14.1 milhões de desempregados correspondem à taxa de 0,8 percentuais abaixo da esperada por especialistas
No final do terceiro trimestre deste ano, o Brasil registrou 14.1 milhões de desempregados. Portanto, isso resulta em uma nova máxima recorde para o período. O aumento também é marcado pela forte procura de trabalho após a flexibilização das medidas de contenção à Covid-19.
14.1 milhões de desempregados na pandemia
Os 14.1 milhões de desempregados durante a pandemia do novo coronavírus provocou sérios danos à economia do país. Sendo assim, o mercado de trabalho será o último a se recuperar de crises, com a taxa de desemprego marcando 14,6% nos três meses até setembro, de 13,3% no segundo trimestre.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). O índice registrou o recorde da série iniciada em 2012, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
14.1 milhões de desempregados – taxa ligeiramente abaixo da expectativa
Em contrapartida, a taxa ficou ligeiramente abaixo daquela esperada em um levantamento da agência Reuters junto a especialistas. Por este estudo, a taxa seria de 14,9%.
Ao final do terceiro trimestre, o país tinha um total de 14,092 milhões de desempregados. Ou seja, um aumento de 10,2% em comparação ao período entre abril e junho, e de 12,6% sobre o mesmo período de 2019.
Sobre isso, Adriana Beringuy, analista da pesquisa, explicou:
“Em abril e maio, as medidas de distanciamento social ainda influenciavam a decisão das pessoas de não procurarem trabalho. Com o relaxamento dessas medidas, começamos a perceber um maior contingente de pessoas em busca de uma ocupação.”
Pessoas empregadas
Entretanto, o número de pessoas empregadas recuou 1,1% entre julho e setembro sobre o trimestre anterior, e 12,1% na comparação anual. Isto dá uma soma total de 82,464 milhões, menor patamar da série histórica.
Portanto, o nível de ocupação foi de 47,1% no período, que também foi o menor da série, com 47,9% no trimestre anterior. Ainda conforme o IBGE, o nível de ocupação está abaixo de 50% desde o trimestre finalizado em maio. Em suma, isso aponta que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no Brasil.
Setor privado
Em relação aos empregados no setor privado, sem carteira de trabalho assinada, somavam 9,013 milhões nos três meses até setembro, de 8,639 milhões nos três meses imediatamente anteriores.
Já os que possuíam carteira assinada no período eram 29,366 milhões, de 30,154 milhões antes, de acordo com dados do IBGE.
*Foto: Divulgação/ Helena Pontes/Agência IBGE Notícias