Uma das maiores revoluções apresentadas até o momento é a criação de cartões pré-pagos
Startups inovam cada vez mais no setor de serviços financeiros. Para alegria de muitos usuários estas empresas chegam para acabar com burocracias bancárias.
As fintechs, como estes modelos de empresas são chamados, tem seu maior número concentrado no Brasil. A afirmação é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que realizou o estudo “Fintech na América Latina 2018: Crescimento e Consolidação”.
Já o relatório da holding Distrito, “Fintech Mining Report 2019”, diz que o país possui 550 empresas com este perfil. Só no período de 2016 a 2018, já apareceram 231 companhias focadas no mercado financeiro.
Objetivo das fintechs
O surgimento dessas fintechs vem com o intuito de acrescentar e ensinar as pessoas a lidarem com seu próprio dinheiro. Uma das soluções encontradas para este feito é facilitar as transações financeiras, ou seja, torná-las menos burocráticas. Também é importante que elas sejam mais dinâmicas e com maior transparência em relação a recebimento de valores, transferências, investimentos e pagamentos de contas.
Além das empresas utilizarem recursos de inteligência artificial e blochchain, elas também se apoiam em outros fatores. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 116 milhões dos 209 milhões de brasileiros, possuem acesso à internet. Esta informação também é muito importante para as operações das fintechs.
Diversas alternativas
Já é uma realidade nos dias atuais os usuários não necessitarem abrir uma conta em agência e terem acesso a recursos de um banco tradicional. Além disso, eles também podem optar por contas isentas de taxas e investirem pelo próprio smartphone, via aplicativo.
Segundo o CEO do Grupo GR Discovery, Mateus Davi Pinto Lucio, em entrevista à revista Veja:
“O Brasil oferece poucas opções para os investidores. Em outros países, como nos Estados Unidos, a gama de alternativas é muito maior”.
Com isso, a empresa que atua há dez anos no país, foca seus serviços em inovação e em facilitar a vida de seus clientes. Por meio do WhatsApp, o consumidor que possui o recurso GR Exchange, consegue realizações operações no mercado de câmbio.
A companhia GR Help decidiu alegrar seus usuários com um assistente virtual inteligente. Este serviço proporciona ao consumidor uma experiência mais simples de como preencher o formulário de Imposto de Renda. Motivo de dor de cabeça para muitas pessoas todos os anos. Além disso, a fintech criou um cartão pré-pago com menos burocracia em sua aquisição, diferente dos modelos tradicionais.
Cartão sem análise
A empresa GR Card propõe ao mercado o uso de um cartão que não necessita de aprovações de gerentes. Tudo é feito a partir de um formulário online e, em seguida, a conta digital já está pronta. A fintech também não exige que o cliente possua conta em outro banco para poder abrir uma conta.
Outra facilidade da companhia é que o usuário pode carregar seu cartão a cada pagamento de boleto, por exemplo. Com o dinheiro em conta, o cliente pode efetuar pagamentos ou ainda realizar compras em um dos mais de 600 mil pontos de comércio que aceitam este cartão. As lojas podem ser físicas ou online, basta que aceitem a bandeira GoodCard. O GR Card também possibilita saques em toda a rede S&P e fazer transferências entre cartões.
Maior transparência
Além de simplificar a vida dos cidadãos, o uso de um cartão digital pode abrir mercado para pequenas empresas.
Um exemplo prático disso é o caso de uma empreiteira que utiliza serviços terceirizados. Neste caso, muitos dos gesseiros e pedreiros não possuem contas em bancos tradicionais. Além de não terem condições de abrir uma por não conseguirem apresentar um comprovante de renda que seja considerado válido por estas instituições financeiras, afirma o CEO.
Ainda de acordo com Lucio:
“Eles recebem em dinheiro ou pela conta de algum familiar. Com o produto pré-pago, o empreiteiro pode gerar dezenas de cartões, colocar nas mãos de cada profissional e fazer os depósitos para cada um deles”.
Todavia, com este recurso do cartão digital, estes prestadores de serviço poderão ter acesso a todo histórico de depósito, o que gera uma maior transparência pela empresa que os contratou.
O CEO complementa que este tipo de tecnologia foi feita para quem realmente precisa e antes não tinham acesso por exigências burocráticas de instituições tradicionais. Agora, o usuário consegue verificar saldo, realizar transações e até mesmo bloquear um cartão via site ou aplicativo da companhia. Sempre com rapidez e transparência, gerando assim a nova trajetória dos bancos.
*Ilustração: Reprodução / Morgana Miranda