Estudo da FGV aponta que auxílio emergencial reduziu a pobreza do país em 23%

estudo da fgv aponta que auxílio emergencial reduziu a pobreza do país em 23%

Nesta sexta-feira (9), um estudo do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), intitulado “Covid, Classes Econômicas e o Caminho do Meio: Crônica da Crise até Agosto de 2020” foi divulgado. E o resultado aponta que o projeto auxílio emergencial reduziu a pobreza do Brasil. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o bônus contribuiu para que 15 milhões de brasileiros saíssem da linha de pobreza até agosto de 2020. Isso refletiu um percentual de 23,7%. A comparação foi feita com os dados fechados de 2019. A definição usada pela fundação caracteriza a pobreza de acordo com a renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo (522,50 reais).

Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, afirma que mesmo que o país ainda registre 50 milhões de pobres depois desta queda, ainda sim este é o nível mais baixo de toda a série histórica.

“De maneira geral, a gente observou um boom social inédito, mesmo comparando com períodos pós-estabilização, que foram períodos de boom social. Em toda a série estatística a pobreza nunca esteve num nível tão baixo, são 50 milhões de brasileiros. A queda foi realmente inédita, de acordo com as séries estatísticas”.

Auxílio emergencial reduziu a pobreza – dados do estudo

Segundo o estudo, o auxílio emergencial reduziu a pobreza na região Nordeste em 30,4%, e em 27,5% no Norte do país. Já no Sul, a redução foi de 13,9%; no Sudeste de 14,2% e no Centro-Oeste a queda na pobreza atingiu 21,7%.

Todavia, a FGV Social ressalta que nestas regiões há maiores parcelas do público-alvo do auxílio emergencial, reforça Neri:

“O Brasil, nos nove meses do auxílio emergencial, até o final do ano, pretende gastar 322 bilhões de reais, cerca de nove meses são nove anos de Bolsa Família, uma injeção de recursos bastante substantivo.”

Mercado de trabalho

Em contrapartida, o pesquisador revela que as camadas com renda acima de dois salários mínimos per capita perderam 4,8 milhões de pessoas na pandemia. Além disso, os dados referentes ao mercado de trabalho demonstram forte retração da economia.

“Houve uma queda de renda de 20%. O índice de Gini teve um aumento muito forte, que é o índice de desigualdade. A renda do trabalho da metade mais pobre caiu 28%. Então guarda um certo paradoxo na pesquisa. As rendas de todas as fontes tiveram um aumento espetacular, principalmente na base da distribuição, enquanto a renda do trabalho, que deveria ser a principal renda das pessoas, teve uma queda igualmente espetacular, especialmente também na base da distribuição. O que explica esse paradoxo é a atuação do auxílio emergencial, que atingiu no seu pico com 67 milhões de brasileiros”.

Auxílio emergencial reduziu a pobreza- camadas intermediárias

Todavia, a queda no topo e a subida na base das classes de renda, as camadas intermediárias registraram um aumento de 21,4 milhões de pessoas. Isso significa quase metade da população da Argentina. Neri também alerta que a redução na pobreza é temporária e tende a ser completamente revertida depois do fim do auxílio emergencial:

 “O boom social ocorrido em plena pandemia é surpreendente, mas enseja uma preocupação porque sua principal causa, que é o auxílio emergencial, generoso, que foi concedido, ele cai à metade agora em outubro, e depois é totalmente extinto em 31 dezembro. Então, nossa estimativa é que esses 15 milhões que saíram da pobreza vão voltar à velha pobreza de maneira relativamente rápida. Isso equivale a cerca de meia Venezuela em termos populacionais.”

Novos programas sociais

Contudo, o estudo da FGV Social indicou que ainda não foram definidos novos programas sociais para contornar a crise atual. E também disse que existem “cicatrizes trabalhistas de natureza mais permanente abertas pela crise”.

Por fim, a questão sanitária preocupa cada vez mais, visto que o segmento mais pobre, público-alvo do auxílio emergencial, conta com taxas mais baixas de isolamento social. Em suma, isso compreende o impedimento das pessoas mais pobres em conseguirem exercer “ações mais ajustadas às necessidades impostas pela pandemia”.

*Foto: Divulgação

Próxima atualização do WhastApp permitirá gerenciar arquivos recebidos

próxima atualização do whastapp permitirá gerenciar arquivos recebidos

Nova função do app de mensagens facilita gerenciar arquivos recebidos e, consequentemente, liberar mais espaço no celular

Em sua próxima atualização, o WhatsApp vai testar uma nova configuração no aplicativo de mensagens. Sendo assim, ele vai permitir gerenciar arquivos recebidos. Portanto, os usuários terão um maior controle de armazenamento do app, além de liberar mais espaço no celular.

Gerenciar arquivos recebidos

A melhoria do app, que vem por meio da atualização 2.20.201.9, foi descoberta pelo site WABetalnfo. Em razão dos novos recursos, os usuários terão maior facilidade em controlar o armazenamento de seu WhatsApp.

Expansão de funções

Vale lembrar que em julho, a rede social de mensagens instantâneas anunciou novas funções, como o modo escuro para as versões web e desktop.

Além disso, as próximas funções que chegarão já são consideradas uma ampliação dos recursos presentes atualmente no app. A partir desta nova atualização, o usuário pode gerenciar arquivos recebidos, que constam na memória do WhatsApp. E como já foi mencionado, isso só torna ainda mais fácil seu manuseio quando queremos buscar um arquivo ou imagem específica em várias conversas.

Por fim, a próxima experiência de tecnologia que a rede social vai permitir, também será possível classificar os arquivos por tamanho e pela data enviada. Todavia, o usuário ainda pode excluir instantaneamente todos os arquivos enviados em conversa particular.

Programa de testes do WhatsApp

Vale ressaltar que a atualização já pode ser acessada pelos usuários que estão cadastrados no programa de testes do WhatsApp. Porém, ainda não há previsão para chegar aos demais usuários da rede social.

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Doria diz que profissionais da saúde devem começar a ser vacinados em dezembro

doria diz que profissionais de saúde devem começar a ser vacinados em dezembro

Primeiros grupos de profissionais da saúde farão parte das pessoas a serem imunizadas no estado de São Paulo

Nesta quarta-feira (23), o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que os primeiros grupos de profissionais da saúde do estado paulista devem ser vacinados contra a Covid-19 a partir da segunda quinzena de dezembro.

Aporte de R$ 80 milhões

Além disso, Doria também disse que o Ministério da Saúde aprovou um aporte de R$ 80 milhões para a nova fábrica da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan.

Doses

O estado vai receber as primeiras 5 milhões de doses da vacina no mês que vem. As doses são de aplicação única e ficarão armazenadas até que a Secretaria de Saúde, Ministério da Saúde e a Anvisa aprovem o imunizante.

O governador ressaltou ainda que até 31 de dezembro o estado paulista vai receber mais de 40 milhões de doses. O número pode chegar a 60 milhões em 28 de fevereiro. Ele completou:

“Já fizemos negociações com o Ministério da Saúde para a compra de mais 40 milhões de doses da vacina.”

Profissionais da saúde

Em geral, depois dos profissionais da saúde serem imunizados, os próximos a serem vacinados serão os pacientes que integram grupos de risco da doença: idosos e pessoas com doenças crônicas. Em seguida, segundo o governo, os imunizados serão os agentes de segurança, profissionais da educação e a população indígena.

Laboratório Sinovac

Em relação ao acordo firmado entre o Instituto Butantan e o l aboratório Sinovac, companhia chinesa responsável pela CoronaVac, há uma previsão de transferência de tecnologia. Isso para que o instituto brasileiro possa produzir novas doses. A espera é de que seja possível fabricar doses para todo o Brasil.

Registro da vacina

Além disso, o registro da vacina na Anvisa deve ocorrer depois do dia 15 de outubro, ou seja, quando tiver novos resultados dos testes de fase três.

Todavia, até esta quarta, o imunizante não havia apresentado efeitos adversos significativos. Sendo assim, o governo estadual sinaliza que 94,7% das 50 mil pessoas que receberam doses da vacina na China não manifestaram nenhum efeito adverso.

Por fim, no Brasil, nenhum dos 5.600 profissionais da saúde, que integraram o ensaio clínico, apresentou efeitos adversos.

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Redes de pesca são transformadas em produtos ecológicos no RS

redes de pesca são transformadas em produtos ecológicos em sc

Redes de pesca passaram a ser matéria prima para outros produtos a partir de 1998

Em diversas regiões do Brasil, a sustentabilidade tem sido evidenciada sobre vários aspectos. E, especificamente, há mais de 40 anos ela ocorre pelas mãos da desenvolvedora e fomentadora Nara Guichon, 65 anos.  Nascida em Santa Maria, ela também é pela artista plástica, ambientalista e designer têxtil. E seu atelier de moda ética e sustentável no estado catarinense foi fundado em 1983.

Redes de pesca como matéria prima ecológica

A partir de 1998, Nara percebeu o grande número de redes de pesca industrial que eram descartadas incorretamente. Portanto, esta atitude gerava a poluição de todo um ecossistema em larga escala no Brasil. Ela explica que as redes de poliamida são tão resistentes que levam centenas de anos para se decompor. Sendo assim, quando elas são simplesmente jogadas nos oceanos, se transformam em uma ameaça real à fauna e à flora marítima.

Quase 10% do lixo marítimo são provenientes da indústria pesqueira

Segundo os dados da Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO), quase 10% do lixo marítimo são provenientes da indústria pesqueira. Sendo assim, Nara começou a desenvolver um projeto de reaproveitamento do material composto por poliamida, que até então não é reciclado no Brasil.

Esfregões ecológicos

A partir desta iniciativa surgiram os esfregões ecológicos. Este produto é ideal para limpeza pesada e ainda substitui os produtos de plástico e que, consequentemente, possuem menor durabilidade. Mesmo quando o esfregão ecológico já foi utilizado por mais de seis anos, ele ainda se mantém na mesma gramatura. Isso quer dizer que durante todo este tempo ele não liberou microplásticos. Sobre isso, a artesão reforça:

“Numa sociedade cada vez menos conectada aos valores naturais, o artesanato feito com materiais que, de outro modo seriam descartados, se mostra como uma forma de retorno às origens. O contato com os elementos minerais e vegetais, assim como o novo olhar sobre objetos descartados ou indesejados, pode revolucionar a nossa economia e a forma como interagimos como sociedade.”

Festival de Alimentação Orgânica

Em 2014, durante o Festival de Alimentação Orgânica, Marcella Zambardino, co-CEO da Positiv.a, empresa C que cria soluções para cuidar da casa, corpo e natureza, conheceu Nara.

O encontro resultou em uma parceria promissora. Sendo assim, a Positiv.a se tornou uma representante exclusiva dos esfregões ecológicos. No total, ao longo dos últimos seis anos, a Positiv.a já vendeu 476,3 kg de produtos feitos a partir das redes de pesca reutilizadas. Já a Nara e sua equipe reusam em média 2 toneladas de rede de pesca ao ano.

Outros itens ecológicos

Além disso, as redes de pesca reutilizadas pela artesã gaúcha também serviram como base para a criação de saquinhos. Com isso, o objetivo é substituir as embalagens comuns de plástico. Portanto, estes itens ecológicos podem ser utilizados para fazer compras a granel, como nécessaire, porta acessórios ou até mesmo como separador de roupas em malas de viagem.

A empresa pretende ampliar essa linha de produtos. Já no atelier de Nara, as redes de pesca também se transformam em esponjas, colares, roupas e xales.

*Foto: Divulgação

LG cria máscara recarregável e que purifica o ar

lg cria mascara recarregável e que purifica o ar

Máscara recarregável e purificante é o mais novo investimento da gigante sul-coreana de tecnologia

A empresa de tecnologia LG anunciou nesta quinta-feira (27) a criação de uma máscara que é capaz de purificar o ar, e também é recarregável. A máscara de rosto utiliza a mesma tecnologia dos purificadores de ar caseiros da empresa. Esta é a aposta de investimento da gigante sul-coreana em tempos de pandemia do novo coronavírus. No entanto, a LG não menciona a eficiência do produto, em relação a prevenir que uma pessoa seja infectada pelo vírus.

Máscara recarregável da LG – comunicado da empresa

De acordo com um comunicado publicado no site oficial da LG, a empresa afirma que a máscara recarregável foi criada para substituir as máscaras “inconsistentes” feitas em casa pelas pessoas, com suas camadas de tecido. Além de ter o intuito de evitar o uso de máscaras descartáveis, que já estão esgotadas em alguns locais.

Luzes de UV-LED

A LG anunciou ainda que a máscara é equipada com luzes de UV-LED que “matam germes prejudiciais” e é capaz de enviar notificações para o app LG ThinQ (disponível para sistemas Android e iOS) quando os filtros precisam ser trocados.

Máscara tecnológica

A empresa afirma que a máscara recarregável tecnológica pode ajudar a pessoa a respirar melhor. Além disso, o produto possui ventiladores capazes de entender quando o usuário inspira ou expira.

Doação de 2.000 máscaras aos profissionais da saúde de Seul

Quando a LG fez o anúncio da criação da máscara no mês passado, ela afirmou na ocasião que doaria 2.000 máscaras para um hospital universitário em Seul, de acordo com o jornal Korea Herald.

A doação tem por objetivo auxiliar os profissionais da área de saúde a usar o mesmo dispositivo por um longo período de tempo, já que a máscara recarregável auxiliar o usuário a respirar melhor.

Em contrapartida, a LG não revelou quando a máscara será lançada e muito menos quanto custará o produto.

*Foto: Divulgação

Sindicato afirma que Volkswagen pode cortar 5 mil funcionários

sindicato afirma que volkswagen pode cortar 5 mil funcionários

Volkswagen não admite o fato, mas afirma que é excesso de mão de obra em razão da pandemia de Covid-19

A montadora Volkswagen abriu negociações com os sindicatos dos metalúrgicos do ABC e da Grande Curitiba para diminuir seu quadro de funcionários no Brasil. A entidade diz que a iniciativa da reunião, realizada ontem (18), partiu da companhia de veículos.

Volkswagen pode cortar 5.000 funcionários

Segundos os sindicalistas, a montadora propõe a diminuição de 35% da mão de obra no Brasil. Atualmente, ela é distribuída em três fábricas no estado de São Paulo e uma no Paraná. O corte corresponderia à demissão de quase 5.000 trabalhadores em distintos setores.

Além de não confirmar este número, a Volkswagen revela apenas que há um excedente de mão de obra, em função da crise na economia gerada pela pandemia de Covid-19.

A montadora também afirma que as negociações com os sindicatos foram abertas. Porém, ainda tenta amenizar a situação por meio de medidas de flexibilização do trabalho.

Flexibilidade de jornada

Segundo os sindicalistas, a montadora apresentou propostas que envolvem: flexibilidade de jornada, corte do reajuste salarial, redução do valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e alterações em benefícios (transporte, alimentação e plano de saúde).

Mercado automotivo brasileiro

No entanto, a Volkswagen esclarece que decisões sobre cortes de pessoal dependem da evolução do mercado automotivo brasileiro. atualmente, a empresa funciona com uma previsão de queda de 40% nas vendas de veículos e de 45% na produção. Estes dados foram levantados pela Anfavea (associação das montadoras).

Nota da motadora

Em nota, a montadora afirma que está “avaliando em conjunto medidas de flexibilização e revisão dos acordos coletivos vigentes para adequação ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus.”

Sinais de recuperação do setor

Em contrapartida, o setor automotivo tem dado indicativos de recuperação mais rápida do que outros setores da economia do país. Além disso, vem apresentando média diária de vendas que se chegam perto das 8.000 unidades neste mês de agosto. Porém, os resultados atuais não escondem os problemas acumulados nos últimos cinco anos.

Queda nas vendas entre 2014 e 2016

Em suma, isso quer dizer que com a forte queda nas vendas registrada entre 2014 e 2016, resultou em uma ociosidade na indústria automotiva, que superou os 50%. Em razão da pandemia, a lenta retomada que teve início em 2017, acabou sendo interrompida.

Aproximadamente 3.000 postos de trabalho foram cortados na indústria automotiva no decorrer da pandemia, afirma a Anfavea.

Além disso, este índice poderia ser maior se a Renault não tivesse revisto as 747 demissões feitas em julho. E que, por decisão judicial, foi reaberta as negociações com o sindicato da Grande Curitiba. A fábrica da montadora, situada na cidade de São José dos Pinhais, é próxima da planta paranaense da Volkswagen.

GM

Além da Volkswagen, a General Motors também abriu negociações com os sindicatos e apresentou proposta de PDV em São Caetano do Sul (Grande São Paulo) e São José dos Campos (interior de São Paulo).

De acordo com sindicalistas de São José dos Campos e Região, os benefícios oferecidos a quem aderir ao PDV na unidade abrangem: salários adicionais, extensão do plano de saúde e um carro popular Onix Joy.

*Foto: Divulgação/Eduardo Knapp – Folhapress

Inteligência artificial pode impedir evasão escolar em SP e GO

inteligência artificial pode impedir evasão escolar em sp e go

Com medo de uma evasão escolar em SP e GO, ambos os estados decidiram fazer um convênio com uma empresa que utiliza inteligência artificial para estimular comportamentos. Sendo assim, por meio de mensagens neste direcionamento, a ideia é atingir mais de 2,5 milhões de alunos e suas famílias. Entre exemplos de mensagens, tem esta: “Se liga! 80% dos seus colegas acreditam no ensino médio para se dar bem no futuro.”

Como impedir uma evasão escolar em SP e GO

Desde março as aulas presenciais estão suspensas em todo o Brasil. Com isso, uma das maiores preocupações das redes públicas de ensino é que os alunos não retornem às escolas passado o período de distanciamento social. Apesar das atividades letivas continuarem de modo remoto, o controle da frequência de acesso dos estudantes tem sido um grande desafio.

Uso de inteligência artificial

Por meio do uso de inteligência artificial de uma empresa contratada, ela dispara mensagens de incentivo e também de perguntas a fim de entender se os alunos estão acompanhando as atividades, se estão desmotivados e se pretendem voltar à escola. Todas as mensagens são encaminhadas para os telefones das famílias cadastrados nos sistemas das secretarias de educação.

Sobre isso, Guilherme Lichand, presidente da Movva, startup responsável pelo envio das mensagens, explica:

“As redes estão fazendo um esforço enorme para manter as atividades a distância, mas não conseguem que todos os alunos acompanhem e nem saber por qual motivo. Se é por falta de recursos para acessá-las, falta de interesse ou porque precisou começar a trabalhar. É um trabalho massivo que os professores e as escolas não conseguem fazer individualmente.”

Ele conta que a empresa usa nudgebots, que é uma inteligência artificial aplicada à economia comportamental. Além disso, a estratégia parte da análise de dados para criar e enviar mensagens para induzir comportamentos positivos. Entre os quais podemos destacar: cuidados com a saúde, prevenção de inadimplência e engajamento educacional.

Perfil das respostas para impedir evasão escolar em SP e GO

De acordo com o perfil das respostas recebidas, o sistema da Movva traça uma estratégia de engajamento para esses alunos. Em suma, isso pode ser feito ao enviar dicas de estudo ou com motivos para que não abandone a escola.

Em Goiás, por exemplo, o disparo de mensagens começou em junho para 12 mil dos 18 mil alunos matriculados em unidades de ensino médio com tempo integral. Em 30 dias, a startup identificou que, entre os alunos que recebiam as mensagens, 13,5% disse não pensar em voltar à escola após o retorno das aulas presenciais. Já entre os que não receberam mensagens, o índice era de 24%.

Para a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, a evasão escolar é um problema histórico no estado e já tinha um trabalho intenso para diminuí-la. Porém, com a pandemia, as ações antes desenvolvidas ficaram mais difíceis:

“Aqui em Goiás há uma cultura entre os jovens de começar a trabalhar muito cedo. Se ele receber R$ 200, R$ 300 em um subemprego, ele prefere sair da escola. Antes, se o menino faltava dois dias seguidos, a gente ia atrás para entender o que aconteceu. Agora, perdemos essa referência.”

Professores

Por mais que os professores se empenhem nas aulas remotas, o acompanhamento nem sempre é possível e na frequência necessária. Gavioli ressalta que 7% dos estudantes da rede não realizaram nenhuma atividade remota e também não responderam a nenhuma das tentativas de contato dos educadores. Portanto, esse é o grupo considerado com maior risco de abandonar os estudos.

Além disso, os dados dos alunos que pretendem não retornar às aulas presenciais ou que não respondem às mensagens são enviados à secretaria. Sendo assim, uma ação mais específica será feita com esse grupo, afirma Gavioli:

“Esses estudantes serão os primeiros que vamos atrás e teremos uma atenção especial na volta às aulas.”

Evasão escolar em SP

Em contrapartida o envio das mensagens em São Paulo começará em duas semanas para 2,5 milhões de alunos, financiados pela Fundação Lemann. Mesmo que a rede possua 3,6 milhões de matrículas, não há o contato telefônico de todos nos cadastros das secretarias.

Aplicativo

Lichand afirma que o aplicativo da Movva foi disponibilizado pela secretaria paulista para as aulas online. A ferramenta foi baixada por aproximadamente 2 milhões de alunos, com cerca de 1,7 milhão de acessos por dia:

“É um número alto considerando que foi uma ação emergencial para manter as atividades, mas ainda assim metade dos alunos não acessa diariamente. Nosso objetivo é aumentar o engajamento.”

Em função do envio de mensagens ser conectado ao sistema que acompanha o acesso dos alunos na plataforma, é possível identificar quais são os alunos com maior risco de evasão, disse Lichand:

“Se o aluno acessou o sistema e ainda assim diz que não pretende voltar à escola, mandamos mensagem de incentivo e com argumentos para convencê-lo a continuar estudando.”

Ação focalizada

O coordenador de Tecnologia e Informação da Seduc (Secretaria de Educação de São Paulo), Thiago Cardoso, destaca que com as respostas ou ausência delas, a pasta vai identificar os alunos com mais chance de evasão e traçar uma estratégia para que isso não ocorra:

“Essas informações serão repassadas para as escolas para que façam a busca desses alunos, entendam os motivos de não quererem voltar às aulas.”

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Magalu adquire portal de notícias de tecnologia e aumenta venda de anúncios

magalu adquire portal de notícias de tecnologia e aumenta venda de anúncios

Magalu adquire portal de notícias Canaltech para que seus vendedores possam oferecer produtos nos canais da empresa, vinculados à propaganda no site

O Magazine Luiza adquiriu ontem (6) o portal de notícias de tecnologia Canaltech. O objetivo da transação é o de aumentar a distribuição de seus anúncios publicitários na internet. Sendo assim, os vendedores passam a oferecer seus produtos nos canais da empresa, vinculando também á propaganda no site.

Magalu adquire portal de notícias

A varejista conta com uma ferramenta própria de anúncios online e deseja captar o público que acessa o site. Com isso, eles criam uma estratégia que mistura exposição de anúncios, que levam o consumidor ao e-commerce da marca, e a chamada publicidade nativa, aquela que comercializa produtos por meio de conteúdos gerados no site em forma de texto ou vídeo.

Valores da aquisição

O Magalu não divulga valores da transação. Além do Canaltech, a varejista também comprou a plataforma de mídia online da startup Inloco. De acordo com informações da própria empresa, isso vai possibilitar que vendedores ofereçam produtos de modo segmentado, na intenção de atrair clientes de regiões próximas, por exemplo, a fim de reduzir despesas de frete.

Comunicado do presidente da varejista

Em comunicado, Frederico Trajano, presidente-executivo do Magazine Luiza, afirma que a ideia da aquisição conjunta é “monetizar a audiência”.

Todavia, a empresa ainda diz que isso pontua sua entrada no mercado de anúncios e que está atrelado à estratégia de superapp, que é uma aposta da gigante do varejo nos últimos anos para fomentar as compras via smartphone.

Vale lembrar que em junho do ano passado, a empresa passou a fortalecer seus negócios na região Norte do país.

Já no fim do mês passado, o Magalu comprou a Hubsales, startup em que fabricantes oferecem seus produtos diretamente aos consumidores. Ela é especializada nos setores de calçados e de confecções, com foco na região de Franca (SP). Com isso, a varejista movimentará mais de R$ 100 milhões e mais de 700 mil pedidos anuais.

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Pias comunitárias são instaladas por ONG em todo o Brasil

pias comunitárias são instaladas por ong em todo o brasil

Pias comunitárias integram campanha Uma Mão Lava Outra, da ONG Habitat para a Humanidade Brasil, levando água e sabão a zonas periféricas

A ONG Habitat para a Humanidade Brasil, que atua em prol de moradia digna, arrecadou R$ 630 mil em meio à pandemia. O valor será destinado à instalação de mais de 300 pias comunitárias em favelas e zonas periféricas de 13 estados brasileiros.

Pias comunitárias

Nas zonas de maior vulnerabilidade do país ainda falta acesso à água para que os residentes dali lavem sempre suas mãos. Pensando no risco que é sem ter recurso básico e em meio à pandemia é que surgiu a campanha #UmaMãoLavaOutra, da Habitat Natural. Hoje, no Brasil há mais de 30 milhões de pessoas que não possui acesso à água tratada em suas casas, o que causa um grande impacto social negativo. Já para outros 20 milhões, o abastecimento de água é irregular (SNIS). Portanto, o objetivo da campanha é levar água e sabão a quem precisa para também poderem se proteger do vírus, por meio de pias comunitárias.

Doações

A campanha da ONG arrecadou doações de mais de 200 pessoas, e ainda contou com patrocínio da PepsiCo. Além disso, a Habitat para a Humanidade Brasil foi uma das contempladas pelo projeto 300 Desenhos. Sendo assim, vários artistas doaram seus trabalhos com o intuito de levantar fundos para três instituições filantrópicas.

Com as arrecadações e compartilhamentos da campanha nas redes sociais, mais de 90 mil pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade vão poder lavar as mãos todos os dias com água e sabão.

A instalação das pias comunitárias já começou e continua durante o mês de agosto.

Implementação

As pias comunitárias estão sendo instaladas em pontos estratégicos das comunidades. Sendo assim, entram no circuito parceiros locais, associações de moradores e lideranças comunitárias.

As instalações já estão acontecendo nas seguintes cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Juiz de Fora (MG), Lavras (MG), Porto Alegre, Florianópolis, Salvador, João Pessoa e Recife. Toda a implementação conta com a parceria de organizações como: Florescer Brasil, Engenheiros Sem Fronteiras, Favelar, Atos Colaborativos, Arquitetura Faz Bem, Mobiliza RAU + E, entre outras.

Como nasceu a iniciativa

Logo que foi instituído o período de quarentena em razão da pandemia da Covid-19 no país, a Habitat Brasil reconheceu o grande impacto que teria e ainda seria mais devastador nas comunidades mais vulneráveis. Portanto, a ONG agiu rapidamente para apoiar estas famílias de modo emergencial e coletivo. Houve uma articulação que trouxe voluntários, parceiros, doadores, empresas e comunidades para tentar amenizar os prejuízos da chegada da doença em zonas periféricas do país.

Distribuição de alimentos e produtos de higiene

Contudo, fora a instalação das pias comunitárias, a organização social ainda distribuiu aproximadamente 70 toneladas de alimentos e produtos de higiene. Atualmente, a ONG planeja uma reestruturação de como deverá ser sua atuação diante desse cenário de crise sanitária. Sobre isso, Mário Vieira, diretor executivo da Habitat para a Humanidade Brasil declarou:

“Nós já definimos que, ao retornar com nosso trabalho em campo, nossas atividades estarão voltadas às melhorias habitacionais que possam impactar diretamente na diminuição da contaminação pelo Coronavírus. As obras serão principalmente de acesso à água, reformas de banheiros, construção de cisternas urbanas e rurais, melhoria das condições de ventilação das moradias, entre outras.”

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Municípios receberão telemedicina com inteligência artificial contra coronavírus

municípios receberão telemedicina com inteligência artificial contra coronavírus

Telemedicina com inteligência artificial será implementada em 10 municípios com mais de 350 mil residentes

Na terça-feira (21), o Instituto Votorantim lançou uma iniciativa via edital, em que dez cidades brasileiras receberão treinamento e tecnologia de telemedicina com inteligência artificial, com a finalidade de combater a pandemia do novo coronavírus.

A iniciativa visa a inscrição dos municípios que contam com mais de 350 mil habitantes.

Telemedicina com inteligência artificial

O objetivo do instituto é o de ajudar os municípios brasileiros contemplados pela proposta para gerenciar recursos destinados ao combate da pandemia. O grupo Votorantim doará o programa de inteligência artificial e treinamento aos profissionais da saúde e gestores municipais a fim de tirar dúvidas dos cidadãos, além de acompanhar pacientes com doenças crônicas e com suspeita de infecção pela Covid-19.

Além disso, as cidades selecionadas receberão apoio técnico para implementar o programa Laura P.A. Digital para a realização de consultas e acompanhamento de casos confirmados do novo coronavírus à distância.

Vale lembrar que o conceito de consulta à distância já vem sendo utilizado no Brasil bem antes da pandemia. É o caso do Aplicativo FalaDoc que conecta médicos e pacientes via smartphone.

Requisitos

A entidade levará em consideração para a escolha dos dez municípios sua situação epidemiológica local.  

De acordo com Talita André, gerente de inovação do instituto, cidades com população superior a 350 mil moradores e com aumento do número de casos confirmados da doença tendem a ter colapso do sistema público de saúde:

“O momento da curva de casos em que essas cidades se encontram é aquele em que a Saúde colapsa e as fake news aumentam junto com o medo da doença. A medida que os contágios sobem e o relaxamento da quarentena aumenta, pessoas com sintomas que podem ser de Covid-19 ficam confusas sobre o que devem fazer. Não sabem se devem ir aos postos de saúde.”

Uso de robôs

Com o intuito de evitar o colapso, o instituto aposta no uso de robôs em redes sociais para sanar dúvidas das pessoas. A tecnologia ainda será utilizada no acompanhamento do quadro clínico de cidadãos com doenças crônicas, que possam ter deixado de comparecer às consultas de rotina por medo de contraírem o coronavírus.

Além disso, com a utilização de robôs, as secretarias municipais de saúde poderão orientar a população em relação ao melhor modo de agir.

Todavia, quando pacientes manifestarem os sintomas da Covid-19, porém, não tiverem a infecção confirmada, agentes de saúde entrarão em contato. Sendo assim, servidores terão em mãos as informações fornecidas pelo cidadão aos robôs do projeto de telemedicina com inteligência artificial.

Procedimento

É a partir da entrevista que o profissional estabelece se o paciente deve ser encaminhado a uma teleconsulta ou se ele terá monitoramento do seu quadro clínico. Em relação ao acompanhamento dos sistemas, o paciente receberá durante 14 dias mensagens do robô sobre a evolução de sinais, como febre e dores. E caso seja verificado um agravamento do quadro, o paciente será encaminhado para teleconsulta.

Acolhimento

1 – Atendimento via robô: o paciente entra no site da prefeitura ou pelo WhatsApp, para tirar dúvidas e fazer a triagem dos sintomas da Covid-19. Uma vez classificado o risco do paciente ele pode continuar sendo monitorado por 14 dias pelo robô ou escalar para o segundo nível de atendimento.

2 – Teleorientação (chat ou telefone): Quando enfermeiros, estudantes de medicina e voluntários podem fazer o atendimento do cidadão via chat ou telefone. A recomendação é que no nível 2 tenha, pelo menos, um profissional de saúde para cada 100 mil habitantes.

3 – Teleconsulta (via vídeo chamada): o paciente pode ser direcionado para teleconsulta com um médico. A recomendação é que no nível 3 tenha, pelo menos, um médico para cada 150 mil habitantes.

Dados armazenados

O programa armazena todos os dados para consulta exclusiva dos agentes de saúde municipais. Além disso, os servidores serão treinados para interpretar tais informações, rastrear e acompanhar casos de risco leve, moderado e alto para a infecção pela Covid-19, reforça Talita:

“Ofereceremos treinamento para que as equipes de tecnologia possam integrar a ferramenta ao sistema de saúde e também para que os profissionais possam interpretar os dados dos pacientes para a tomada de decisões.”

Emprego à distância

O instituto também afirmou que a ferramenta de telemedicina com inteligência artificial poderá possibilitar empregar, no atendimento à distância, profissionais da saúde, que tiveram desvio de cargo e foram afastados da linha de frente por integrarem grupos de risco.

A gerente explica ainda que realocando esses funcionários no atendimento virtual, os que estão na linha de frente conseguirão atuar em outras funções. Com isso, haverá uma desaceleração para que o sistema de saúde municipal não entre em colapso.

Por fim, Talita diz que o fato da presença de companhias ligadas ao Grupo Votorantim S.A estarem nas cidades não é um fator determinante para a escolha dos municípios que receberão a doação nem critério de desempate.

*Foto: Divulgação