores e as escolas não conseguem fazer individualmente.”

Ele conta que a empresa usa nudgebots, que é uma inteligência artificial aplicada à economia comportamental. Além disso, a estratégia parte da análise de dados para criar e enviar mensagens para induzir comportamentos positivos. Entre os quais podemos destacar: cuidados com a saúde, prevenção de inadimplência e engajamento educacional.

Perfil das respostas para impedir evasão escolar em SP e GO

De acordo com o perfil das respostas recebidas, o sistema da Movva traça uma estratégia de engajamento para esses alunos. Em suma, isso pode ser feito ao enviar dicas de estudo ou com motivos para que não abandone a escola.

Em Goiás, por exemplo, o disparo de mensagens começou em junho para 12 mil dos 18 mil alunos matriculados em unidades de ensino médio com tempo integral. Em 30 dias, a startup identificou que, entre os alunos que recebiam as mensagens, 13,5% disse não pensar em voltar à escola após o retorno das aulas presenciais. Já entre os que não receberam mensagens, o índice era de 24%.

Para a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, a evasão escolar é um problema histórico no estado e já tinha um trabalho intenso para diminuí-la. Porém, com a pandemia, as ações antes desenvolvidas ficaram mais difíceis:

“Aqui em Goiás há uma cultura entre os jovens de começar a trabalhar muito cedo. Se ele receber R$ 200, R$ 300 em um subemprego, ele prefere sair da escola. Antes, se o menino faltava dois dias seguidos, a gente ia atrás para entender o que aconteceu. Agora, perdemos essa referência.”

Professores

Por mais que os professores se empenhem nas aulas remotas, o acompanhamento nem sempre é possível e na frequência necessária. Gavioli ressalta que 7% dos estudantes da rede não realizaram nenhuma atividade remota e também não responderam a nenhuma das tentativas de contato dos educadores. Portanto, esse é o grupo considerado com maior risco de abandonar os estudos.

Além disso, os dados dos alunos que pretendem não retornar às aulas presenciais ou que não respondem às mensagens são enviados à secretaria. Sendo assim, uma ação mais específica será feita com esse grupo, afirma Gavioli:

“Esses estudantes serão os primeiros que vamos atrás e teremos uma atenção especial na volta às aulas.”

Evasão escolar em SP

Em contrapartida o envio das mensagens em São Paulo começará em duas semanas para 2,5 milhões de alunos, financiados pela Fundação Lemann. Mesmo que a rede possua 3,6 milhões de matrículas, não há o contato telefônico de todos nos cadastros das secretarias.

Aplicativo

Lichand afirma que o aplicativo da Movva foi disponibilizado pela secretaria paulista para as aulas online. A ferramenta foi baixada por aproximadamente 2 milhões de alunos, com cerca de 1,7 milhão de acessos por dia:

“É um número alto considerando que foi uma ação emergencial para manter as atividades, mas ainda assim metade dos alunos não acessa diariamente. Nosso objetivo é aumentar o engajamento.”

Em função do envio de mensagens ser conectado ao sistema que acompanha o acesso dos alunos na plataforma, é possível identificar quais são os alunos com maior risco de evasão, disse Lichand:

“Se o aluno acessou o sistema e ainda assim diz que não pretende voltar à escola, mandamos mensagem de incentivo e com argumentos para convencê-lo a continuar estudando.”

Ação focalizada

O coordenador de Tecnologia e Informação da Seduc (Secretaria de Educação de São Paulo), Thiago Cardoso, destaca que com as respostas ou ausência delas, a pasta vai identificar os alunos com mais chance de evasão e traçar uma estratégia para que isso não ocorra:

“Essas informações serão repassadas para as escolas para que façam a busca desses alunos, entendam os motivos de não quererem voltar às aulas.”

*Foto: Divulgação