Recentemente, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo anunciou a intenção de negociar com os EUA o fim da exigência de vistos para cidadãos brasileiros que queiram entrar no país como turistas.
A ideia do ministro parte de uma premissa de acordo unilateral, que dispensa a reciprocidade do Brasil em exigir o visto dos americanos em território nacional.
Esta medida também visa o ingresso ao nosso país de pessoas de outros locais do mundo, como australianos, canadenses e japoneses.
Com isso, a economia gira a favor do Turismo, gerando uma receita bilionária, segundo Araújo.
Ernesto também ressalta o interesse em dialogar com autoridades americanas sobre o tratamento dado a brasileiros que visitam o país.
Hoje, por mais que a pessoa comprove toda a documentação necessária para cruzar a alfândega, mesmo assim alguns brasileiros são deportados.
A argumentação brasileira será baseada em uma conversa em que consiga apontar que não pode mais haver qualquer tipo de discriminação e desrespeito por parte dos americanos com nosso país.
Além disso, o turista brasileiro é o povo que mais gasta na terra do Tio San.
Araújo quer aproveitar a aproximação entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump para facilitar este tipo de ação.
PRIORIDADE COM OS PAÍSES QUE JÁ POSSUÍMOS ACORDOS COMERCIAIS
O ministro ressaltou que mesmo esta aproximação entre os dois países não pode interferir nas relações comerciais mantidas com outros países, como a China.
A intenção é honrar o que já foi acordado.
Há a possibilidade de criar uma competição saudável entre os chineses e americanos que são nossos parceiros em investimentos de infraestrutura. É interesse do Brasil trabalhar em todas essas frentes.
ISRAEL
Araújo deixa claro que não há nenhuma decisão confirmada sobre a uma possível transferência da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém.
Além disso, é uma questão delicada para que o país não se indisponha com as relações que já possui com os povos árabes e muçulmanos.
SOBRE A VENEZUELA
Ernesto confirma que a estratégia do Brasil é não intervir do ponto de vista militar, e sim apenas como ação diplomática e política.
E ainda ressaltou que o Brasil reconhece Juan Guaidó como presidente da Venezuela e que é uma questão de tempo a derrocada de Nicolás Maduro do poder.
*Foto: Reprodução / Flickr – Pedro França/Agência Senado