Retorno da fita K7 volta a movimentar a indústria fonográfica

Um pequeno objeto capaz de reproduzir sensações de amor, alegria, e até tristeza, assim podíamos nos referir à fita k7.

Com seu auge mundial entre as décadas de 70 e 80, a fita cassete de áudio retorna ao mercado fonográfico.

Assim como o disco do vinil, as fitinhas de cor preta e laranja, voltaram a ser fabricadas. Uma das empresas responsáveis pelo fenômeno, é a francesa Mulann, situada na comuna de Avranches.

Em 2017, a pequena companhia de apenas 40 funcionários foi procurada por diversos profissionais da indústria fonográfica. O motivo era que somente eles eram especializados na produção de fitas magnéticas para outros setores da economia, na França.

O CEO da Mulann, Jean-Luc Renou admitiu que não sabia que esse mercado tinha voltado a ser aquecido e viu uma grande oportunidade de negócio. A partir daí, designou cinco funcionários para desenvolver a melhor forma de fabricação das fitas magnéticas para o formato de uma fita k7.

Atualmente, a empresa exporta as fitinhas “vintage” para diversos lugares do mundo. Locais como Reino Unido, Alemanha, Suécia, Malta, Estados Unidos, Israel e até para o Uzbequistão, estão entre os clientes.

A Mulann aumentou seu faturamento ao atender este ramo tão lucrativo do mercado, movimentando cerca de 5 milhões de euros.

ARTISTAS QUE VOLTARAM A GRAVAR ÁLBUNS EM K7

Com o retorno financeiro, além do culto ao passado, grandes músicos decidiram gravar seus álbuns mais recentes também neste formato.

No Brasil, artistas como Nando Reis, a cantora Pitty e banda Planet Hemp apostaram na proposta. E decidiram reviver esta época que teve seu auge nacional nos anos 80. Por aqui, as fitas foram lançadas pela gravadora Polysom no ano passado ao custo de R$ 49,90 cada.

No exterior, o revival aconteceu pelo último disco do grupo de rock britânico Arctic Monkeys, “Tranquility Base Hotel & Casino”.

Recentemente, a trilha sonora do filme “Bohemian Rhapsody” saiu em K7, para delírio dos fãs desse período tão emblemático da música.

WALKMAN + CANETA ESFEROGRÁFICA

Quem não sente saudade de quando a fita embolava toda no walkman? A solução era pegar a primeira caneta que visse para rebobiná-la manualmente. E ainda torcer para não ter estragado seu álbum favorito, por exemplo.

Para os que nasceram na segunda metade da década de 90 com certeza não viveram esta fase e nem saberiam dizer para que serve uma caneta junto a uma fita K7.

Hoje em dia temos a mania de ficar pulando várias faixas ao escutar um disco por meio do Spotify ou Deezer.

Com o retorno desse objeto que nos remete ao passado em fração de segundos, voltaremos a ouvir todas as músicas em sequência do artista.

*Foto: Ilustração