Sindicância de fura fila na vacinação: dois agentes de SP são afastados

Uma sindicância de fura fila na vacinação levou dois oficiais do 32º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I) em Assis (SP) a serem afastados. A verificação foi aberta nesta semana e apura se houve fraude na vacinação para profissionais das forças de segurança. Além disso, as suspeitas levantadas até o momento são de que parentes de alguns agentes foram até o batalhão receberem doses do imunizante contra Covid-19.

Sindicância de fura fila na vacinação

Segundo nota divulgada ontem (15), a Polícia Militar de São Paulo disse ter recebido “com perplexidade” a informação de que familiares de policiais teriam sido vacinados na chamada “xepa”. Em geral, quando são aproveitadas algumas doses restantes de três frascos já abertos ao final das atividades do dia.

A corporação afirma:

“A operação de vacinação dos profissionais de segurança pública exigiu minucioso planejamento e primorosa execução para imunizar mais de 140 mil agentes em 83 postos de vacinação nos quartéis em 10 dias.”

Ela lembra ainda que o suposto uso indevido “contraria determinações claramente emanadas pelo comando da Polícia Militar”. E acrescentou também:

“A instituição não compactua com desvios de comportamento e o caso está sendo rigorosamente apurado.”

Posicionamento da PMSP

Contudo, a PMSP ressaltou ter seguido “as recomendações do PNI (Programa Nacional de Imunizações) e do PEI (Plano Estadual de Imunização) para vacinação contra a Covid-19, assim como os protocolos técnicos de ambas as instâncias”.

Prefeitura de Assis

Na segunda-feira (12), a prefeitura de Assis disse que vai seguir o pedido do Ministério Público de São Paulo. Sendo assim, ela divulgará a lista dos profissionais de Segurança Pública vacinados contra Covid-19. Em um comunicado, o governo municipal destacou não ter participado “de nenhum critério ou avaliação de elegibilidade para a vacinação” do grupo mencionado.

O texto diz ainda:

“Todo o direcionamento, local e horário, organização da fila, pré-cadastramento e registro no sistema VaciVida ficou de total responsabilidade da Policia Militar e da equipe da Penitenciária de Assis.”

Entretanto, o governo municipal diz que foi de sua responsabilidade “apenas realizar a aplicação do imunizante em parceria com a Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado (GVE 13 – Assis), pois a Policia Militar não tinha profissional qualificado para este fim”.

“Já a Penitenciária de Assis, que dispõe de uma equipe de saúde, realizou a aplicação da vacina de seus servidores.”

*Foto: Divulgação