BNDES lança fundo de R$ 160 milhões para financiar IOT

bnds lança fundo de R$ 160 milhões para financiar iot

BNDES conta com a parceria da Qualcomm Ventures, braço direito de investimentos da empresa Qualcomm nesta empreitada, que visa também apoiar startups em estágio inicial, com capital semente e financiamento de série A

O BNDES em parceria com a Qualcomm Ventures lançou um fundo com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de Internet das Coisas no Brasil e também pretende apoiar startups em estágio inicial, com capital semente e financiamento de série A.

Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de IoT no Brasil, o fundo irá apoiar startups em estágio inicial (capital semente e financiamento de série A).

BNDES – investimento

BNDES – investimento

O BNDES e a Qualcomm pretender investir 50% do valor total esperado para o fundo, correspondente a R$ 80 milhões. O restante deve vir por meio de outros investidores convidados, na intenção de atingir o valor integral. O fundo será comandado por um gestor profissional a ser selecionado por ambas as empresas por meio de um edital de seleção, que está disponível no site do banco estatal. Os gestores de fundos de investimentos em participações poderão enviar suas propostas até o dia 7 de fevereiro de 2020.

Segundo o presidente da Qualcomm para a América Latina, Rafael Steinhauser, a criação desse fundo está alinhado com a visão estratégica da companhia em incentivar o ecossistema de IoT no Brasil. Em declaração ao site Tiinside, ele afirmou:

“Além do aporte financeiro, contribuiremos também com nossa expertise em IoT, afinal estamos desenvolvendo tecnologias nesse campo há pelo menos uma década”.

Política de investimentos

O fundo tem por política de investimentos o de contemplar companhias com aplicações de hardware, software e análise de dados, ligadas às áreas estratégicas, como a Indústria 4.0, as cidades inteligentes, além dos setores de saúde e agronegócio, e o IoT residencial.

Além disso, o fundo do BNDES e Qualcomm segue a linha do Plano Nacional de Internet das Coisas, que é uma política pública lançada em junho deste ano, com o intuito de desenvolver o ecossistema de IoT no país. Ele também está alinhado com a nova regulamentação da Lei de Informática, que possibilita que empresas produtoras de eletrônicos invistam recursos incentivados em Fundos de Venture Capital.

Fonte: site Tiinside

*Ilustração: Divulgação

Não basta só energia renovável para conter crise climática

não basta só energia renovável para conter crise climática

É necessário ir além das formas de energia renovável para enfrentar esta questão mundial

Um relatório lançado na Cop-25 apontou alterações na alimentação, utilização do solo e praticar a economia circular são essenciais para a atual crise climática mundial. No entanto, é necessário ir além das formas de energia renovável para enfrentar a crise climática. Só a migração para fontes renováveis não é o bastante para cumprir com os objetivos do acordo de Paris.

Energia renovável e uso do solo

A realização da alteração de energia renovável global representaria uma diminuição de 55% nas emissões de gases até 2050. Para cortar os outros 45% é preciso mudar a forma de fabricação e utilização de produtos, como aço, alumínio, cimento, plástico, alimentos e o modo de manejo do solo. Todas estas conclusões são de um relatório da Fundação Ellen MacArthur, que estuda e defende a economia circular, lançado na COP 25.

O estudo diz que na alimentação e no uso do solo, entre algumas mudanças, está a alteração das dietas, no sentido de consumir menos carne e multiprocessados, e novos meios de captura e armazenamento de carbono no solo. É exatamente aí que entram os sistemas de compostagem de resíduos, recuperação do solo prejudicado com matéria orgânica e o controle do desmatamento de reservas verdes.

No caso dos solos saudáveis, estes podem resistir melhor em relação à erosão do vento e inundações. Eles também têm maior capacidade de absorver e armazenar água, elevando a resiliência a inundações e secas.

Práticas agrícolas regenerativas

O relatório verificou ainda que a aplicação de práticas agrícolas regenerativas leva ao crescimento da taxa de infiltração de solo, de sequestro de carbono por hectare e da produtividade.

Já as modificações na fabricação de aço, alumínio, cimento, plástico e alimentos deveriam ser sistêmicas e norteadas conforme os princípios da economia circular. Esta tem o objetivo de orientar e manter produtos e materiais em utilização, além de regenerar sistemas naturais, reciclar e reinserir materiais na cadeia de produção.

Energia renovável na área industrial

Toda esta revolução que envolve a energia renovável, composta por cinco setores industriais seriam capazes de diminuir 9,3 bilhões de toneladas de emissões de CO2 até 2050, o que significa cortas todas as emissões atuais de transporte no mundo todo.

O documento também inseriu o universo da moda e suas indústrias, setor de eletrônicos e de embalagens que possuem contribuições importantes para as alterações climáticas.

Fundação Ellen MacArthur

A Fundação estima que o relatório possa servir de base para que companhias, instituições financeiras e agentes públicos possam elaborar uma economia resiliente e combater as mudanças climáticas.

A adoção de alterações nos meios de produção, consumo e uso do solo da América Latina seriam capazes de influenciar na dependência de indústrias extrativas e práticas agrícolas que promovem o desmatamento.

Com este modelo em prática, haveria uma maior resiliência aos efeitos da alteração climática que, de acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), poderiam custar à região entre 2-4% do seu PIB até 2050.

O relatório está disponível no site da Fundação Ellen MacArthur.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação / Léo Ramos Chaves

Ibovespa chega a 30% de valorização no ano

ibovespa chega a 30% de valorização no ano

Valorização do Ibovespa chega em dia de volume gigante

O dia de hoje (18) no Ibovespa foi marcado por um volume gigante e valorização de 30% ao ano, em um fechamento recorde para 2019. Ações de bancos e da Petrobras lideraram o avanço de hoje.

Ibovespa – como foi o dia

O Ibovespa ascendeu 1,51%, a 114.314,65 pontos. A rodada financeira desta sessão somou ainda um volume recorde no valor de R$ 79,6 milhões, incentivado pelo vencimento de escolhas sobre o índice e o índice futuro. O último recorde tinha sido de R$ 47 bilhões, ocorrido em fevereiro deste ano.

Com isso, o mercado financeiro presenciou o começo do que pode ser a corrida da reforma tributária, após a divulgação da implementação de uma comissão mista com deputados e senadores para elaborar um texto de consenso sobre o projeto em no máximo 90 dias.

Reforma tributária

Depois de encontrar com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita em projeções positivas, prevendo que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro se desenvolverá “muito mais” do que 2% no ano que vem.

Ponto de vista semelhante teve o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que diz que seguindo a fase de reformas, o Brasil deverá crescer mais fortemente nos próximos anos.  

Para o chefe de renda variável da Vero Investimentos, Fábio Galdino, há a probabilidade de as agências de classificação de risco elevarem a nota do Brasil em 2020, diante do panorama atual, depois de a S&P elevar a perspectiva para o rating de longo prazo do país na semana passada. E ainda explicou:

“No contexto de hoje, já percebemos uma melhora no humor do investidor estrangeiro, que vem reduzindo o volume de vendas no mercado. Acho que ainda não veremos uma inversão deste fluxo, mas com certeza vai diminuir.”

Em relação ao Ibovespa e o mercado financeiro, seus agentes também estão acompanhando a votação que acontece na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. O motivo é a aprovação ou não do impeachment do presidente Donald Trump, que foi alvo de acusações de abuso de poder e obstrução de um inquérito do Congresso.

Porém, de acordo com analistas, mesmo que tenha aval na Câmara, o processo de impeachment não deve passar no Senado americano.

Fonte: Forbes Brasil

*Foto: Divulgação

Natu Contos propõe atividades culturais ao ar livre

natu contos propõe atividades culturais ao ar livre

Aplicativo Natu Contos também mapeia árvores para quem se encontra em parques e praças e ainda traz histórias escritas por grandes autores da literatura infantojuvenil e narradas por cantores renomados

O aplicativo ligado à educação, Natu Contos, tem por objetivo religar a sociedade com a natureza das cidades de todo o país. Criado em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, o dispositivo auxilia o usuário a identificar cinco espécies nativas da Mata Atlântica: embaúba, ipê-amarelo, jequitibá, pau-brasil e pau-ferro, de uma forma diferente.

Natu Contos – como funciona

Com o app da Natu Contos, o usuário pode vivenciar uma atividade ao ar livre e ainda aproveitar o tempo em meio à natureza e aprender mais sobre ela.

A brincadeira funciona da seguinte forma: a pessoa realiza uma “caça ao tesouro” em busca de árvores. Após baixar o app e definir o local de sua expedição, o usuário seguirá um mapa pela tela do smartphone, conectado ao GPS, para conseguir identificar a árvore previamente escolhida. Além disso, só a fase de caminhada até chegar a seu objetivo já vale como chance de prestar atenção à mata verde que circunda o local e poder relaxar e usufruir dos benefícios que ela disponibiliza.

Quando uma árvore é identificada, o lúdico vem à tona por meio de um vídeo animado que a apresenta ao usuário e depois um conto fica disponível ao adulto que poderá ler e/ou ouvir junto da criança. Uma vez coletadas, as histórias e respectivas fichas técnicas de cada árvore ficam armazenadas em uma biblioteca virtual e podem ser acessadas quantas vezes quiserem, em qualquer lugar.

Fora o reconhecimento das árvores do local definido também é possível conhecer o processo de dispersão de sementes de algumas espécies.

Mapeamento de árvores

Em sua plataforma, a Natu Contos traz árvores mapeadas em parques e praças das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Uberaba (MG), e pode ser baixada no sistema iOS. Até julho de 2020, o aplicativo também estará disponível na plataforma Android, graças a um financiamento coletivo.

No momento, os idealizadores do aplicativo pretendem levá-lo a outras cidades, criando assim um novo elo afetivo entre árvores e residentes de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Recife (PE).

Campanha virtual

Para que a ideia seja viabilizada será preciso captar uma nova quantia na campanha que está no site de financiamento coletivo Catarse. As doações partem de R$ 25 e os participantes terão recompensas, entre elas: plantio de mudas pela SOS Mata Atlântica, livro infantil e pôster com ilustração do artista Arthur Daraujo. Fernanda Sarkis Coelho, idealizadora do aplicativo, afirmou à imprensa:

“Gostaríamos de agradecer todos que contribuíram para o projeto até aqui. Com isso, muitas crianças e escolas terão acesso a esse aplicativo, tornando-o ainda mais democrático.”

Já a diretora de Comunicação da Fundação SOS Mata Atlântica, Afra Balazina, disse:

“Quem sabe as pessoas possam aproveitar esta época de fim de ano e presentear as pessoas de um jeito diferente ou chamando amigos para participar do financiamento coletivo. Todas as cidades que o aplicativo pretende chegar estão na Mata Atlântica e possuem praças e parques interessantes. Ao apoiar este aplicativo, queremos propor para as pessoas observarem, sentirem e se relacionarem mais com a natureza de suas cidades.”

Contos – memória afetiva

As histórias disponibilizadas na plataforma da Natu Contos promovem uma viagem ao tempo, onde é possível recordar como as pessoas já tiveram algum tipo de relação com as árvores, e também como foi a relação com animais e ainda aprender mais sobre as transformações de cada espécie em cada estação do ano.

Lista de contos:

 “Amélia e seu Ipê-amarelo”, de autoria de Índigo com narração de Tiê

Amélia que tinha tudo amarelo, até seu cabelo, adorava um eucalipto, mas não ligava para um ipê-amarelo que tinha em seu sítio. Quando ele floresceu na primavera, isso mudou.

“Árvore de Estimação”, de Tiago de Melo Andrade e narração de Lenine

Uma menina fica triste por ter perdido o gramado e a sombra fresca de sua árvore de estimação queimada em um incêndio, onde ela tinha seu balanço.

“À procura do Pau-Brasil”, de Andrea Pelagagi com narração de Fernanda Takai

Um irmão e uma irmã tentam de todas as formas descobrir se a árvore que eles acharam era mesmo a espécie que deu nome ao nosso país.

“O pica-pau e o Pau-ferro”, de João Anzanello Carrascoza e narração de Mart’nália

Um pica-pau se aventura até a cidade e acha uma árvore diferente das do bosque em que morava, pois ela era muito dura.

“Simãozinho e o pé de Embaúba”, de Claudio Fragata e narração de Ney Matogrosso

O macaco Simãozinho tem medo de altura, mas sonha em subir na árvore para comer seus lindos frutos.

Fonte: site Ciclo Vivo

*Foto: Divulgação

Intel cria chip que facilita fabricação de PCs quânticos

intel cria chip que facilita fabricação de pcs quânticos

Intel conta com dois projetos nesta área, em que cada um está estudando um jeito diferente de se criar o núcleo de um computador

A empresa de tecnologia Intel avança cada vez mais na área, atingindo agora a fabricação de computadores quânticos, que têm por finalidade resolver em apenas alguns minutos tarefas complexas que desktops normais levariam muito mais tempo para solucionar a questão.

Na última segunda-feira (9), a companhia anunciou um processador que pode mudar tudo isso. Chamado pela Intel de “Horse Ridge”, o chip foi projetado para lidar com todo o trabalho feito pelos fios, reduzindo o emaranhado em aproximadamente de um tamanho de um pires.

Computadores quânticos

Apesar de ainda estarem anos luz de distância de um dia serem utilizados no cotidiano, os computadores quânticos têm atraído bastante a atenção de grandes empresas de tecnologia.

Em outubro deste ano, pesquisadores do Google divulgaram uma máquina que pode ultrapassar os PCs convencionais. Outras grandes companhias do mercado, como IBM e Microsoft também estão investindo nesta área.

Atualmente, a Intel tem dois projetos na área de computação quântica, onde cada um estuda um jeito diferente de criar o núcleo de um computador quântico. Um equipamento como esse possui uma parte central que é conhecida como “qubits”.

Em diversos computadores quânticos, os qubits necessitam ser mantidos em uma temperatura muito fria, atingindo quase um nível em que faz com que os átomos parem de mexer. Esta prática torna muito difícil a conexão de fios aos qubits e ainda utilizá-los para receber e enviar informação. Portanto, a maior parte desses fios e outros itens eletrônicos precisam ficar fora da refrigeração.

Chip da Intel

A Intel afirma que seu chip – que foi batizado com este nome por causa de um dos locais mais frios do estado do Oregon, nos Estados Unidos, onde muitas fábricas estão sediadas – foi projetado para permanecer dentro da área de refrigeração de um computador quântico. Além disso, a companhia de tecnologia estima que o chip transforme seus computadores quânticos mais práticos de serem fabricados futuramente.  

Sobre isso, o diretor de hardware quânticos da Intel, Jim Clark, afirmou:

“A Intel percebeu que os controles quânticos são uma peça essencial do quebra-cabeças que precisamos resolver para desenvolvermos um sistema quântico comercial de grande escala.”

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação

Hospital Oncológico de Brasília será construído

hospital oncológico de brasília será construído

A construção Hospital Oncológico de Brasília será viabilizada após a Caixa Econômica Federal liberar o valor da licitação de quase R$ 120 milhões, depois do pedido do GDF à Justiça Federal

Foram mais de dois anos de impasses, em disputas judiciais para que o Hospital Oncológico de Brasília agora possa ser construído. Ontem (5), a Caixa Econômica Federal liberou R$ 119.772.956,37 para licitação e construção da unidade de saúde. O repasse de recursos só foi aprovado depois de uma decisão favorável obtida pelo governo local na Justiça Federal, o que incluiu uma revisão do projeto original da edificação.

Obras do Hospital Oncológico de Brasília

Com a aprovação de recursos, a previsão é de que as obras, lideradas pela Novacap, tenham início já no primeiro semestre de 2020, como afirma o governador Ibaneis Rocha:

“Este é mais um contrato que estamos destravando. O dinheiro estava praticamente perdido, e trabalhamos muito para recuperá-lo na Caixa, além de refazer todo o projeto, modernizando o hospital. É mais uma demonstração de seriedade com que estamos tratando o DF. Quero que esse centro oncológico seja uma referência nacional no tratamento do câncer, que preste serviços de qualidade e ajude a transformar a capital em um centro médico cada vez mais importante no Brasil”.

Além do Hospital Oncológico de Brasília, a ideia é construir mais sete UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), o Complexo Hospitalar do Guará e duas unidades de saúde em Ceilândia, uma delas será o Hospital Materno-Infantil, conforme declaração do chefe do Palácio do Buriti.

Impasses de dois anos

Para ser viabilizada a construção do Hospital Oncológico, houve um impasse de mais de dois anos, com início em 30 de agosto de 2017, quando o então governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) apresentou o projeto de implantação da unidade de saúde à Caixa Econômica Federal. No entanto, o banco não deu aval para sua construção.

Somente neste ano, que o atual governador do DF, Ibaneis Rocha, obteve a autorização da Justiça Federal para prorrogar o prazo de conclusão e entrega dos projetos para a obra do Hospital Oncológico. Com seis meses a mais, ele evitou a perda de R$ 121 milhões de recursos do governo federal designados à construção da unidade de saúde. A quantia tinha sido obtida em 2016 por meio de emendas parlamentares de bancada do DF no Congresso Nacional.

Muitas alterações tiveram de ser feitas no projeto original para ser novamente apresentado, segundo informações de Francisco Ramos, diretor de Edificações da Novacap:

“Primeiro, fizemos uma análise melhor do orçamento, mexemos na questão estrutural, de edificações, na arquitetura e nos quantitativos de materiais”.

Local da construção

O Hospital Oncológico de Brasília será construído em um terreno de 30 mil metros quadrados, situado no Setor Noroeste da capital federal, e que fica perto do Hospital da Criança.

O empreendimento contará com 152 leitos de internação, 20 de unidade de terapia intensiva (UTI) e capacidade para realizar cerca de 9 mil atendimentos por ano. Segundo estimativas, a obra deve ser entregue em dois anos e meio.

Fonte: Correio Braziliense

*Foto: Divulgação / Gustavo Urpia – SECOM BA

Já é obrigação dos estados e municípios alçarem taxa previdenciária de 14%

já é obrigação dos estados e municípios alçarem taxa previdenciária de 14%

Decisão de taxa previdenciária consta da reforma da Previdência e deve ser cumprida pelos estados e municípios até julho de 2020

Anunciada em novembro, a reforma da Previdência estipula que estados e municípios já aumentem suas taxas previdenciárias de contribuição cobradas de servidores públicos. O prazo limite para o cumprimento da decisão é para julho de 2020.

Taxa previdenciária

A proposta modifica normas de aposentadoria ganhou força e foi autorizada pelo Congresso depois de um acordo que determinava poupar os governos regionais e deixar que estes fossem tratados em uma proposta paralela, a ser debatida em outra ocasião.

No entanto, mesmo que tenha ficado de fora da estrutura central da reforma, assim como nas alterações a respeito da idade mínima para aposentadoria e tempo de contribuição, os entes federativos foram prejudicados por outros pontos que constam no decreto.

De acordo com a portaria publicada nesta quarta-feira (4), o governo determinou, por exemplo, que estados e municípios terão a data limite de 31 julho de 2020 para provar que elevaram as alíquotas previdenciárias de seus servidores em ao menos 14$, como estipula a reforma.

Já os governadores e prefeitos terão duas opções. Ou fixar uma taxa de pelo menos 14%, ou adotar o modelo progressivo da União, com contribuições que variam entre 7,5% e 22%, a depender da remuneração do servidor.

Falta de cumprimento

O ente federativo que não comprovar que adotou a nova regra até fim de julho do ano que vem será punido com a perda do certificado de regularidade previdenciária e ainda poderá ficar sem receber repasses voluntários de recursos da União, e também ser bloqueado em operações de crédito.

Atualmente, a taxa previdenciária mínima é de 11%. A maioria dos entes cobra valores inferiores a 14%. O único estado que já adotou contribuição maior do que o piso é Goiás, que cobra 14,25% de seus servidores.

Na época de tramitação da reforma, parlamentares questionaram o fato de que nem todos os pontos que alcançam estados e municípios foram tirados da proposta. Portanto, tais trechos foram motivos de debate no Congresso, pois deputados defendiam que não tivesse nenhum efeito sobre os entes. Mesmo assim, as mudanças foram aprovadas.

Esclarecimento

Sobre isso, Marlon Nogueira, secretário adjunto de Previdência, esclarece a importância de quem tudo atrelado a estados e municípios ficou de forma desta reforma previdenciária:

“Tem vários dispositivos da emenda constitucional que se aplicam também a estados e municípios. O que ficou de fora são as regras de aposentadoria e pensão por morte. As regras de concessão e cálculo dos benefícios ficaram na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) paralela”.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação

Agroecologia: saiba mais sobre este novo mercado

agroecologia saiba mais sobre este novo mercado

Agroecologia é baseada no desenvolvimento sustentável e na produção de comida livre de agrotóxicos, fortalecendo a agricultura camponesa de diversas regiões do país

Atualmente, muitos produtores rurais têm sido procurados por cultivarem uma agricultura livre de agrotóxicos. Este tipo de negócio foi denominado de agroecologia, e tem fortalecido a cultura de subsistência dessas famílias no Brasil.

Agroecologia

Para se ter uma ideia deste novo mercado que se abre, somente na safra de 2019, integrantes do Movimento Sem Terra (MST), no Rio Grande do Sul, celebraram a colheita estimada em 16 mil toneladas de arroz orgânico e agroecológico. Esta é a maior produção do tipo em todo o território nacional. Nesta produção do cereal, trabalham 363 famílias, espalhadas em 15 assentamentos.

No sul de Minas Gerais, o produto mais cultivado é o café orgânico Guaií, por meio do empenho de 20 famílias do quilombo Campo Grande. A bebida é reconhecida internacionalmente por sua alta qualidade. A produção é coordenada por dois coletivos femininos, onde o processo de cultivo também é livre de agrotóxicos.

Já no Ceará, a agroecologia vem de pequenos produtores rurais da Chapada do Apodi. Eles, que enfrentaram grandes corporações agrícolas ao longo dos anos, também fizeram enorme esforço para recuperarem suas terras, criando um novo mercado regional para a comercialização de feijão e mandioca orgânicos.

Sobre as três regiões mecionadas, o professor do Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia e do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Bernardo Mançano Fernandes, disse em palestra apresentada na FAPESP Week France:

“São três exemplos em três regiões do Brasil, mas poderíamos apresentar casos semelhantes em todas as regiões do mundo. Trata-se de um processo de resistência e de superação da questão agrária global. Depois de décadas de subordinação ao agronegócio, os movimentos socioterritoriais criaram seu próprio sistema alimentar baseado na agroecologia”.

Programa de desenvolvimento sustentável

Fernandes é coordenador da Cátedra Unesco de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial e responsável pela criação do primeiro programa de pós-graduação direcionado ao desenvolvimento sustentável para populações de territórios tradicionais.

Nas décadas de 1970 e 1980, diversos governos tentaram implementar políticas que promovessem a “integração” dessas populações por meio da produção de commodities agrícolas e pecuárias, afirma o pesquisador. Mas apenas na década seguinte que apareceram movimento socioterritoriais comandados pela Via Campesina e baseados na agroecologia, que nada mais é do que a agricultura realizada a partir de uma perspectiva ecológica. Fernandes complementa:

“Isso acontece em quase todos os países do mundo e, evidentemente, no Brasil, pois há uma demanda cada vez maior pela produção de comida saudável. É um mercado novo.”

Ele afirma também que alguns movimentos camponeses brasileiros criaram um novo sistema alimentar baseado nos princípios da soberania alimentar, da indústria familiar e dos mercados populares.

Agroecologia x Agronegócio

Com isso, as famílias produtoras de arroz, café, feijão e mandioca, citadas acima, foram subordinadas no passado ao modelo de agronegócio. Fernandes explica que:

“Agora, organizadas no Movimento Sem Terra, recuperaram seus territórios e passaram a produzir alimentos orgânicos e agroecológicos, pois entenderam que era a única forma de continuarem existindo”.

Além disso, outra característica atribuída à agroecologia, ligados pelos movimento camponês, quilombola e indígena, está o fato de não competirem com a forma tradicional de monocultura, realizado em grandes propriedades de terra e com a utilização de agrotóxico.

Isso vale também sobre as vendas, onde os produtos orgânicos e agroecológicos não são comercializados para grandes companhias, mas sim em feiras, mercados institucionais e nos armazéns das cooperativas. Sobre isso, Fernandes afirmou:

“Eles estão criando mercados novos e relações com comunidades que apoiam o agricultor, oferecendo serviços de cestas orgânicas e agroecológicas vendidas diretamente ao consumidor. Também vendem para escolas e hospitais.”

MST

Apesar do MST ser o movimento socioterritorial mais conhecido no país, ele é apenas um dos 126 catalogados pelo Banco de Dados da Luta pela Terra (Dataluta), organização mantida pelo Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (Nera) da Unesp.

Fonte: site Ciclo Vivo

*Foto: Divulgação / Ana Lira

Multilaser abre 1ª loja física em São Paulo

multilaser abre 1ª loja física em são paulo

Além disso, a companhiaaproveita a ocasião para lançar mais um smartphone da marca, o Multilaser H

A empresa nacional Multilaser inaugurou nesta semana sua primeira loja física na capital paulista, situada no piso térreo do Shopping Pátio Paulista. No evento de abertura, a companhia também aproveitou a festividade para lançar o smartphone batizado de Multilaser H. o aparelho possui tela de 6,3 polegadas, com resolução Full HD (1080p), câmera traseira tripla, além do mesmo processador utilizado pela Motorola no dispositivo com tela flexível Razr, o Snapdragon 710.

Loja da Multilaser

O novo espaço de vendas da marca em São Paulo comercializará em torno de 400 produtos, que hoje soma mais de três mil ao portfólio da Multilaser. Entre os exemplos que poderão ser encontrados na loja física estão: celulares, notebooks, tablets, patinetes, alto-falantes com Bluetooth e acessórios para desktops. A companhia ainda não possui um planejamento com o intuito de criar franquias de suas lojas pelo Brasil. Porém, pretende testar, em breve, espaços físicos dentro de redes de varejo parceiras.

A preocupação principal da marca, segundo o presidente da empresa, Alexandre Ostrowiecki, é que a loja possa mostrar aos clientes, futuros consumidores e parceiros os produtos da Multilaser.

Além disso, o presidente também explicou em entrevista à revista EXAME no início deste mês, que a empresa procurou estabelecer um bom equilíbrio entre custo-benefício ao consumidor brasileiro, em virtude do poder aquisitivo da população que está oito vezes menor em comparação ao consumidor norte-americano.

A empresa afirma que todos os celulares da marca são montados no país, com preços que variam de R$ 400 a R$ 1.399, assim como também a linha de tablets destinados ao público infantil.

Novo smartphone Multilaser H

O lançamento Multilaser H conta com sistema operacional Android 9.0 Pie, considerado o mais sofisticado da empresa. O preço sugerido por ele PE de R$ 1.399. Portanto, o smartphone alia um valor de aparelho intermediário, com características de produtos mais avançados, como: tela grande, memória de 128 GB, RAM de 6GB, bateria de 4.000 mAh e câmera tripla (16 MP + 5 MP + 8 MP), que possibilita o recurso de desfoque de fundo em retratos, assim como o de seus concorrentes da Apple e da Samsung.

Principais concorrentes

Pelo valor sugerido e demais funcionalidades, o Multilaser H fica posicionado em uma faixa de preço que vem para brigar com produtos como o Motorola One Vision, o Moto G8 Plus, Galaxy A50 e o Asus Zenfone Max Plus M2.

Vale ressaltar que o celular será comercializado somente via redes de varejo online, na loja física da Multilaser e também pelo site oficial da empresa.

Fonte: revista EXAME

*Foto: Divulgação

Reconhecimento facial determina prisão de 151 pessoas no país

reconhecimento facial determina prisão de 151 pessoas no país

No entanto, o índice não é considerado oficial e pesquisadores resolveram monitorar por conta própria o uso de reconhecimento facial em cinco estados brasileiros

Pesquisadores optaram por monitorar por conta própria o índice de pessoas presas com a utilização de sistemas de reconhecimento facial, na falta de dados oficiais. Entre os meses de março e outubro, 151 indivíduos foram presos, em cinco estados.

Monitoramento por reconhecimento facial

O estado da Bahia ficou em primeiro lugar no ranking, com 52% dos casos de detenção. Em seguida aparecem: Rio de Janeiro (37%), Santa Catarina (7%), Paraíba (3%) e Ceará (1%).

A pesquisa foi realizada com foco em reportagens de veículos de comunicação, além de páginas policiais e de outros órgãos nas redes sociais.

A coleta de dados foi publicada ontem (21), em um relatório da Rede de Observatórios da Segurança, grupo que foi criado em maio deste ano para colher indicadores que não são anunciados oficialmente, entre eles: episódios de racismo, operações policiais e chacinas.

O coletivo é composto por centros de estudo da violência da USP (São Paulo), da Universidade Cândido Mendes (RJ), Iniciativa Negra (BA), da UFC (Universidade Federal do Ceará) e pelo Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Pernambuco).

Perfil dos detentos

O perfil dos detentos por reconhecimento facial, de acordo com o estudo, segue uma tendência da população carcerária brasileira como um todo: 90% eram negros; 88% homens, com idade média de 35 anos e relacionados especialmente ao tráfico de drogas (24%) e roubo (24%).

Além disso, o documento critica duramente o uso do reconhecimento facial no país, afirmando que os projetos implantados não têm sido tão eficientes e transparentes. Os pesquisadores realizaram pedidos por meio da Lei de Acesso à Informação a todos os estados. Porém, para eles, as respostas recebidas foram insatisfatórias. Sobre isso, Pablo Nunes, coordenador de pesquisa da Rede, explica:

“[Os sistemas de reconhecimento facial] são apresentados como formas de modernização da prática policial, mas na verdade têm representado um retrocesso em relação à eficiência, transparência, accountability [prestação de contas] e proteção de dados pessoais da população.”

Ele ainda citou o caso da Bahia, onde foi aconteceu o primeiro teste durante as festividades carnavalescas. Durante os quatro dias da Micareta de Feira de Santana, a tecnologia captou faces de mais de 1,3 milhão de transeuntes e gerou 903 alertas. Porém, apenas 33 mandados de prisão foram cumpridos, o que equivale a 4%.

Reconhecimento facial não é tão simples

Os pesquisadores acreditam que isso ocorreu, pois reconhecer um rosto não é uma tarefa tão simples. O mesmo acontece na biometria do polegar, o que significa que a face não é analisada como um todo. Portanto, é a partir da distância entre alguns pontos que é calculada a probabilidade desta identidade bater com a da pessoa cadastrada no banco de dados.

Em relação ao rosto humano, há possibilidades de ter diferenças ou alterações nessas distâncias, que seriam bem maiores que a de uma digital, ressalta Nunes. Pois, uma pessoa perde colágeno à medida que fica mais velha, e ainda pode estar piscando, bocejando, etc.

Emissão de alerta

Há emissão de alerta quando o indivíduo é filmado pela câmera e possua certo grau de semelhança com outra pessoa que é alvo de um mandado de prisão em aberto. Este grau, no entanto, tem de estar calibrado, pois se for alto pode inviabilizar os avisos e se ainda for baixo pode ocasionar inúmeros falsos positivos.

Um exemplo prático disso aconteceu no Rio de Janeiro, quando uma mulher e um homem foram detidos por engano em Copacabana, no mês de julho (e que foram inclusos no índice total de 151 presos do levantamento).

No caso da mulher, foi descoberto que a procurada por homicídio já estava detida há quatro anos, o que fez com que a PM solicitasse uma revisão na base de dados da Polícia Civil. De acordo com o relatório emitido:

“As tecnologias de reconhecimento facial, como todas as inovações em processo de aperfeiçoamento, estão fadadas a produzir erros. Mas, diferente de que ocorre em outras tecnologias, estes erros podem representar constrangimentos, prisões arbitrárias e violações de direitos humanos.”

Reconhecimento facial em outros estados brasileiros

Neste momento, os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Pará e o Distrito Federal afirmaram estar em processo de contratação ou de implementação do uso de reconhecimento facial. Já a guarda municipal de Pilar, em Alagoas, já possui um projeto de câmeras desse tipo instaladas no teto do espaço.

Neste caso, houve um incentivo do governo federal, que autorizou em outubro uma portaria que regulamenta a utilização de dinheiro do Fundo Nacional de Segurança Pública para a implementação de sistemas de reconhecimento facial, OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres), inteligência artificial e outros.

Todavia, de acordo com o relatório, ainda não existe uma preocupação dos governos em preparar protocolos a fim de proteger esses dados e, consequentemente, estariam ignorando a Lei Geral de proteção de Dados Pessoais, sancionada em 2018.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação