Rio Pinheiros pode ficar limpo com projeto de despoluição

rio pinheiros pode ficar limpo com projeto de despoluição

Mesmo se for limpo, não é recomendável nada no Rio Pinheiros

O governo do Estado de São Paulo lançou o projeto Novo Rio Pinheiros, na intenção de despoluir o rio. No entanto, o órgão deixa claro que não há pretensão alguma deixar toda sua extensão propícia para banhos ou consumo. A ideia é apenas retomar o que ainda possa existir de vida nele. As afirmações são de Benedito Braga, o presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), à época do lançamento do projeto, no fim de setembro.

Na ocasião, ele explicou durante encontro no evento Rios por um Triz – Despoluição dos Rios Pinheiros e Tietê, promovido pela SOS Mata Atlântica, em São Paulo:

“Ninguém está falando de um rio que vai estar disponível para natação, para esportes de contato direto com a água. Ninguém está falando em beber a água do Rio Pinheiros. Estamos falando de um rio que tenha 100% do tempo condições aeróbias. Dessa maneira, ele deixa de cheirar mal”.

E ainda ressaltou:

“É o que foi feito em outras partes do mundo. Muitas vezes dão exemplo do Tâmisa (na Inglaterra), do Sena (na França). Eles de fato não cheiram mal, mas não se pode ter contato direto com suas águas”.

Objetivo de despoluição do Rio Pinheiros

Para ele, o principal objetivo do projeto Novo Rio Pinheiros é conseguir com que “o rio tenha utilidade para a população na região metropolitana de São Paulo”. Ao contrário de tentar fazer uma despoluição direta, o foco da ação será em relação aos córregos que deságuam no rio, ou seja, que não chegue nele itens poluidores, vindos das estações de recuperação de água do córrego.

Desafios

Braga também contou que um dos grandes desafios do projeto para despoluir o Rio Pinheiros será tirar 2.800 litros por segundo de esgoto de suas sub-bacias para se tornar, até o ano de 2022, um rio que possa de fato ser utilizado.

Para isso, foram lançados 14 pacotes de licitação no valor de R$ 1,5 bilhão.

Eduardo Trani, subsecretário estadual e Meio Ambiente, complementou:

“Hoje não existe um lugar em que as pessoas possam parar o carro para visitar o rio. E o projeto vai ter uma série de ideias para a integração rio-cidade”.

Braga finalizou o encontro dizendo que serão construídas passarelas sobre o Rio Pinheiros. Além disso, “com o aumento do calado – da profundidade do rio -, poderia haver navegação turística no Pinheiros”.

Fonte: revista EXAME

*Foto: Divulgação

Smartphones 5G servem apenas para status

smartphones 5G servem apenas para status

Analistas do setor afirmam que a tecnologia 5G de celulares só serve para exibicionismo

A tecnologia 5G que promete revolucionar as mais novas redes sem fio de vários segmentos, que vão do transporte à medicina, o mesmo não se pode dizer em relação aos aparelhos de telefonia móvel. Para analistas da empresa americana Sanford C. Bernstein, o 5G presente nos smartphones nada mais é do que itens de luxo e ostentação.

Por que o 5G é só status?

Os estudiosos do setor explicam que os aparelhos móveis compatíveis com o serviço 5G, considerado ultrarrápido, são mais caros. Além disso, eles não entregam nada a mais em relação a benefícios práticos, como os modelos 4G mais recentes. Estes já baixam conteúdo a velocidades acima das necessárias para transmitir vídeos em alta definição, afirmaram os analistas Chris Lane e Samuel Chen em nota publicada no mês passado a seus clientes. Um trecho do texto dizia o seguinte:

“Não vemos nenhum argumento racional para o consumidor atualizar para o 5G”.

Tecnologia ultrarrápida

A SK Telecom, operadora sul-coreana atingiu um milhão de assinantes para o serviço 5G no mês de agosto, que na ocasião havia passado 140 dias do primeiro lançamento comercial mundial da tecnologia ultrarrápida, o que representou aproximadamente 3,5% da base de usuários da companhia.

Já a China terá cerca de 170 milhões de celulares 5G disponíveis até o próximo ano. É o que espera a China Telecom, que tem como público alvo 60 milhões de usuários 5G para sua rede.

Além deles, as operadoras de telefonia móvel dos Estados Unidos, Austrália e de outros mercados mundo afora também implementaram serviços de tecnologia 5G em áreas limitadas. Elas possuem planos de ampliar a cobertura em todo o país no decorrer dos próximos anos.

Tecnologia ultrapassada

No entanto, não tem como garantir que os novos dispositivos não poderão ser superados, pois seu sistema tecnológico ainda não está completamente amadurecido e pode seguindo sua fase evolutiva. Já com relação aos novos celulares 4G, estes ainda serão dispositivos de ponta em dois anos, acrescentaram os analistas Lane e Chen.

Os primeiros smartphones 5G, especificamente, não podem acessar faixas de ondas milimétricas que serão acrescentadas ao longo dos próximos anos para cumprir a promessa de alta velocidade e baixa latência da tecnologia.

Todavia, os analistas afirmaram que “ter o smartphone 5G mais novo e, igualmente importante, exibi-lo pode ser a maior vantagem” e finalizaram a nota com: “Especialmente se você é um dos primeiros. Para um millennial em busca de um parceiro, pode até ser uma prova de que é um bom partido”.

Fonte: Revista Exame

*Foto: Divulgação

Projeto Tietê segue atrasado e entrega é adiada mais uma vez

Projeto Tietê continua atrasado e prevê 85% de esgoto tratado até 2025; plano de 2013 era entregar as obras até o ano passado, mas crise hídrica adiou os planos, segundo a Sabesp

No mês passado foi divulgado que houve um aumento da mancha de poluição no rio Tietê, em São Paulo. Com isso, a Sabesp anunciou quase que imediatamente novas metas em relação ao Projeto Tietê, que segue bastante atrasado, para que o principal rio da capital paulista seja despoluído.

Na Grande São Paulo, as novas metas pretendem ter 92% do esgoto coletado e que 85% seja tratado até 2025. Atualmente, 87% é coletado e 68% tratado.

Projeto Tietê – início

O Projeto Tietê foi começado em 1992 e já foram investidos US$ 3 bilhões em recursos. O plano original prometia que o rio seria despoluído até 2005. Ao longo dos últimos anos este prazo foi adiado várias vezes.

Antes de vir à tona a crise hídrica que assolou os reservatórios de São Paulo, em 2013, a expectativa era de entregar a terceira etapa do projeto até 2016, de um total de quatro etapas. No entanto, hoje, a meta é entregá-la até 2021. O motivo do atraso foi em decorrência dos investimentos em obras para captação e distribuição de água no decorrer da crise, admitiu a Sabesp.

Nesta terceira fase, 72% dos trabalhos foram concluídos, além da realização de obras de expansão da estação de tratamento de esgoto de Barueri, que é a maior do país.

Já a quarta fase está em processo de execução e tem previsão de entrega até 2025 (em 2013, a entrega era até 2018). Nesta etapa, há o projeto de um supertúnel sob a marginal Tietê, que deverá receber esgoto de grande parte do centro da cidade.

Ainda nesta mesma fase existe a meta de coletar todo o esgoto entre o município de Suzano e a barragem da Penha, na capital paulista, praticamente. A poluição do rio nesses locais prejudica a qualidade da água em toda a região metropolitana, afirma a ONG SOS Mata Atlântica. Portanto, a Sabesp corre para assumir os contratos com cidades que possuem índices muito baixos de saneamento.

Sistema de esgoto municipalizado

Guarulhos é a segunda maior cidade paulista e se enquadra nesta questão. Há anos, a região conta com um sistema de esgoto municipalizado e não consegue progredir no saneamento, além de ter grande parte de seu esgoto lançado no Tietê. Prova disso é que até hoje não se sabe ao certo o real volume de esgoto tratado em relação ao que é gerado pelo município (estima-se que seja em torno de 10%). Sobre isso, Stela Goldenstein, coordenadora do 2030 Water Resources Group, vinculado ao Banco Mundial, afirmou ao à Folha:

“Não há problema em uma cidade ter o serviço de esgoto municipalizado. O problema é quando essa cidade não consegue dar conta do problema”.

Os técnicos da Sabesp se preocupam com a atual condição da infraestrutura de saneamento em Guarulhos. Eles não descartam a possibilidade de ser realizada uma auditoria técnica para identificar em que estágio se encontra as tubulações e outras instalações, antes de iniciar qualquer avanço no local. A Sabesp também está de olho nos contratos de saneamento de Mogi das Cruzes.

Bacia do rio Pinheiros

A quarta etapa do Projeto Tietê também está a universalização da bacia do rio Pinheiros. O objetivo deste processo é investir R$ 1,5 bilhão em contratos, cada um deles em uma área diferente da bacia do rio, onde residem aproximadamente 3,3 milhões de pessoas.

As companhias que trabalharem nessas regiões terão que assumir planos de melhora da qualidade dos córregos e rios de onde atuam, baseados em um modelo de remuneração por performance. No entanto, terão de lidar com a dificuldade de levar canos de esgoto para áreas de ocupação irregular, onde não existe espaço físico para se trabalhar.

No mês passado, a Sabesp vistoriou uma obra no limite de São Paulo com Taboão da Serra. Operários construíram ali um túnel de 1,20 metro de diâmetro e que deve receber o esgoto daquela região. Hoje, ele é descartado no córrego Pirajuçara, que é o afluente mais poluído do Pinheiros.

No entanto, o recomendável é que fossem construídos dois túneis para receber esgoto, cada um ao longo das margens do córrego. Porém, neste trecho do Pirajuçara é espremido por casas construídas em áreas irregulares. Portanto, a solução escolhida foi abrir um único túnel que faz uma espécie de zigue-zague sob o córrego.

Contudo, há locais que o acesso às obras é ainda mais difícil. A Sabesp estima que 3 milhões de pessoas em São Paulo residem em áreas irregulares. Na visão de Goldenstein, uma das possíveis soluções seria urbanizar as favelas. Com isso, seriam abertos espaços para estruturas de saneamento.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Reprodução / TV Globo

Cerrado é restaurado por coletores de sementes de MG

cerrado é restaurado por coletores de sementes de mg

Cerrado mineiro resgata sua tradição, além da luta de comunidades de todo o país para preservarem os locais de biodiversidade, considerado como a savana global mais rica em espécie

Conhecido como “berço das águas” ou “caixa d’água do Brasil”, o Cerrado é um bioma que acolhe oito das 12 regiões hidrográficas brasileiras e ainda abastece seis das oito grandes bacias do país.

Atualmente, o Cerrado possui mais de 50% de seu território original devastado. Com isso, suas comunidades lutam para que a biodiversidade seja preservada. A região é considerada a savana global mais rica em espécies.

Habitantes do Cerrado

A população que habita os 11 estados do Brasil cobertos pelo Cerrado (24% do território nacional) é quem realmente conhece e guarda o patrimônio ecológico e cultural da região.

É o caso da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Nascentes Geraizeiras, na região de Alto Rio Pardo (MG), um dos Territórios da Cidadania atendidos pelo projeto Bem Diverso. Seu trabalho é um exemplo do que está sendo feito no país pela recuperação do Cerrado.

Território da Cidadania Alto Rio Pardo

O Território da Cidadania Alto Rio Pardo é formado por 15 municípios: Berizal, Curral de Dentro, Fruta de Leite, Indaiabira, Montezuma, Ninheira, Novorizonte, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Salinas, Santa Cruz de Salinas, Santo Antônio do Retiro, São João do Paraíso, Taiobeiras e Vargem Grande do Rio Pardo.

Com o passar dos anos, estas áreas foram comprometidas por atividades florestais nada sustentáveis, entre as quais: mineração de quartzo e monocultura de eucalipto. Hoje, a RDS possui um grupo de coletores de sementes, nativas do Cerrado, que são usadas com o intuito de restaurar as áreas degradadas.

Segundo Nondas Silva, consultor técnico do projeto, a disseminação dessas sementes pelos coletores obtém sucesso em locais em que elas não pudessem germinar naturalmente. Ele ainda completou em entrevista à ONU:

“Paralelamente, você gera renda para as populações locais, que tradicionalmente dependem do Cerrado, como extrativistas de frutos, por exemplo. Assim, a gente combina recuperação das áreas e valorização da cultura”.

Como funciona a restauração do Cerrado

O processo de restauração do Cerrado é feito pela técnica de semeadura, considerada recente. Antigamente, isso era feito por meio de mudas, que apresentava diversas dificuldades, desde as despesas até a disponibilidade das mudas.

Já o processo atual de semeadura direta possui baixo custo, pois não é necessário investir em mão de obra, irrigação e viveiros. Somente é preciso ter uma equipe de coletores que realmente conheça e saiba avaliar os diferentes tipos de sementes e possuir um local adequado para seu armazenamento até o momento de seu plantio.

Portanto, empresas que agem desta forma ganham um incentivo ainda maior ao cumprir a legislação ambiental vigente ao restaurar o Cerrado, reduzindo seu passivo.   

A semeadura direta também proporciona uma expansão da diversidade de espécies e o adensamento da restauração. Além disso, com o dinheiro vindo da venda de sementes, são repassados ás famílias de coletores do cerrado. Com isso, os mais jovens são incluídos na negociação, estimulando suas capacidades empreendedoras e fortalecer seus laços e raízes com as tradições geraizeiras.

Quem são os geraizeiros

Os habitantes das “Gerais” são chamados de gerazeiros e residem na região de chapadas do Cerrado norte-mineiro, que cobre boa parte do Território Alto Rio Pardo. Eles têm forte conexão com a terra, pois a manejam há séculos por meio do extrativismo de produtos do Cerrado. Fora isso, também criam animais à solta nas terras comunais das chapadas e de suas encostas. Por fim, atuam no estabelecimento de roças, quintais e currais nas áreas de baixadas, que é onde constroem suas casas.

Esses povos se ajudam entre si, como uma relação de parentesco, fazendo trocas de plantas e de conhecimentos ligados à natureza e à vida gerazeira. Além disso, ainda mantêm laços de comércio históricos e de trocas com os catingueiros, situados na Baixada São Franciscana e com as comunidades tradicionais do Vale do Jequitinhonha.

RDS Nascentes Geraizeiras

Os coletores do Cerrado da RDS Nascentes Geraizeiras estão situados nos cerca de 38.177 hectares, pertencentes aos municípios de Montezuma, Rio Pardo de Minas e Vargem Grande do Rio Pardo, que constituem a reserva. Delimitada a partir de 2017, a área estimula a proteção a conservação dos recursos naturais usados por mais de 20 comunidades tradicionais que atuam no extrativismo sustentável para geração de renda e segurança familiar.

Projeto Bem Diverso

O projeto Bem Diverso é uma parceria entre o PNUD e a Embrapa. Tem por principal objetivo conservar a biodiversidade do país e ainda gerar renda às comunidades tradicionais e aos agricultores familiares.

Fonte: ONU

*Foto: Divulgação / Valdir Dias – Rede de Comunicadores Geraizeiros do Território Alto Rio Pardo

Idosos ganham mais autonomia com Internet das Coisas

Com o passar do tempo, as pessoas da terceira idade requerem um maior cuidado. Muitos conseguem dispor do serviço de enfermeiros ou familiares. Mas os que ficam sozinhos em casa é necessário redobrar a atenção. Por isso, que os idosos ganham mais autonomia se conseguirem ser monitorados sem que estejam a par de tudo.

Esta prática já acontece na Itália, em Bolonha. O Centro Diurno Borgo Del Sasso, que é uma casa de repouso de lá realizou um teste com residentes do local. O experimento foi administrado pela equipe da professora Alessandra Costanzo.

Como funcionou

Em uma sala de estar que foi modificada para o teste, 19 pessoas, entre idosos autossuficientes, dependentes e seus cuidadores tomaram conhecimento do sistema HABITAT. A sigla em tradução para o português significa: Assistência Domiciliar Baseada na Internet das Coisas para a Autonomia de Todos. Este projeto foi custeado pela região de Emilia-Romagna, pertencente à Bolonha. Este local propõe várias soluções tecnológicas com o objetivo de monitoramento. Com isso, idosos ganham mais autonomia na hora de realizar suas tarefas diárias.  

Idosos ganham mais autonomia

A plataforma HABITAT agrega novos tipos de mobiliário que dispõe de funções conectadas a objetos comuns do dia a dia. Este sistema é todo comandado em função de uma infraestrutura transparente ao usuário. A iniciativa pode prorrogar ou até mesmo evitar que seus moradores tenham que ser transferidos para instituições de longa permanência, como as casas de repouso ou asilos. O advento vem para contribuir a uma assistência domiciliar.

Internet das Coisas

No local desejado para instalação desses equipamentos, um interruptor esconde um potente sistema de localização interno. O aparelho mede a radiofrequência, que conclui o posicionamento do idoso em tempo real. Além disso, uma poltrona pode emitir um alerta quando a pessoa está sentada de forma que prejudique sua coluna. Também há um cinto equipado com sensores que mede movimentos internos e externos. Já um celular pode possuir sistema de inteligência artificial para emitir todas as informações necessárias a familiares, ao cuidador ou ainda a um centro de saúde. Tudo isso depende da situação de cada idoso.

O protótipo final do projeto ainda será testado em contextos da vida real. Para isso, nova bateria de testes envolverão usuários finais e serão realizados nas dependências da ASC Insieme, entidade pública voltada à cidadania da região do Vale do Reno.

Objetos inteligentes

Os tipos de objetos inteligentes foram determinados a partir das necessidades dos usuários. A plataforma gera relatórios diários e com isso os idosos ganham mais autonomia. Entre as verificações do cotidiano apontadas pelo sistema, está a quantidade de vezes que a pessoa adentrou a zona vermelha, ou seja, transitar por locais que apresentem algum risco. Além disso, o aparelho detecta se os remédios foram tomados na hora certa; se foi realizada atividade física no dia; quantas horas de sono; se realizou as refeições e se está se sentindo bem disposto. O sistema também faz recomendações, como: “Que tal tomar um pouco de ar fresco amanhã?”.

Outros sistemas de internet das coisas

Não é só o HABITAT que disponibiliza monitoramento e dá mais autonomia aos idosos. Existem no mercado outras soluções e a lista é vasta. Entre os destaques estão inclusos: Ellie Q, Gosafe2, Grandcare Systems, Jon, Ondotermoband, Senior Lifestyle System, Silver Fox, Silver Mother e Tempo.

O Brasil também possui alguns sistemas de monitoramento remoto. No entanto, estas soluções são menos sofisticadas ainda. Mas que possibilitam a cuidadores ou familiares acompanhar o dia a dia e as condições de saúde dos idosos, como o rastreador Igo, que custa cerca de R$ 740.

Já em Lisboa, em Portugal, o projeto-piloto Geosenior foca no comércio local com os idosos dos bairros. O sistema está sendo desenvolvido, na Serra da Estrela, região central do país. Com isso, açougues (talhos), café, farmácias e pequenos mercados participam de uma rede digital de resposta. Eles informam qualquer alteração no cotidiano de seus clientes mais velhos.

Fonte: Blog Folha

*Foto: Divulgação / HABITAT

Pulverização aérea para combater dengue é validada pelo STF

pulverização aérea para combater dengue é validada pelo STF

PGR tentou impedir ao votar que a trata-se de um ato inconstitucional a cerca da prevenção da dengue e que pode afetar a saúde e o meio ambiente

Foi decidido no mês passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a validação de um trecho de uma lei de 2016 que autoriza a pulverização aérea de substâncias que ajudem no combate da dengue provocada pelo mosquito Aedes aegypti. Esta medida vale para casos iminentes de perigo à saúde pública, que também inclui a transmissão dos vírus da chikungunya e da zika.

Combate à dengue

No entanto, o STF aprovou a medida contanto que seja provado cientificamente da eficácia da pulverização aérea, que já vem expressado na mesma lei, além de autorização prévia das autoridades sanitária e ambiental.

Posição da PGR

Porém, os ministros julgaram uma ADI (ação direta de inconstitucionalidade) ajuizada pela Procuradoria-Geral da República, que contestou a autorização para tais dispersões a bordo de aeronaves.

A PGR entende que neste caso não há comprovação científica de que essa solução seja eficiente. Portanto, a pulverização aleatória poderia gerar riscos à saúde da população e ao meio ambiente.

O texto da lei de 2016 diz o seguinte sobre o tema discutido no STF mês passado, em relação ao combate à dengue e demais doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti:

“permissão da incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida”.

Votos dos ministros

Para a ministra Cármen Lúcia, relatora da ação, a PGR está correta e votou por declarar inconstitucional o trecho da lei sobre a pulverização aérea, que ela ainda ressaltou:

“Tem-se quadro de insegurança jurídica e potencial risco de dano ao meio ambiente e à saúde humana pela previsão normativa de controle do mosquito Aedes aegypti pela dispersão de produtos químicos por aeronaves”.

Na mesma linha pensamentos, seguiram os ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Em contrapartida, os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luiz Fiux e Marco Aurélio votaram pela constitucionalidade da lei e julgaram improcedente a ação da PGR.

Meio termo

Já um terceiro grupo de ministros votou de um modo que considera o trecho da lei constitucional, mas desde que a dispersão de substâncias via aérea se assegure de tal necessidade. Além disso, que a medida tenha autorização prévia tanto do órgão ambiental quanto do órgão sanitário competente.

Portanto, foi esse o voto que prevaleceu para que este trecho da lei de 2016 fosse validado pelo STF. Os ministros que votaram nesta última alternativa foram: Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e o presidente da corte, Dias Toffoli. Sobre isso, Toffoli disse à Folha de S. Paulo, na ocasião:

“Conforme noticiado na data de hoje, a incidência da dengue no Brasil aumentou 600% em um ano”.

Ele se baseou em uma matéria veiculada pelo site UOL, pertencente ao Grupo Folha.

Dados oficiais de fim de agosto sobre a dengue

De acordo com informações oficiais, até o dia 24 de agosto, foram diagnosticados no Brasil 1.439.471 casos de dengue, o que equivale a 690,4 casos a cada 100 mil habitantes, que resultou em 591 óbitos. Com isso, o índice representa uma alta de 599% durante os meses de janeiro e agosto, que já durante o primeiro semestre do ano tinha sido alertado pelo Ministério da Saúde. Na ocasião, o órgão havia divulgado um crescimento de 163%, principalmente nos estados de Minas Gerais e São Paulo.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Reprodução / Emphyrio – Pixabay

Facebook revela por que usuários desistem de compras online

facebook revela por que usuários desistem de compras online

As empresas, como sites de comércio eletrônico lidam diariamente com a desistência da compra de produtos por parte de internautas. Recentemente, o Facebook realizou um estudo onde aponta quais são os principais motivos para que os consumidores deixem de finalizar a compra de um produto em sua loja para comprar do concorrente.

Pesquisa do Facebook

O valor aproximado no estudo sobre o custo de chance para as empresas que atuam com vendas de artigos pela internet no Brasil é de R$ 38 milhões. No entanto, nos últimos sete meses, 46% dos usuários desistiram de finalizar uma compra por vias digitais.

Os negócios que funcionam por meio de um e-commerce revelam que existem três principais motivos para que as vendas não sejam concretizadas. São eles: dados insuficientes sobre o produto; falta de disponibilidade do artigo desejado pelo cliente, como o tamanho específico de uma roupa ou sapato, por exemplo; e o serviço de busca do site que oferece o produto em questão.  

Outras dificuldades

Para aproximadamente metade dos consumidores, o que representa 48%, deixaram de comprar um produto na internet por encontrar dificuldade na hora de preencher seus dados pessoais para conseguirem realizar o pagamento. Entre as reclamações que o Facebook identificou, estão: acusação de erro ao completar as transações, opções restritas de entrega, além de um valor de frete bastante alto para receber o produto em casa.

Já para os consumidores na faixa dos 50 anos de idade, o estudo da rede social revelou que 76% desistiram de finalizar uma compra online quando seu meio de pagamento escolhido não é aceito pelo site. Além disso, para 48% das mulheres entrevistadas pelo Facebook, uma das principais queixas é que as lojas em que elas tiveram interesse de comprar algo, geralmente, não possibilitam salvar as escolhas de produtos que elas desejam para ficarem armazenadas nos carrinhos digitais e poderem concretizar a compra em outro momento.

Principais pontos de atrito encontrados pelo Facebook

A pesquisa do Facebook ainda indicou que os principais motivos para que tenha tanta desistência em procedimentos de compras em lojas online é que são produtos entregues incompletos ou danificados (75%); plataforma de pagamento que inspira desconfiança ao cliente (71%); falhas e atrasos em transações (59%); produto sem estoque (54%) e meio de pagamento escolhido inexistente (54%).

Problemas das lojas físicas

Já nos pontos comerciais físicos, os principais problemas encontrados pelo Facebook a partir desta pesquisa foram: a impossibilidade de provar ou trocar um produto; o artigo de desejo estar em falta naquele instante; e vendedores que não são cordiais com os clientes.

Esse estudo realizado pela rede social de Mark Zuckerber teve por objetivo poder ajudar as marcas que negociam produtos em suas mídias, especialmente em datas comemorativas, consideradas de suma importância para o comércio online, como a Black Friday, que ocorre todo ano, sempre no fim do mês de novembro.

Fonte: revista EXAME

*Foto: Divulgação

STJ diz que motoristas não têm vínculo empregatício com a Uber

stj diz que motoristas não têm vínculo empregatício com a uber

Por decisão do órgão, fica estabelecido que motoristas não são empregados da empresa Uber, e sim microempreendedores individuais que prestam serviço para a mesma e, portanto, não há qualquer tipo de vínculo empregatício

Recentemente, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu por unanimidade que há vínculo empregatício entre motoristas e a Uber. Com isso, fica estabelecido que os condutores são microempreendedores individuais, e não colaboradores da empresa de transporte por aplicativo. Portanto, desde então qualquer disputa legal deve ser encaminhada a um tribunal da Justiça Cível e não da Justiça do Trabalho.

Sobre isso, o ministro Moura Ribeiro justificou em sua decisão:

“Os motoristas de aplicativo não mantêm relação hierárquica com a empresa Uber porque seus serviços são prestados de forma eventual, sem horários pré-estabelecidos e não recebem salário fixo, o que descaracteriza o vínculo empregatício entre as partes”.

Não há vínculo empregatício

Ribeiro ressalta que a modalidade de economia compartilhada é uma novidade no mercado, em que os aplicativos de companhias de tecnologia funcionam como intermediários para quem quer prestar serviços a outras pessoas, e isso engloba o trabalho prestado pela Uber, em parceria com motoristas, sem ter vínculo empregatício.

Portanto, o ministro ainda diz que a Uber não será obrigada a pagar direitos trabalhistas aos motoristas, quem envolveriam questões, como: aviso prévio, férias, FGTS e multa rescisória.

Com isso, o Superior Tribunal de Justiça também determinou que o órgão responsável por resolver possíveis disputas entre a companhia de app e motoristas é a Justiça Cível. Pois, se houvesse vínculo empregatício, estas ações seriam encaminhadas à Justiça do Trabalho. A decisão foi de comum acordo entre todos os ministros que fazem parte da Segunda Seção do STJ e que se tornou pública no início de setembro.

Decisão do STJ

A decisão foi proferida baseada em um caso que foi o primeiro deste tipo a ser levado a um tribunal superior no país. Com isso, outras ocorrências devem ser influenciadas em instâncias de primeiro e segundo grau. Mais de 250 processos na Justiça do Trabalho já definiram que não há vínculo empregatício entre a companhia e condutores parceiros, de acordo com informações da própria Uber.

A partir disso, o STJ avaliou o vínculo entre motoristas e a empresa de transporte por aplicativo, em virtude de um processo que já tramitava na Justiça estadual de Minas Gerais. A ação foi movida por um motorista que havia sido suspenso da plataforma da empresa sob alegação de má conduta de comportamento e da utilização do app. Com isso, o condutor resolveu mover um processo por danos morais.

Todavia, o tribunal estadual não se analisou capaz de julgar tal caso por compreender que se tratava de uma relação de trabalho. Portanto, o processo foi parar na Justiça do Trabalho, que também renunciou a decidir o caso. Pois, para ela não havia vínculo empregatício entre as partes. Consequentemente, o caso foi parar nas mãos do STJ.

Fonte: Tecnoblog

*Foto: Divulgação

99 e Uber faturam quase o mesmo que transporte público em SJC

99 e uber faturam quase o mesmo que transporte público em sjc

Faturamento próximo já é uma realidade de companhias como 99 e Uber, em relação ao transporte público de São José dos Campos (SP)

Empresas que dispõe serviço de transportes privado por aplicativo, como 99 e Uber têm faturado quase o mesmo que as tradicionais companhias de ônibus municipais da cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. A afirmação é do prefeito Felício Ramuth (PSDB).

99 e Uber

A cidade só dispõe dos serviços de transporte por app das empresas 99 e Uber. Juntas, elas conseguem fatura aproximadamente R$ 14 milhões por mês. Já os ônibus urbanos, em que 390 veículos circulam por toda área do município, arrecadam R$ 15 milhões em tarifas por mês.

De acordo com Ramuth, em declaração ao jornal Folha de S. Paulo:

“A tendência é que os aplicativos ultrapassem o total faturado pelas empresas de transporte público coletivo até o fim do ano”.

Apps x transporte público

São José dos Campos possui atualmente 713 mil habitantes. Com isso, a utilização dos apps 99 e Uber têm aumentado. Em contrapartida, a procura por transporte público tem sido menor. Do início de 2017 para cá, a demanda pelo serviço de transporte via aplicativos quadruplicou. No entanto, durante o mesmo período, os ônibus tiveram suas viagens reduzidas entre 12% e 15%.

O prefeito afirma que antes a maioria dos usuários de aplicativos já não utilizavam nem táxi nem ônibus. Com isso, uma parte deles optou pelos carros sob demanda, assim que o serviço entrou em vigor na cidade, do que os veículos da rede pública. No entanto, outros fatores pesam também para a queda do número de passageiros do transporte público. Entre eles, o desemprego e o aumento na tarifa. Pois, 60% das viagens de ônibus são pagas com vale transporte, em São José dos Campos.

Taxas

Uma taxa de 1% sobre as corridas de aplicativos feitas pelas empresas 99 e Uber é cobrada pela cidade. Já as companhias de transporte público são isentas de impostos municipais.

O prefeito ressalta:

“O dinheiro arrecadado dos aplicativos vai para um fundo voltado para a mobilidade, mas é insuficiente para compensar os gastos do sistema de ônibus”.

Prefeitura de São José dos Campos

Diferente da capital paulista, a prefeitura de São José não dá subsídio aos ônibus. Portanto, toda a despesa é coberta pela arrecadação de tarifas.  

A prefeitura prepara a criação de um corredor de ônibus, no intuito de atrair mais passageiros. Além disso, irá adaptar as normas da nova licitação do transporte público. Com isso, haverá possibilidade de abrir espaço para ideias inovadoras, como o transporte por vans chamado via aplicativo. Em 2021, devem entrar em vigor esses novos contratos.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação

Carrefour Espanha adota sacos de algodão em vez de plásticos

carrefour espanha adota sacos de algodão em vez de plásticos

Medida da rede de supermercados em oferecer os sacos de algodão visa eliminar cada vez mais o uso do plástico de suas atividades

Agora, o Carrefour Espanha não disponibiliza mais as famosas sacolinhas de plásticos para os consumidores colocarem suas compras do setor de hortifruti. Em vez disso, a empresa adotou o sistema de sacos de algodão para pesar e comprar frutas e verduras. Com isso, a meta da cadeia de distribuição de alimentos é diminuir a utilização de embalagens plásticas pelo menos nesta seção do supermercado. 

Sacos de algodão

A proposta é que os frequentadores das diversas unidades do Carrefour Espanha adquiram seus próprios sacos de algodão que são reutilizáveis. Sendo assim, eles não terão mais que utilizar as sacolas plásticas a cada vez que forem ao mercado. Esta atitude da rede supermercados espanhola a coloca como sendo a primeira no país a oferecer esta opção mais sustentável a seus consumidores. Além disso, a empresa foi pioneira em permitir que seus clientes utilizassem as próprias sacolas para levarem suas compras para casa. Não somente da seção de hortifruti, mas também dos departamentos de açougue, charcutaria, peixaria e refeições prontas.

Sustentabilidade

O Grupo Carrefour visa reforçar seu compromisso em disponibilizar soluções cada vez mais sustentáveis para suas operações, na intenção de fazer sua parte para reduzir danos ao meio ambiente.

No Brasil, a empresa multinacional também atua com diversas alternativas neste mesmo segmento. Segundo a companhia, até o final deste ano, todo o fornecimento de produtos orgânicos vai priorizar o uso de materiais biodegradáveis e recicláveis. Ao adotar esta medida, aproximadamente 51 milhões de bandejas de isopor serão substituídas por opções mais ecológicas.

Dentre as novas alternativas seguidas pela rede Carrefour brasileira estão:

  • Caixas de papelão para os produtos comprados via e-commerce;
  • Copos, canudos e mexedores feitos com papel;
  • Embalagens de papelão ondulado para os produtos orgânicos;
  • Folhas de papel e de plástico de polietileno (material reciclável e apto para ser separado junto à coleta seletiva) para frios e queijos fatiados;

Também é prática da rede de supermercados incentivar que seus consumidores levem suas próprias sacolas retornáveis na hora de realizar as compras. Isso também vale para os produtos, como frutas secas a granel.

Como usar os sacos de algodão

Para que os sacos de algodão durem por mais tempo e sejam reutilizados diversas vezes, eles podem ser lavados. Na Espanha, um pacote com três unidades da opção sustentável custa 3,99 euros. A companhia deixa claro que se preocupa com questão da redução do uso do plástico. Por isso, ela decidiu tomar a atitude de eliminar de vez este tipo de material poluente na seção de frutas e legumes, que também se estende ao setor de orgânicos.

Outros recipientes

Já em relação aos materiais para preservar alimentos como azeitonas e picles, a companhia passou a adotar recipientes de vidro, no lugar dos de plástico. Recentemente, a empresa eliminou o uso de sacolas plásticas para colocar produtos como bananas, pepinos, entre outros. Em vez disso, eles agrupados com o auxílio de uma pequena faixa.

Até o momento, de acordo com o Grupo Carrefour, a redução de plástico atingida por essas iniciativas ultrapassou os 80%. Portanto, é possível buscar soluções que impactem cada vez menos o meio ambiente.

Fonte: Site da Asse RJ

*Foto: Divulgação