Redução de dívida pode contar com venda de reservas, diz Waldery

Na última sexta-feira (20), Waldery Rodrigues, secretário especial de Fazenda, disse que a venda de reservas internacionais é uma ação que está na mira do governo. Isso porque ela pode ajudar a reduzir a dívida bruta. Porém, ele ressaltou que quem decide a respeito é o Banco Central.

Na noite anterior, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que seria possível vender “um pouco” das reservas ao mencionar as medidas que poderiam ser tomadas para reduzir a relação dívida/PIB do Brasil.

Sobre isso, Waldery ressaltou que a fala do ministro “entrou num contexto de uma gestão macroeconômica mais integrada e melhor feita, melhor desenhada”.

Venda de reservas

Waldery tomou como exemplo o ano passado em que a venda de reservas pelo BC colaborou para reduzir a dívida bruta sobre o PIB em aproximadamente 2 pontos. Portanto, as antecipações de recursos do BNDES ao Tesouro colaboraram com recuo de mais 1,2 ponto, afirma o secretário.

Por isso ele defende que “são itens que entram no nosso cardápio de ações” e que o governo também lançará mão desses mecanismos “dadas as intenções, em 2021”.

Reservas internacionais

Ele ainda acrescentou sobre a venda de reservas internacionais:

“Sobre venda de reservas internacionais fala o Banco Central. Sobre ficar atento com o nível de endividamento que se expressa, o Ministério da Economia.”

Então, foram essas duas medidas que ajudaram o governo a fechar 2019 com dívida bruta de 75,8% do PIB, sobre 76,5% em 2018. Embora o déficit primário registrado no ano.

Porém, para 2020, a perspectiva é de que a dívida salte em torno de 96% do PIB, na esteira dos vultosos gastos para enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Orçamento

Todavia, durante coletiva de imprensa, Waldery disse ainda que a equipe econômica conta com a constituição da Comissão Mista de Orçamento (CMO) para apreciação neste ano do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021.

“A Comissão Mista de Orçamento deve ser constituída agora, trabalhamos com essa hipótese. Há incentivos para o Congresso aprovar tanto o PLDO, quanto também caminhar para aprovação do PLOA (projeto da lei orçamentária). Iremos aguardar.”

Congresso

O secretário acredita que o Congresso está ciente da necessidade de apreciação dos dois projetos. Isso porque ambos dão previsão legal pata a execução das emendas dos parlamentares.

*Foto: Divulgação