Taxa Selic ficou em linha com o consenso de mercado (Broadcast+)
Na semana passada, o Banco Central (BC) aninciou, de modo unânime, que manteve a Selic inalterada em 10,5% a.a., o que significa que ficou em linha com o consenso de mercado (Broadcast+).
Taxa Selic mantida
Sendo assim, com a decisão de não alterar a taxa Selic também reflete um ambiente externo incerto, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas que precisam de acompanhamento diligente e ainda maior cautela. Além disso, foi reforçada a necessidade de manter a política monetária contracionista por tempo suficiente em patamar com o propósito de consolidar o processo de desinflação e também a ancoragem das expectativas em torno da meta.
Contudo, o Comitê reforça ainda que eventuais ajustes futuros nas taxas de juros serão pautados pelo compromisso de convergência da inflação para a meta, dando prosseguimento a instância de condução da política monetária mais dependente dos dados.
Cenário externo
Já em relação ao cenário externo, o Comit~e analisa se mantém mais adverso, em razão da incerteza acerca dos impactos e a ampliação da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos, além das dinâmicas de atividade e de inflação em vários países. Portanto, o Comitê segue reforçando que os bancos centrais das principais economias continuam promovendo a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente marcado por pressões no mercado de trabalho, o que demanda maior cautela por parte de países emergentes. Em relação ao cenário doméstico, o Comitê segue avaliando que a atividade econômica e o mercado de trabalho apresentam dinamismo maior do que o esperado. Porém, alterou o comunicado ao pontuar que o processo de desinflação da medida de IPCA cheio tem arrefecido nos últimos meses, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta.
Cenário alternativo
E quando se fala em cenário alternativo, há a manutenção da Selic em 10,5% ao longo de todo o horizonte relevante (1T26), as projeções de inflação do Copom situam-se em 3,4% ao final de 2025 (+0,3 p.p. em relação ao comunicado anterior) e em 3,2% no primeiro trimestre de 2026.
Último comunicado
No último comunicado, foi mencionada mudanças no balanço de riscos para a inflação. Os novos riscos estão relacionados a uma desancoragem das expectativas de inflação por um período mais extenso e também de uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que possuam impacto inflacionário.
Por fim, o comunicado veio de forma mais pacífica do que o esperado pelo mercado, por conta da sinalização de que a deterioração recente dos fundamentos da economia não foi suficiente para gerar um viés altista para o balanço de riscos inflacionário.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/mao-segurando-uma-seta-de-crescimento-com-moedas_11383316.htm#fromView=search&page=1&position=9&uuid=ae63cd39-0967-4b99-bfbc-0304c3b716f6