Negócios de impacto na Amazônia, segundo a AMAZ, que já investiu mais de R$ 3,2 milhões, ajudou a conservar e restaurar mais de 3 milhões de hectares de floresta
Negócios que geram impacto social e positivo para a Amazônia contribuem para manter a floresta em pé. E ainda geram renda às populações da região. Além disso, a aceleração de negócios ajuda pequenas empresas e startups a crescerem mais rápido.
Uma dessas aceleradoras é a AMAZ, considerada a maior na região Norte, totalmente dedicada aos empreendedores e empreendedoras que atuam na região amazônica. Desde 2021, é coordenada pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam). Atualmente, a AMAZ acelera e investe em negócios que geram impactos sociais ou ambientais positivos na Amazônia Legal e Rural. Hoje, aceleradora conta com 18 negócios em seu portfólio, além de dois recém-chegados, selecionados pela Chamada de Negócios do ano passado: a Moma, de produtos clean beauty, e a Zeno Nativo, que produz castanhas e amêndoas de cacau.
Tais negócios possuem perfis e áreas de atuação diversos. Isso inclui: produtos da sociobiodiversidade, turismo, serviços agroflorestais, transporte e logística. Até o penúltimo trimestre de 2023, a aceleradora já investiu diretamente mais de R$ 3,2 milhões e alavancou R$ 5,4 milhões de investimentos de terceiros para os negócios do portfólio. Até o primeiro trimestre de 2024, o trabalho da AMAZ junto aos negócios contribuiu para a conservação ou restauração, direta ou indireta, de 3,4 milhões de hectares de floresta, beneficiando mais de 700 famílias.
Novas economias
Por outro lado, a Amazônia necessita de novas economias, com base na sociobiodiversidade, na valorização da floresta em pé e das populações que a habitam. Neste caso, o poder público, terceiro setor, academia e iniciativa privada entram na ação.
Todavia, o papel da AMAZ é fomentar, acelerar e investir em negócios que atuem desse modo, além de alavancar investimentos de terceiros para fortalecer e ampliar o impacto positivo desses empreendedores sobre a floresta.
Além disso, suas jornadas anuais têm um fato comum: são customizadas e desenhadas junto e para os empreendedores. Com isso, a cada ano, a depender do perfil e demandas dos selecionados, as jornadas são definidas de forma a gerar valor para cada negócio individualmente, e para os negócios enquanto grupo que atua na Amazônia. Ao final do processo, que dura entre seis e oito meses, os negócios passam a integrar o portfólio oficial da aceleradora.
Desafios
Empreender na Amazônia conta com muitos desafios, entre os quais estão: a logística e o transporte. Porém, ainda há a preparação e acesso a novos mercados, que podem ajudar a manter a floresta em pé.
Recentemente, esteve aberta inscrições de novas empresas para a Chamada de Negócios 2024 da AMAZ, que quer encontrar startups e negócios inovadores, que podem receber até R$ 400 mil de investimento.
São esperados negócios sustentáveis em diversos setores, mas desde que gerem soluções para os principais problemas sociais e ambientais da Amazônia, buscando conservar ou recuperar áreas de floresta, valorizar os saberes e a biodiversidade, gerar renda e qualidade de vida para as comunidades rurais e ribeirinhas.
*Foto: Reprodução/https://www.instagram.com/p/C49DAkHLPLC/