A Procter & Gamble (P&G) se vinculou ao projeto #BeCrueltyFree da organização de proteção animal Humane Society International (HSI) para impedir testes de cosméticos e produtos de higiene pessoal em animais.
A gigante de bens de consumo que reúne as marcas Gillette, Oral-B, Head & Shoulders e Pantene já investiu mais de milhões de dólares ao longo dos anos para desenvolver métodos livres de crueldade animal.
Embora a companhia tenha interrompido os testes de seus produtos em animais há tempos, os fornecedores da indústria continuam a testar ingredientes e matérias-primas em ratos e coelhos.
No ano passado, a Unilever (dona das marcas Dove, Hellmann’s, Kibon, Omo e Seda) também aderiu à causa.
No Congresso brasileiro já tramita o projeto de Lei 70/2014, para a proibição da utilização de animais para o desenvolvimento de produtos de uso cosmético para humanos e aumenta os valores de multa nos casos de violação.
Em uma pesquisa feita pela HSI e divulgada pelo IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), 66% dos brasileiros apoia um impedimento nacional de testes em animais para cosméticos, e 61% aderem que testar novos cosméticos em animais não abona o sofrimento.
Métodos alternativos
Com o avanço da ciência, hoje é possível deixar de fazer um coelho sofrer ao queimarem sua córnea para medirem a eficácia de um produto químico. Em vez disso, os fabricantes podem testá-lo em estruturas de tecido 3D similares à córnea produzidos a partir de células humanas.
Nos anos 2000, a gigante brasileira Natura foi uma das primeiras empresas do setor a extinguir os testes de cosméticos em animais. No ano passado, a companhia conquistou o selo “The Leaping Bunny”, dada pela organização Cruelty Free International, que certifica a não utilização de testes em animais ao longo de seu processo produtivo.
*Foto: Reprodução / Flickr – Mike Mozart