9 dicas para curtir um carnaval mais sustentável

Para ter um carnaval mais sustentável, catadores de material reciclável dividiram suas experiências para entrar na folia sem causar danos ao meio ambiente

O Carnaval começa nesta sexta-feira (21) e junto com ele, problemas de lixo pelas vias públicas podem acontecer. Porém, ao seguirmos algumas dicas simples de praticar durante e após o período de folia, estaremos desenvolvendo uma atitude mais sustentável e consciente e o mais importante: não prejudicar o meio ambiente.

Carnaval sustentável – dicas dos catadores de material reciclável

Esta é a oportunidade de praticar ações para o resto da vida e não apenas em determinadas épocas do ano. É desta forma que os catadores veem as milhões de toneladas de materiais recicláveis, produzidas durante o carnaval.

Uma das iniciativas de maior sucesso neste setor é o Cataki, um app criado pela ONG Pimp My Carroça, para ligar profissionais da reciclagem com geradores de resíduos. Com isso, os catadores Carlão e Magrão elaboraram uma lista com 9 dicas sustentáveis para curtir o carnaval.

1 – Latinhas no lugar de garrafa plástica é mais sustentável

Um modo sustentável no quesito bebidas é preferir latinhas de alumínio do que garrafas de plástico ou vidro. Elas são mais fáceis de reciclar, como explica Carlão:

“Vamos ser sábios já na hora do consumo. Se for pra comprar uma cerveja ou um refrigerante, compre latinhas. A reciclagem desse produto é melhor e mais fácil. Com um quilo de vidro, o catador ganha 10 centavos. Com um quilo de latinha, o catador ganha R$ 3,50”.

Uma dica é deixar o material na altura dos braços, como em um muro baixo, por exemplo. Esta atitude faz com que o catador não tenha que se abaixar toda para recolher uma latinha e prejudicar ainda mais sua coluna.

2 – Use uma mochila ou sacola para guardar os próprios resíduos

Para evitar o acúmulo de resíduos nas ruas, leva uma sacola ou mochila que possa guardar as embalagens ou guardanapos. Uma forma simples e sustentável, que evitar jogar lixo nas vias públicas, onde não será varrida de imediato.

3 – Leve o próprio copo e canudo reutilizáveis

Para quem pretende beber muito ou nem tanto assim e para não gerar acúmulo de copinhos plásticos nas ruas, levar o próprio copo e canudo reutilizáveis é uma atitude para lá de sustentável. Os copos ainda podem demonstrar certo estilo ao seu usuário e podem ser pendurados por uma cordinha para prendê-lo ao pescoço.

4 – Leve sua própria garrafa de água

Para evitar comprar garrafinhas de água de plástico, leve a sua própria, que pode ser de outro material até. Assim, você ficará hidratado durante as horas de folia e de calor. Ao comprar garrafas na rua, as mesmas poderão gerar lixo desnecessário depois. Já existem opções que podem ser presas na saia ou na bermuda, dando um toque especial ao look.

5 – Crie uma fantasia sustentável com materiais dos carnavais anteriores

Além de ser sustentável, criar a própria fantasia pode dar asas à imaginação e produzir algo bem divertido e lindo. Assim você poderá arrasar e se destacar nos bloquinhos de sua cidade.

6 – Opte por ecoglitter

Como é um período festivo e alegre, muitos abusam do glitter. Como seu uso gera microplásticos, ele demora a se decompor também. Porém, já existem muitas opções de bioglitter no mercado, então aproveite para ser sustentável no quesito maquiagem.

7 – Confete sustentável

O confete sustentável pode ser produzido a partir de folhas secas que podem ser furadas com o auxílio de um furador de papel.

8 – Nada de brindes

Muitas pessoas gostam de um brinde, mas será que realmente você precisa daquilo? Você pode reutilizar copos, camisetas, bandanas e não causar danos ao meio ambiente.

9 – Valorize e respeite o trabalho dos catadores

Por fim, como indica Magrão:

“No carnaval as pessoas abusam da falta de respeito. Eu quero ser mais respeitado durante a folia. A galera fica bêbada e acaba ficando ainda mais desrespeitosa. Por exemplo: se eu esvaziar uma latinha e, por acaso, a cerveja respingar um pouco no pé de uma pessoa alterada, é possível que ele queira partir pra cima de mim. Se eu estiver com a roupa suja – que é algo comum no meu trabalho – as pessoas desrespeitam ainda mais.”

Os catadores devem ser considerados profissionais da reciclagem e que tornam nosso planeta mais sustentável. Portanto, seja respeitoso e gentil com todos eles.

O app Cataki pode ser baixado gratuitamente na AppStore e na PlayStore.

Fonte: Ciclo Vivo

*Foto: Divulgação / Menos 1 Lixo

Conheça mais sobre o projeto ‘Mulheres na Conservação’

conheça mais sobre o projeto ‘mulheres na conservação’

O “Mulheres na Conservação” está presente em diversas plataformas e conta a história e a personalidade de mulheres que são destaques em projetos ambientes no Brasil

A dupla Neiva Guedes e Patrícia Médici foram as primeiras personagens do projeto Mulheres na Conservação. A série de reportagens conta com apoio da Fundação Toyota do Brasil e revela a história e personalidade de mulheres que vivem em função de preservar espécies ameaçadas da fauna brasileira.

As heroínas da natureza são acompanhadas pela jornalista Paulina Chamorro, que narra suas trajetórias e dia a dia. O projeto também acaba contando os desafios de ser uma conservacionista e quais são os desafios e vantagens de ser uma mulher neste cenário.

Mulheres na Conservação – plataformas

A série de reportagens Mulheres na Conservação pode ser acessada por meio múltiplas plataformas, como o site da National Geographic Brasil, no portal CicloVivo, em uma websérie e também atravé de PodCast. A dupla Patrícia e Neiva são as personagens que já ganharam episódios.

As imagens do programa são feitas por João Marcos Rosa e os vídeos por Bruno Magalhães, da empresa Niltro Histórias Visuais. As trajetórias dessas incríveis mulheres são inspiradoras, explica a Paulina:

“Ter o projeto em várias plataformas e veículos, garante que a gente consiga mostrar vários lados destas narrativas e destas personagens.”

Conquistas femininas

Não são só as conquistas como uma das Mulheres na Conservação, que Neiva Guedes agrega à sua vida, ela também foi reconhecida e indicada ao prêmio “Faz Diferença”, uma iniciativa do jornal O Globo, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Ela concorre na categoria “Sociedade/Ciência e Saúde” por ter tirado as araras azuis da lista de animais em extinção com um trabalho de mais de 30 anos em defesa da espécie.

Mais uma personagem

Agora a série de reportagens Mulheres na Conservação vai contar a história de outra heroína do meio ambiente: a bióloga Beatrice Padovani, que é uma das mais importantes especialistas em conservação marinha do país.

Em parceria com pescadores e comunidades litorâneas, ela também é uma mulher que assumiu o protagonismo e hoje trabalha duro para salvar recifes de corais, manguezais e espécies de peixes.

A trajetória de Beatrice já está disponível na National Geographic Brasil e em breve estará no site CicloVivo e também nas várias plataformas do projeto Mulheres na Conservação; fiquem ligados.

Fonte: portal CicloVivo

*Foto: Divulgação / João Marcos Rosa – NITRO

Cará amazonense vira embalagem de alimentos

cará amazonense vira embalagem de alimentos

Invenção é de uma pesquisadora da região que usa o cará em substituição ao plástico convencional para acondicionar alimentos

O cará amazonense chega para tornar sustentável a produção do chamado biofilmes (filmes finos fabricados a partir de materiais biológicos). Alimentos como mandioca, goiaba e até mesmo a casca da banana e da laranja pode virar matéria prima para esta finalidade.

Quem afirma tudo isso é a engenheira agrônoma Ana Cecília Nina Lobato. Ela apostou no cará (Dioscorea trifida) e com isso conquistou visibilidade nacional.

Cará amazonense

O objetivo de Ana Cecília é criar um material capaz de acondicionar alimentos e que seja uma alternativa em relação ao plástico tradicional derivado do petróleo.

A engenheira escreveu uma tese de mestrado, em que parte dela diz respeito ao biofilme, produzido a partir da fécula do cará, que é um tubérculo encontrado em abundância no Norte e Nordeste do país.

O projeto foi feito em forma de colaboração entre a Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). E também participaram do experimento os pesquisadores: Carlos Victor lamarão Pereira, Albejamere Pereira de Castro e Francisca das Chagas do Amaral Souza.

Além disso, a utilização deste material possui vários benefícios, entre os quais: seu plantio ser resistente à seca, em que é exigido pouca adubação e ainda exclui o uso de agrotóxico em cultivos menores.

Como é feito o processo

A extração da fécula do cará, como explica Ana Cecília, eles foram lavados, descascados, cortados, triturados, filtrados e submetidos à fermentação por um período de 14 e 21 dias. Após isso, o material passou por uma filtração e decantação por 48 horas. Já para a elaboração dos filmes, foram misturados água, amido e glicerol, onde foi variada a concentração de glicerol que atua como um agente plastificante.

A pesquisa desenvolveu dois tipos de materiais: na forma mais espessa e outro em gel. Resistentes à umidade e comestíveis, os produtos resultantes agregam potencial para chegar ao mercado.

Quando está em condições favoráveis, o biofilme de cará leva quase dois meses para sofrer o processo de degradação em meio à natureza, ou pode ser ingerido junto ao alimento embalado. De todo jeito, caso venha a ser descartado do modo errado não impactará danos aos animais, por exemplo.

Revestimentos comestíveis

A pesquisadora ainda ressalta em seu estudo que o “uso de revestimentos comestíveis representa grande vantagem econômica evitando a necessidade de armazenamento dos produtos em atmosfera controlada, diminuindo custos operacionais e de equipamentos”.

Portanto, além de diminuir a utilização do plástico comum, a intenção é que o material com finalidade para embalagem de alimentos in natura eleve a durabilidade dos mesmos, principalmente, em áreas onde frutas e legumes são perdidos facilmente devido às altas temperaturas.  

Agora, o projeto segue em desenvolvimento por Ana Cecília, em seu doutorado e também pelos demais pesquisadores citados acima. O foco do projeto é deixar o filme de cará mais fino.

Fonte: Ciclo Vivo

*Foto: Reprodução / G1

Não basta só energia renovável para conter crise climática

não basta só energia renovável para conter crise climática

É necessário ir além das formas de energia renovável para enfrentar esta questão mundial

Um relatório lançado na Cop-25 apontou alterações na alimentação, utilização do solo e praticar a economia circular são essenciais para a atual crise climática mundial. No entanto, é necessário ir além das formas de energia renovável para enfrentar a crise climática. Só a migração para fontes renováveis não é o bastante para cumprir com os objetivos do acordo de Paris.

Energia renovável e uso do solo

A realização da alteração de energia renovável global representaria uma diminuição de 55% nas emissões de gases até 2050. Para cortar os outros 45% é preciso mudar a forma de fabricação e utilização de produtos, como aço, alumínio, cimento, plástico, alimentos e o modo de manejo do solo. Todas estas conclusões são de um relatório da Fundação Ellen MacArthur, que estuda e defende a economia circular, lançado na COP 25.

O estudo diz que na alimentação e no uso do solo, entre algumas mudanças, está a alteração das dietas, no sentido de consumir menos carne e multiprocessados, e novos meios de captura e armazenamento de carbono no solo. É exatamente aí que entram os sistemas de compostagem de resíduos, recuperação do solo prejudicado com matéria orgânica e o controle do desmatamento de reservas verdes.

No caso dos solos saudáveis, estes podem resistir melhor em relação à erosão do vento e inundações. Eles também têm maior capacidade de absorver e armazenar água, elevando a resiliência a inundações e secas.

Práticas agrícolas regenerativas

O relatório verificou ainda que a aplicação de práticas agrícolas regenerativas leva ao crescimento da taxa de infiltração de solo, de sequestro de carbono por hectare e da produtividade.

Já as modificações na fabricação de aço, alumínio, cimento, plástico e alimentos deveriam ser sistêmicas e norteadas conforme os princípios da economia circular. Esta tem o objetivo de orientar e manter produtos e materiais em utilização, além de regenerar sistemas naturais, reciclar e reinserir materiais na cadeia de produção.

Energia renovável na área industrial

Toda esta revolução que envolve a energia renovável, composta por cinco setores industriais seriam capazes de diminuir 9,3 bilhões de toneladas de emissões de CO2 até 2050, o que significa cortas todas as emissões atuais de transporte no mundo todo.

O documento também inseriu o universo da moda e suas indústrias, setor de eletrônicos e de embalagens que possuem contribuições importantes para as alterações climáticas.

Fundação Ellen MacArthur

A Fundação estima que o relatório possa servir de base para que companhias, instituições financeiras e agentes públicos possam elaborar uma economia resiliente e combater as mudanças climáticas.

A adoção de alterações nos meios de produção, consumo e uso do solo da América Latina seriam capazes de influenciar na dependência de indústrias extrativas e práticas agrícolas que promovem o desmatamento.

Com este modelo em prática, haveria uma maior resiliência aos efeitos da alteração climática que, de acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), poderiam custar à região entre 2-4% do seu PIB até 2050.

O relatório está disponível no site da Fundação Ellen MacArthur.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação / Léo Ramos Chaves

Natu Contos propõe atividades culturais ao ar livre

natu contos propõe atividades culturais ao ar livre

Aplicativo Natu Contos também mapeia árvores para quem se encontra em parques e praças e ainda traz histórias escritas por grandes autores da literatura infantojuvenil e narradas por cantores renomados

O aplicativo ligado à educação, Natu Contos, tem por objetivo religar a sociedade com a natureza das cidades de todo o país. Criado em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, o dispositivo auxilia o usuário a identificar cinco espécies nativas da Mata Atlântica: embaúba, ipê-amarelo, jequitibá, pau-brasil e pau-ferro, de uma forma diferente.

Natu Contos – como funciona

Com o app da Natu Contos, o usuário pode vivenciar uma atividade ao ar livre e ainda aproveitar o tempo em meio à natureza e aprender mais sobre ela.

A brincadeira funciona da seguinte forma: a pessoa realiza uma “caça ao tesouro” em busca de árvores. Após baixar o app e definir o local de sua expedição, o usuário seguirá um mapa pela tela do smartphone, conectado ao GPS, para conseguir identificar a árvore previamente escolhida. Além disso, só a fase de caminhada até chegar a seu objetivo já vale como chance de prestar atenção à mata verde que circunda o local e poder relaxar e usufruir dos benefícios que ela disponibiliza.

Quando uma árvore é identificada, o lúdico vem à tona por meio de um vídeo animado que a apresenta ao usuário e depois um conto fica disponível ao adulto que poderá ler e/ou ouvir junto da criança. Uma vez coletadas, as histórias e respectivas fichas técnicas de cada árvore ficam armazenadas em uma biblioteca virtual e podem ser acessadas quantas vezes quiserem, em qualquer lugar.

Fora o reconhecimento das árvores do local definido também é possível conhecer o processo de dispersão de sementes de algumas espécies.

Mapeamento de árvores

Em sua plataforma, a Natu Contos traz árvores mapeadas em parques e praças das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Uberaba (MG), e pode ser baixada no sistema iOS. Até julho de 2020, o aplicativo também estará disponível na plataforma Android, graças a um financiamento coletivo.

No momento, os idealizadores do aplicativo pretendem levá-lo a outras cidades, criando assim um novo elo afetivo entre árvores e residentes de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Recife (PE).

Campanha virtual

Para que a ideia seja viabilizada será preciso captar uma nova quantia na campanha que está no site de financiamento coletivo Catarse. As doações partem de R$ 25 e os participantes terão recompensas, entre elas: plantio de mudas pela SOS Mata Atlântica, livro infantil e pôster com ilustração do artista Arthur Daraujo. Fernanda Sarkis Coelho, idealizadora do aplicativo, afirmou à imprensa:

“Gostaríamos de agradecer todos que contribuíram para o projeto até aqui. Com isso, muitas crianças e escolas terão acesso a esse aplicativo, tornando-o ainda mais democrático.”

Já a diretora de Comunicação da Fundação SOS Mata Atlântica, Afra Balazina, disse:

“Quem sabe as pessoas possam aproveitar esta época de fim de ano e presentear as pessoas de um jeito diferente ou chamando amigos para participar do financiamento coletivo. Todas as cidades que o aplicativo pretende chegar estão na Mata Atlântica e possuem praças e parques interessantes. Ao apoiar este aplicativo, queremos propor para as pessoas observarem, sentirem e se relacionarem mais com a natureza de suas cidades.”

Contos – memória afetiva

As histórias disponibilizadas na plataforma da Natu Contos promovem uma viagem ao tempo, onde é possível recordar como as pessoas já tiveram algum tipo de relação com as árvores, e também como foi a relação com animais e ainda aprender mais sobre as transformações de cada espécie em cada estação do ano.

Lista de contos:

 “Amélia e seu Ipê-amarelo”, de autoria de Índigo com narração de Tiê

Amélia que tinha tudo amarelo, até seu cabelo, adorava um eucalipto, mas não ligava para um ipê-amarelo que tinha em seu sítio. Quando ele floresceu na primavera, isso mudou.

“Árvore de Estimação”, de Tiago de Melo Andrade e narração de Lenine

Uma menina fica triste por ter perdido o gramado e a sombra fresca de sua árvore de estimação queimada em um incêndio, onde ela tinha seu balanço.

“À procura do Pau-Brasil”, de Andrea Pelagagi com narração de Fernanda Takai

Um irmão e uma irmã tentam de todas as formas descobrir se a árvore que eles acharam era mesmo a espécie que deu nome ao nosso país.

“O pica-pau e o Pau-ferro”, de João Anzanello Carrascoza e narração de Mart’nália

Um pica-pau se aventura até a cidade e acha uma árvore diferente das do bosque em que morava, pois ela era muito dura.

“Simãozinho e o pé de Embaúba”, de Claudio Fragata e narração de Ney Matogrosso

O macaco Simãozinho tem medo de altura, mas sonha em subir na árvore para comer seus lindos frutos.

Fonte: site Ciclo Vivo

*Foto: Divulgação

Agroecologia: saiba mais sobre este novo mercado

agroecologia saiba mais sobre este novo mercado

Agroecologia é baseada no desenvolvimento sustentável e na produção de comida livre de agrotóxicos, fortalecendo a agricultura camponesa de diversas regiões do país

Atualmente, muitos produtores rurais têm sido procurados por cultivarem uma agricultura livre de agrotóxicos. Este tipo de negócio foi denominado de agroecologia, e tem fortalecido a cultura de subsistência dessas famílias no Brasil.

Agroecologia

Para se ter uma ideia deste novo mercado que se abre, somente na safra de 2019, integrantes do Movimento Sem Terra (MST), no Rio Grande do Sul, celebraram a colheita estimada em 16 mil toneladas de arroz orgânico e agroecológico. Esta é a maior produção do tipo em todo o território nacional. Nesta produção do cereal, trabalham 363 famílias, espalhadas em 15 assentamentos.

No sul de Minas Gerais, o produto mais cultivado é o café orgânico Guaií, por meio do empenho de 20 famílias do quilombo Campo Grande. A bebida é reconhecida internacionalmente por sua alta qualidade. A produção é coordenada por dois coletivos femininos, onde o processo de cultivo também é livre de agrotóxicos.

Já no Ceará, a agroecologia vem de pequenos produtores rurais da Chapada do Apodi. Eles, que enfrentaram grandes corporações agrícolas ao longo dos anos, também fizeram enorme esforço para recuperarem suas terras, criando um novo mercado regional para a comercialização de feijão e mandioca orgânicos.

Sobre as três regiões mecionadas, o professor do Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia e do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Bernardo Mançano Fernandes, disse em palestra apresentada na FAPESP Week France:

“São três exemplos em três regiões do Brasil, mas poderíamos apresentar casos semelhantes em todas as regiões do mundo. Trata-se de um processo de resistência e de superação da questão agrária global. Depois de décadas de subordinação ao agronegócio, os movimentos socioterritoriais criaram seu próprio sistema alimentar baseado na agroecologia”.

Programa de desenvolvimento sustentável

Fernandes é coordenador da Cátedra Unesco de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial e responsável pela criação do primeiro programa de pós-graduação direcionado ao desenvolvimento sustentável para populações de territórios tradicionais.

Nas décadas de 1970 e 1980, diversos governos tentaram implementar políticas que promovessem a “integração” dessas populações por meio da produção de commodities agrícolas e pecuárias, afirma o pesquisador. Mas apenas na década seguinte que apareceram movimento socioterritoriais comandados pela Via Campesina e baseados na agroecologia, que nada mais é do que a agricultura realizada a partir de uma perspectiva ecológica. Fernandes complementa:

“Isso acontece em quase todos os países do mundo e, evidentemente, no Brasil, pois há uma demanda cada vez maior pela produção de comida saudável. É um mercado novo.”

Ele afirma também que alguns movimentos camponeses brasileiros criaram um novo sistema alimentar baseado nos princípios da soberania alimentar, da indústria familiar e dos mercados populares.

Agroecologia x Agronegócio

Com isso, as famílias produtoras de arroz, café, feijão e mandioca, citadas acima, foram subordinadas no passado ao modelo de agronegócio. Fernandes explica que:

“Agora, organizadas no Movimento Sem Terra, recuperaram seus territórios e passaram a produzir alimentos orgânicos e agroecológicos, pois entenderam que era a única forma de continuarem existindo”.

Além disso, outra característica atribuída à agroecologia, ligados pelos movimento camponês, quilombola e indígena, está o fato de não competirem com a forma tradicional de monocultura, realizado em grandes propriedades de terra e com a utilização de agrotóxico.

Isso vale também sobre as vendas, onde os produtos orgânicos e agroecológicos não são comercializados para grandes companhias, mas sim em feiras, mercados institucionais e nos armazéns das cooperativas. Sobre isso, Fernandes afirmou:

“Eles estão criando mercados novos e relações com comunidades que apoiam o agricultor, oferecendo serviços de cestas orgânicas e agroecológicas vendidas diretamente ao consumidor. Também vendem para escolas e hospitais.”

MST

Apesar do MST ser o movimento socioterritorial mais conhecido no país, ele é apenas um dos 126 catalogados pelo Banco de Dados da Luta pela Terra (Dataluta), organização mantida pelo Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (Nera) da Unesp.

Fonte: site Ciclo Vivo

*Foto: Divulgação / Ana Lira

Você já ouviu o termo Agrovoltaico?

você já ouviu o termo agrovoltaico

O termo Agrovoltaico diz respeito à combinação de painéis solares com o cultivo agrícola, que resulta na otimização da produção

O sistema Agrovoltaico nasceu de uma conclusão de pesquisadores da Universidade do Estado do Oregon (OSU), nos EUA. De acordo com este conceito, menos de 1% de terras agrícolas poderiam ser utilizadas para geração de energia solar e, com isso, a produção seria capaz de atender à demanda global de energia elétrica.

Visão dos cientistas em relação ao Agrovoltaico

De acordo com o autor do estudo e professor associado da Faculdade de Ciências Agrícolas da OSU, Chad Higgins:

“Nossos resultados indicam que há um enorme potencial para a energia solar e a agricultura trabalharem juntas para fornecer energia confiável”.

Além disso, uma extensa pesquisa foi realizada que gira em torno de como as altas temperaturas podem impactar negativamente a produção de energia solar. Portanto, a partir de agora, tal descoberta pode influenciar na escolha por construir grandes matrizes solares em desertos. Higgins ainda acrescenta:

“Os painéis solares são exigentes. A eficiência deles diminui à medida que os painéis ficam mais quentes. A produtividade deles é menor do que poderia ser por acre”.

Universidade do Arizona

Engenheiros agrônomos da Universidade do Arizona também chegaram a uma conclusão similar. Neste caso, os especialistas cultivaram espécies como acelga, couve, ervas, pimenta e tomate à sombra de painéis solares.

Todo o processo foi medido ao longo dos três meses de verão nesta região. Houve monitoramento contínuo em relação aos níveis de luz recebidos, temperatura do ar e umidade relativa, com o uso de sensores tanto acima como abaixo do solo.

Por meio dos painéis fotovoltaicos, uma sombra foi gerada que resultou em temperaturas diurnas mais frias e as noturnas, mais quentes do que o sistema tradicional de plantio a céu aberto. Além do sistema agrovoltaico proporcionar um menor déficit de pressão de vapor, o que significa que havia mais unidade no ar neste período.

O professor da Escola de Geografia e Desenvolvimento e principal autor do estudo, Greg Barron-Gafford afirmou:

“Muitos de nós querem mais energia renovável, mas onde você coloca todos esses painéis? À medida que as instalações solares crescem, elas tendem a estar fora dos limites das cidades e é historicamente onde já cultivamos nossos alimentos”.

E também garantiu:

“Descobrimos que muitas de nossas culturas alimentares se saem melhor à sombra dos painéis solares porque são poupadas do sol direto. A produção total de frutos de ‘pequin pimenta’ foi três vezes maior e a produção de tomate foi duas vezes maior”.

Quanto mais frio, melhor

No entanto, os pesquisadores do OSU basearam suas análises na produção energética, por meio de dados coletados pela Tesla. Graças à instalação de cinco grandes matrizes solares elétricas em terrenos agrícolas do Oregon.

Houve uma sincronia de informações da companhia com dados de estações de pesquisa de microclima, que constatava uma temperatura média do ar, sua umidade relativa, além da velocidade e direção do vento, unidade do solo e energia solar recebida. Sobre isso, Higgins afirmou em tom de brincadeira:

“Descobrimos que quando está frio lá fora, a eficiência melhora. Se estiver quente, a eficiência piora. Quando está calmo, a eficiência é pior, mas um pouco de vento melhora. À medida que as condições se tornaram mais úmidas, os painéis pioraram. Os painéis solares são como as pessoas e o clima, são mais felizes quando está fresco, arejado e seco”.

Portanto, o sistema agrovoltaico se destacou mais uma vez, ou seja, quando lavouras emitem água por meio da transpiração, os painéis solares são resfriados e ficam mais eficazes.

Como aplicar a técnica de agrovoltaico

A coautora do estudo da OSU, Elnaz Hassanpour Adeh, com base nos resultados alcançados, desenvolveu um modelo de eficiência fotovoltaica que é influenciada pela temperatura do ar, velocidade do vento e umidade relativa do ar.

Com isso, ela utilizou mapas globais gerados a partir de imagens de satélite e aplicou esse modelo em todo o mundo, compreendendo 17 classes de cobertura de terra globalmente reconhecidas, integrando classes como áreas de cultivo, florestas mistas, urbanas e savanas. Tais áreas foram qualificadas desde melhor (áreas de cultivo) até pior (neve/gelo) em termos de em qual lugar um painel solar seria mais produtivo. Contudo, os solos áridos, que geralmente são usados para a instalação de sistemas solares fotovoltaicos, ficaram em quinta posição.

Ambos os pesquisadores já tinham publicado análises que revelam que os painéis solares elavam a produção agrícola em solos agrícolas secos e irrigados. Agora, tais resultados recomendam que a localização de painéis solares em pastagens ou terrenos agrícolas poderia somar no rendimento das culturas.

Fonte: site Ciclo Vivo

*Foto: Divulgação

Cerrado é restaurado por coletores de sementes de MG

cerrado é restaurado por coletores de sementes de mg

Cerrado mineiro resgata sua tradição, além da luta de comunidades de todo o país para preservarem os locais de biodiversidade, considerado como a savana global mais rica em espécie

Conhecido como “berço das águas” ou “caixa d’água do Brasil”, o Cerrado é um bioma que acolhe oito das 12 regiões hidrográficas brasileiras e ainda abastece seis das oito grandes bacias do país.

Atualmente, o Cerrado possui mais de 50% de seu território original devastado. Com isso, suas comunidades lutam para que a biodiversidade seja preservada. A região é considerada a savana global mais rica em espécies.

Habitantes do Cerrado

A população que habita os 11 estados do Brasil cobertos pelo Cerrado (24% do território nacional) é quem realmente conhece e guarda o patrimônio ecológico e cultural da região.

É o caso da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Nascentes Geraizeiras, na região de Alto Rio Pardo (MG), um dos Territórios da Cidadania atendidos pelo projeto Bem Diverso. Seu trabalho é um exemplo do que está sendo feito no país pela recuperação do Cerrado.

Território da Cidadania Alto Rio Pardo

O Território da Cidadania Alto Rio Pardo é formado por 15 municípios: Berizal, Curral de Dentro, Fruta de Leite, Indaiabira, Montezuma, Ninheira, Novorizonte, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Salinas, Santa Cruz de Salinas, Santo Antônio do Retiro, São João do Paraíso, Taiobeiras e Vargem Grande do Rio Pardo.

Com o passar dos anos, estas áreas foram comprometidas por atividades florestais nada sustentáveis, entre as quais: mineração de quartzo e monocultura de eucalipto. Hoje, a RDS possui um grupo de coletores de sementes, nativas do Cerrado, que são usadas com o intuito de restaurar as áreas degradadas.

Segundo Nondas Silva, consultor técnico do projeto, a disseminação dessas sementes pelos coletores obtém sucesso em locais em que elas não pudessem germinar naturalmente. Ele ainda completou em entrevista à ONU:

“Paralelamente, você gera renda para as populações locais, que tradicionalmente dependem do Cerrado, como extrativistas de frutos, por exemplo. Assim, a gente combina recuperação das áreas e valorização da cultura”.

Como funciona a restauração do Cerrado

O processo de restauração do Cerrado é feito pela técnica de semeadura, considerada recente. Antigamente, isso era feito por meio de mudas, que apresentava diversas dificuldades, desde as despesas até a disponibilidade das mudas.

Já o processo atual de semeadura direta possui baixo custo, pois não é necessário investir em mão de obra, irrigação e viveiros. Somente é preciso ter uma equipe de coletores que realmente conheça e saiba avaliar os diferentes tipos de sementes e possuir um local adequado para seu armazenamento até o momento de seu plantio.

Portanto, empresas que agem desta forma ganham um incentivo ainda maior ao cumprir a legislação ambiental vigente ao restaurar o Cerrado, reduzindo seu passivo.   

A semeadura direta também proporciona uma expansão da diversidade de espécies e o adensamento da restauração. Além disso, com o dinheiro vindo da venda de sementes, são repassados ás famílias de coletores do cerrado. Com isso, os mais jovens são incluídos na negociação, estimulando suas capacidades empreendedoras e fortalecer seus laços e raízes com as tradições geraizeiras.

Quem são os geraizeiros

Os habitantes das “Gerais” são chamados de gerazeiros e residem na região de chapadas do Cerrado norte-mineiro, que cobre boa parte do Território Alto Rio Pardo. Eles têm forte conexão com a terra, pois a manejam há séculos por meio do extrativismo de produtos do Cerrado. Fora isso, também criam animais à solta nas terras comunais das chapadas e de suas encostas. Por fim, atuam no estabelecimento de roças, quintais e currais nas áreas de baixadas, que é onde constroem suas casas.

Esses povos se ajudam entre si, como uma relação de parentesco, fazendo trocas de plantas e de conhecimentos ligados à natureza e à vida gerazeira. Além disso, ainda mantêm laços de comércio históricos e de trocas com os catingueiros, situados na Baixada São Franciscana e com as comunidades tradicionais do Vale do Jequitinhonha.

RDS Nascentes Geraizeiras

Os coletores do Cerrado da RDS Nascentes Geraizeiras estão situados nos cerca de 38.177 hectares, pertencentes aos municípios de Montezuma, Rio Pardo de Minas e Vargem Grande do Rio Pardo, que constituem a reserva. Delimitada a partir de 2017, a área estimula a proteção a conservação dos recursos naturais usados por mais de 20 comunidades tradicionais que atuam no extrativismo sustentável para geração de renda e segurança familiar.

Projeto Bem Diverso

O projeto Bem Diverso é uma parceria entre o PNUD e a Embrapa. Tem por principal objetivo conservar a biodiversidade do país e ainda gerar renda às comunidades tradicionais e aos agricultores familiares.

Fonte: ONU

*Foto: Divulgação / Valdir Dias – Rede de Comunicadores Geraizeiros do Território Alto Rio Pardo

Carrefour Espanha adota sacos de algodão em vez de plásticos

carrefour espanha adota sacos de algodão em vez de plásticos

Medida da rede de supermercados em oferecer os sacos de algodão visa eliminar cada vez mais o uso do plástico de suas atividades

Agora, o Carrefour Espanha não disponibiliza mais as famosas sacolinhas de plásticos para os consumidores colocarem suas compras do setor de hortifruti. Em vez disso, a empresa adotou o sistema de sacos de algodão para pesar e comprar frutas e verduras. Com isso, a meta da cadeia de distribuição de alimentos é diminuir a utilização de embalagens plásticas pelo menos nesta seção do supermercado. 

Sacos de algodão

A proposta é que os frequentadores das diversas unidades do Carrefour Espanha adquiram seus próprios sacos de algodão que são reutilizáveis. Sendo assim, eles não terão mais que utilizar as sacolas plásticas a cada vez que forem ao mercado. Esta atitude da rede supermercados espanhola a coloca como sendo a primeira no país a oferecer esta opção mais sustentável a seus consumidores. Além disso, a empresa foi pioneira em permitir que seus clientes utilizassem as próprias sacolas para levarem suas compras para casa. Não somente da seção de hortifruti, mas também dos departamentos de açougue, charcutaria, peixaria e refeições prontas.

Sustentabilidade

O Grupo Carrefour visa reforçar seu compromisso em disponibilizar soluções cada vez mais sustentáveis para suas operações, na intenção de fazer sua parte para reduzir danos ao meio ambiente.

No Brasil, a empresa multinacional também atua com diversas alternativas neste mesmo segmento. Segundo a companhia, até o final deste ano, todo o fornecimento de produtos orgânicos vai priorizar o uso de materiais biodegradáveis e recicláveis. Ao adotar esta medida, aproximadamente 51 milhões de bandejas de isopor serão substituídas por opções mais ecológicas.

Dentre as novas alternativas seguidas pela rede Carrefour brasileira estão:

  • Caixas de papelão para os produtos comprados via e-commerce;
  • Copos, canudos e mexedores feitos com papel;
  • Embalagens de papelão ondulado para os produtos orgânicos;
  • Folhas de papel e de plástico de polietileno (material reciclável e apto para ser separado junto à coleta seletiva) para frios e queijos fatiados;

Também é prática da rede de supermercados incentivar que seus consumidores levem suas próprias sacolas retornáveis na hora de realizar as compras. Isso também vale para os produtos, como frutas secas a granel.

Como usar os sacos de algodão

Para que os sacos de algodão durem por mais tempo e sejam reutilizados diversas vezes, eles podem ser lavados. Na Espanha, um pacote com três unidades da opção sustentável custa 3,99 euros. A companhia deixa claro que se preocupa com questão da redução do uso do plástico. Por isso, ela decidiu tomar a atitude de eliminar de vez este tipo de material poluente na seção de frutas e legumes, que também se estende ao setor de orgânicos.

Outros recipientes

Já em relação aos materiais para preservar alimentos como azeitonas e picles, a companhia passou a adotar recipientes de vidro, no lugar dos de plástico. Recentemente, a empresa eliminou o uso de sacolas plásticas para colocar produtos como bananas, pepinos, entre outros. Em vez disso, eles agrupados com o auxílio de uma pequena faixa.

Até o momento, de acordo com o Grupo Carrefour, a redução de plástico atingida por essas iniciativas ultrapassou os 80%. Portanto, é possível buscar soluções que impactem cada vez menos o meio ambiente.

Fonte: Site da Asse RJ

*Foto: Divulgação

Você já ouviu falar no Movimento Sem Bitucas?

você já ouviu falar no movimento sem bitucas

Com o planeta dando sinais de acúmulo de resíduos, cada vez mais pessoas se conscientizam sobre a importância de descartar corretamente qualquer tipo de lixo. E isso envolve os cigarros, que diariamente são jogados nas ruas, praias, entre outros lugares. As bitucas ao lado do lixo plástico são os campeões em acúmulo de lixo que chegam aos oceanos. Pensando nisso, um grupo de pessoas se mobilizou, surgindo assim o Movimento Sem Bitucas.

O que é o Movimento Sem Bitucas

O Movimento Sem Bitucas já acontece há mais de três e foi idealizado pela campineira Natalia Zafra Goettlicher. Durante este período, muitas ações educativas foram realizadas para conscientizar fumantes e não fumantes sobre os danos que as bitucas de cigarro podem causar ao meio ambiente, quando descartadas incorretamente.

Na ação deste ano que ocorreu no dia 21 julho, Natalia contou com a parceria do movimento internacional “No más colillas en el suelo”, idealizado por Miquel Garau Ginard. O projeto de Ginard segue a mesma proposta da brasileira: chamar a atenção da população para o lixo acumulado pela bitucas de cigarro.   

Rede Mundo Sem Bitucas

A ação de 2019, no início, seria concentrada apenas na cidade de São Paulo. No entanto, com a existência da rede Mundo Sem Bitucas foi despertado um interesse em reunir parceiros de outras regiões do Brasil e de outros países. A iniciativa deu certo e 20 cidades participaram do evento simultaneamente no intuito de coletar o maior número de bitucas de cigarro de vias públicas.

Ao final do Movimento Sem Bitucas 2019, foi construído em cada local a “Montanha da Vergonha” (nome da campanha internacional). Das cidades, 17 são brasileiras e as outras três estão situadas na Espanha, Estados Unidos e Nova Zelândia.

Dados divulgados

No final de julho, o projeto Mundo Sem Bitucas anunciou a quantidade de cigarros coletados nas ações “Caça às Bitucas – Montanha da Vergonha”, em suas mídias sociais. Ao todos, foram recolhidas mais de 39 mil bitucas com apoio de 146 voluntários. Segundo eles, foram 817 minutos de atividade. O objetivo principal do encontro foi mostrar de fato o grande impacto negativo que estes resíduos podem causar ao meio ambiente em diferentes partes do mundo.

A ação de São Paulo aconteceu no Vão do Masp, na avenida Paulista e foi o local com maior quantidade de resíduos encontrados. Em apenas 60 minutos, foram recolhidas 10.462 bitucas com ajuda de 25 pessoas. Apesar do número alto, não foi possível coletar todas e, infelizmente, permaneceram no chão. Em segundo lugar ficou a cidade de Cuiabá com 5.322 bitucas foram recolhidas por 10 voluntários, na região central. Em terceira posição aparece o Rio de Janeiro com 5.215 resíduos coletados na área das praias do Recreio com o auxílio de 25 pessoas.  

Para a surpresa dos voluntários da cidade de Auckland, na Nova Zelândia, foi o lugar em que menos houve coleta. Eles encontraram apenas uma bituca de cigarro em um raio de 1,1 km.

Montanha da Vergonha

Após a coleta e contagem nas 20 cidades, todos os voluntários construíram a “Montanha da Vergonha” com as bitucas de cigarro.

O recrutamento da ação global foi feita em menos de uma semana e não necessitou de uma grande verba de dinheiro. E mesmo sem o auxílio de patrocinadores foi possível movimentar muitas pessoas preocupadas com o meio ambiente em diferentes regiões brasileiras, países, classes sociais, profissões, idades e gênero. Portanto, a organização do evento afirma que a ação foi um sucesso.

Fica a lição de que é possível reunir por meio da internet pessoas dispostas a fazerem algo pelo local onde vivem. Com isso, mais ações de educação ambiental podem ser realizadas e de modo colaborativo. Sendo assim, um mundo melhor pode ser construído com a ajuda de todos.

Fonte: site Ciclo Vivo

*Foto: Divulgação