FARM cria terceira colaboração voltada à sustentabilidade

O lançamento da terceira coleção da FARM em união com o projeto da estilista Gabriela Mazepa chamará “re-FARM RE-ROUPA”.

Pela terceira vez a renomada marca carioca se junta ao projeto de Mazepa, situado em São Paulo. A Re-Roupa, que tem como lema: “Transformar roupa em roupa de novo”. Além disso, ela é focada em reaproveitamento, o upcycling, e valoriza a contratação de mão de obra local.

O que esperar dessa coleção

Por utilizar a prática de upcycling, o resultado das roupas podem apresentar pequenos defeitos. Na composição delas foram usadas retalhos de corte, além de sobras de matérias-primas.

Em relação aos tops do projeto, sua confecção ganhou vida graças ao garimpo de aviamentos. Este item também fez parte da produção de camisas, macacões, quimonos, saias, túnicas e vestidos. A maioria das peças foi pensada para serem utilizadas por pelo menos duas formas diferentes. Isso faz com que as roupas tragam versatilidade no modo de se vestir e do termo “peças cápsulas”.

Sustentabilidade

Mesmo sendo a terceira parceria entre as empresas, esta é a primeira vez que a marca carioca volta uma coleção à sustentabilidade. O re-FARM teve suas peças produzidas pelas costureiras do Instituto Alinha – negócio social, que promove oficinas de capacitação de costura, na capital paulista – e pela FAB 80, que também conserta as roupas que apresentam defeitos da FARM. Os modelos foram criados um a um, compartilhando padronagens parecidas, mas unindo estampas de coleções antigas da FARM às peças novas.

Segundo a head de marketing da FARM, Taciana Abreu, que também colocou em prática a pauta de sustentabilidade, diz que a re-FARM tem o objetivo de propor uma nova forma de confeccionar e consumir roupas. Com isso, a proposta causará menos impacto no meio ambiente. Além de repensar a roupa como modo de um negócio, que possa fazer a economia girar. Por meio do re-FARM Re-Roupa, a possibilidade de testar novos conceitos de moda criativa e sustentável podem ser viabilizados.

Todo o processo criativo das cerca de 3.000 peças desta coleção foi coordenado pela Re-Roupa. Parte do planejamento foi realizado no Instituto Alinha, pois a Gabriela Mazepa é usuária desta plataforma.

Tamanho da marca

Apesar da FARM não ser uma marca gigante ela possui 70 lojas próprias, além de 1.000 multimarcas espalhadas pelo país. Para o modo operante dessa proposta re-FARM Re-Roupa ter esta amplitude de pontos comerciais geram um positivo em grande escala. Ou seja, é criar a possibilidade de mais pessoas terem acesso a este tipo de vestuário. Por conta dos fundadores tomarem as decisões e empresa não ser grande no sentido de ter que passar por várias pessoas uma simples aprovação, faz toda a diferença para a fluidez da linha de produção.

Plataforma que dá novas visões de negócio

E não é só o projeto re-FARM que faz com que a empresa se engaje cada vez mais em iniciativas sustentáveis. A companhia também está presente no site Enjoei, na intenção de proporcionar outro tipo de vida útil à suas peças. Seria o caminho inverso de uma cultura que cresce.

Outros movimentos de atuação da marca são em parceria com a Rede Asta, focada em artesanato com retalhos, e com o Banco de Tecidos, que revendem tecidos que sobraram das coleções.

Além disso, como re-FARM tem sua base em uma economia circular, faz com que o projeto esteja atrelado ao pensamento de restauração e regeneração. Sendo assim, a marca também possui parceria com a S.O.S Mata Atlântica em projetos de reflorestamento. Sobre esta união, Taciana Abreu disse ao site Modefica:

“A viscose, fibra de origem celulósica, é uma importante matéria-prima para a FARM, então precisamos olhar para as florestas e entender o impacto disso”

*Foto: Divulgação