Florestamento no Brasil gera oportunidades de renda

Florestamento no Brasil gera oportunidades de renda

Florestamento no Brasil é tema de debate do Conexão Campo Cidade

Na segunda-feira (17), ocorreu um debate sobre a importância do florestamento como sustentabilidade ao meio ambiente e como fonte de renda vinda de diversas destinações possíveis da floresta.

O evento realizado pelo Conexão Campo Cidade contou com a participação de José Carlos Fonseca, diretor executivo da Ibá, e José Carlos Pedreira de Freitas, membro da Climate Conection, Marcelo Prado e Antônio da Luz.

Florestamento no Brasil

No dia 17 de julho é comemorado o Dia do Protetor de Florestas. E o Conexão Campo Cidade desta semana debateu a importância do florestamento no Brasil como sustentabilidade ao meio ambiente.

Atualmente, a indústria Brasileira de Árvores (Ibá) representa as 50 empresas e 10 entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas, com destaque para painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa, além dos produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais.

Segundo José Carlos Fonseca durante o Conexão Campo Cidade:

“Nós gostamos de nos ver como um setor da bioeconomia em larga escala, mas na nossa visão nós usamos a árvore como uma refinaria da qual extraímos uma série de produtos e insumos. Para nós a árvore é algo sagrado e a nossa vida.”

Organizações do agronegócio

Além disso, o membro da Climate Conection, José Carlos Pedreira de Freitas, destacou que começou a contribuir para as organizações do agronegócio em relação às questões ligadas à sustentabilidade.

“Sempre trabalhando com uma agenda que permite que a gente possa dizer que nós temos um modelo de produção e consumo que seja para todos e para sempre.”

Investimentos

Já em relação aos investimentos, o Diretor Executivo do Ibá reportou que ao longo de décadas o setor vem se consolidando, com o propósito de captar as melhores espécies vegetais para se adaptar ao Brasil e investiu no melhoramento genético.

“Atualmente, nós cultivamos 10 milhões de hectares em florestas destinadas a processo industrial. Na qual são plantadas, colhidas e replantadas para reproduzir as diversidades de bioprodutos. O setor preserva em vegetação nativa mais de 6 milhões de hectares, que desenvolveu um sistema de manejo florestal que é considerado padrão internacional.”

Padrões de certificações internacionais

Contudo, o setor se adequou aos padrões de certificações internacionais há mais de vinte anos, logo após a Rio 92. Ele ressaltou ainda que os bancos e as empresas vão começar a valorizar o setor quando os atributos estiverem devidamente indicados e tangibilizados.

Empréstimos

Por outro lado, Antônio Da Luz destacou que não é responsabilidade dos bancos fazerem empréstimos mais caros ou mais baratos, uma vez que pega dinheiro de um meio e empresta para outro, explicou o economista da Farsul:

“Tem dois pontos, mas o primeiro é que tem muitos que falam que se preocupam com a questão ambiental, mas poucos fazem isso efetivamente. Outro ponto é que não temos meios de comprovar aquilo que estamos fazendo e que é aceito internacionalmente.”     

Sustentabilidade

Após 30 anos, o setor se tornou referência em sustentabilidade e com os avanços em tecnologias o consumo de água reduziu em até 70% para produzir a mesma quantidade que na década de 1970, concluiu o Diretor do Ibá:

“Nada é melhor para a sustentabilidade que a produtividade, em que se produz mais com menos. No Brasil, o ciclo do eucalipto chega em média a 6 anos, diferente da Austrália que a média é de 18 anos. Antigamente, o eucalipto tinha uma média de produtividade de 10 metros cúbicos por hectare/ano, hoje está na faixa dos 40 metros cúbicos hectare/ano.”

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/nascer-do-sol-sobre-a-selva-de-bali_1203692

PIB nominal do Mercosul: Brasil responde por 72%

PIB nominal do Mercosul

PIB nominal do Mercosul tem Brasil como exportador e importador maior que Argentina, Paraguai e Uruguai juntos; real é a moeda menos desvalorizada

O Brasil é responsável por 72% do PIB (Produto Interno Bruto) do Mercosul. O índice nominal para o país registrou US$ 1,92 trilhão em 2022. Já a soma de todas as nações do bloco econômico, incluindo a economia brasileira, para o período é US$ 2,67 trilhões. 

PIB nominal do Mercosul

Já o segundo PIB nominal do Mercosul é da Argentina com US$ 632,2 bilhões. Uruguai (US$ 71,9 bilhões) e Paraguai (US$ 41,3 bilhões) aparecem em seguida. Os números foram levantados pela Austin Rating com base em dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), do Mercosul e da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). 

O crescimento do PIB para o Mercosul é de 3,5% em 2022.

Já de 2014 a 2022, a média foi de 0,42%.

Contudo, ao comparar os países nominalmente, as maiores altas foram na Argentina (5,2%) e no Uruguai (4,9%). Neste caso, o Brasil fica em 3º lugar, com 2,9%, à frente do Paraguai (0,1%). Entretanto, os argentinos registraram a maior queda no PIB em 2020, o 1º ano da pandemia.

População do Mercosul

O Brasil concentra a maior população do bloco: 203 milhões de pessoas.

A Argentina tem 46,8 milhões de habitantes; Paraguai e Uruguai registram 7,6 milhões e 3,6 milhões, respectivamente.

Inflação

Quando se compara a inflação de cada país, a Argentina lidera a lista.

O índice do vizinho está em 114,2% no acumulado de 12 meses até maio de 2023. A situação está relacionada ao descontrole fiscal e também por discordâncias em questões políticas. Vale lembrara que no ano passado, parte dos argentinos foi às ruas protestar por causa da crise econômica.

Os outros países do Mercosul estão em patamares muito menores para o período:

  • Brasil – 3,9%;
  • Paraguai – 5,1%;
  • Uruguai – 7,1%;
  • Argentina – 114,2%.

Balança comercial

Por outro lado, o Brasil exportou e importou mais que todos os outros países do Mercosul juntos em 2022. Foram US$ 312,6 bilhões em exportações e US$ 253,8 bilhões em importações. O saldo da balança comercial é positivo: US$ 58,7 bilhões.

A Argentina possui saldo positivo de US$ 14,9 bilhões, e o Uruguai, de US$ 494 milhões. No caso do Paraguai, o saldo é negativo em US$ 5,6 bilhões.

Brasil na liderança  

Nesta terça-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o comando do Mercosul. O mandato dura até o fim de 2023. O petista está na Argentina para a 62ª Cúpula de Presidentes do Mercosul.

A pauta do petista se concentra em fortalecer a integração regional e destravar o acordo do bloco com a União Europeia.

Por fim, o encontro dos líderes foi realizado em Puerto Iguazú, na província de Misiones, cidade que faz fronteira com o Brasil em Foz do Iguaçu, no Paraná, e com o Paraguai, em Ciudad del Leste.

*Foto: Reprodução/Flickr (Andressa Pessanha – flickr.com/photos/junkieseanthomas/7224989490)