Plataforma de videoconferência zoom aposta em mercado de hardware

Empresa norte-americana aposta no mercado de hardware ao lançar produto para melhorar a qualidade das chamas de vídeo

Com um alto crescimento durante a pandemia da Covid-19, a startup norte-americana Zoom Video Communications pretende ampliar seus negócios, com foco em outras áreas. Nesta semana, a empresa de tecnologia anunciou uma linha de dispositivos com a finalidade de facilitar as videoconferências realizadas na plataforma. Sendo assim, a startup também mira o mercado de hardware para crescer ainda mais.

Aposta no mercado de hardware

Chamada de Zoom for Home, a linha de produtos está sendo desenvolvida em uma parceria com a empresa americana DTEN. Já a previsão de lançamento será em agosto, para o primeiro dispositivo fabricado. No caso, trata-se de um monitor de 27 polegadas com tela sensível ao toque e equipado com três câmeras grande-angulares de alta definição, além de oito microfones. O preço sugerido do aparelho será de US$ 599.

Portanto, a empresa poderá facilitar ainda mais as videoconferências para trabalho remoto, interação familiar ou ainda para ensino à distância em tempos de pandemia.

Entrada curiosa

Todavia, a aposta da Zoom no mercado de hardware é no mínimo curiosa, pois ela não chega a ser surpreendente. Vale ressaltar que outras companhias de tecnologia também apresentaram produtos similares a fim de facilitar a realização de chamadas de vídeo. É o caso da Amazon, que desenvolveu versões mais equipadas do alto-falante inteligente Echo. Já o Facebool tem o Portal, que é o seu próprio dispositivo voltado a videoconferências.

No entanto, é importante destacar que há um certo contraponto neste tipo de estratégia da Zoom ao ser comparada com a de outras gigantes do mercado que também desejam migrar do hardware para o software.

Um exemplo disso é a Apple. A empresa americana já observava suas receitas com serviços crescerem de modo bastante acelerado, ao passo em que suas vendas relacionadas a smartphones e tablets despencavam.

No primeiro trimestre deste ano, a companhia faturou US$ 28,9 bilhões com a venda de iPhones. Porém, ao mesmo tempo, a empresa registrou o embolso de US$ 13,3 bilhões com seu setor de serviços, que diz respeito à receita de plataformas como iTunes, App Store, Apple Music, Apple Pay, entre outros. Esta já é a segunda maior fonte de renda da empresa.

Estratégia não é incomum

Entretanto, voltar a atenção para este tipo de estratégia não é considerado algo incomum. Prova disso é que apenas em 2019, o mercado de celulares recuou 0,2%. De acordo com a consultoria americana IDC, há previsão de retração entre 10% e 15% ainda para 2020. Já a consultoria Gartner estima uma queda de 14,6% no comércio global de smartphones durante este ano.

*Foto: Divulgação